❦ CAPÍTULO TRINTA E SETE

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O restaurante estava tranquilo, escolhemos ou melhor, Christopher escolheu uma mesa perto de uma enorme janela, coisa que já estava começando a me irritar. Por que ele só escolhia lugar próximo de janelas?

O garçom veio nos atender. Eu pedi frutos do mar e Christopher tortillas. Também pedi uma tarça de vinho tinto, já que Christopher iria tomar suco. O que era milagre. Ele parecia as vezes um alcoólatra de tanto beber vinho.

Quando o garçom saiu, ele que estava mexendo no celular, parou e deixou em cima da mesa e me olhou atento. Eu também olhei pra ele.

- O que foi Christopher? - Cruzei os braços.

Ele não me respondeu.

Já estava começando a me irritar.

Para me distrair de pensamentos de homicídios olhei para a roupa que ele estava usando. Uma blusa polo branca, uma calça jens, e um tênis da marca Adidas. Também usava o perfume que eu devo confessa, era maravilhoso. Forte e bem embreagante, igual ele.

- Quem era aquele cara Dulce? - perguntou de repente, me trazendo de volta.

- Eu não sei.

- Não sabe? Estava com ele na piscina e não sabe o nome? Me diz o nome e o sobrenome dele Dulce, não estou brincando - disse me olhando serio. Sua voz estava irritada.

Suspirei.

- Eu não sei. Já falei.

- Hoje você quer me irritar, não é? - ele bufou.

- Eu não quero irritar ninguém.

- Ahh não. Claro que não. Última chance Dulce Maria, qual é o nome e o sobrenome daquele cara? - praticamente gritou atraindo alguns olhares das pessoas que estavam próximas.

Arregalei os olhos.

- Não vai me contar, não é? - ele riu irônico - Eu já deveria saber, assim como você não me falou que iria se encontrar com o Cullen no quarto dele. E sozinhos - me olhou com raiva.

Alfonso e Eric!

- Já foram fazer fofoca? - debochei.

- Fofoca? - ele riu - Eles só contaram que a minha esposa, estava saindo do quarto de um homem que estava sem blusa.

- Não foi bem assim.

- Ah não? E por que não me contou?

- Eu não entendo porque está tão irritado.

Ele ficou calado me olhando.

- Eu vou fingir que você não falou isso - me olhou com indiferença.

O celular que estava em cima da mesa tocou.

Reconheci o número.

Era o mesmo número que ele não sabia dizer quem era no cinema. O mesmo. Ele pegou o celular olhando o número e desligou.

Ahh...

Amante.

Só pode!

E depois ele quer tirar satisfação, com quem eu ando ou deixo de andar.

- Por que não atendeu? - perguntei irritada.

- Não é da sua conta - disse seco.

Respirei fundo.

Odiava quando ele falava assim comigo.

- Assim como também não é da sua conta você saber quem aquele cara era. - respondi de volta.

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