❦ CAPÍTULO NOVENTA E UM

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Já era quase hora do almoço, quando bateram na porta, eu continuava escolhendo algumas coisas para o casamento. A noiva era tão exigente, e não queria absolutamente nada de simples em seu casamento.

Barbara mandou entrar.

Eu nem olhei quem entrou. Queria terminar logo e ir para as partes das flores. Estava gostando de escolher tudo, a noiva podia mudar de ideia das minhas escolhas, mas eu escolhia como se eu fosse casar, como eu queria a decoração, o ambiente e as flores.

- Desculpa...- uma voz grossa preencheu a sala - Mas você quer almoçar comigo? Ou melhor...vocês duas...- murmurou - Quem é ela?

- Minha irmã. - Barbara respondeu.

- Irmã? Mas não era a Juliana?

- Essa também é. É uma história complicada.

- Tenho tempo. - disse sério.

Levantei a cabeça e olhei o homem em minha frente. Era bonito, muito bonito. E tinha olhos azuis, e um sorriso bonito também.

- Áaron essa é minha irmã Dulce e Dulce esse é meu amigo e sócio Áaron. - Barbara nos apresentou - Já quer almoçar? - perguntou á ele que não respondeu, só ficava me olhando com atenção dos pés a cabeça - Aaron?

- Sim? - perguntou.

- Você quer almoçar agora? - ela olhou a hora no relógio do pulso. Aron continuava me olhando, e eu estava começando a ficar sem graça. - São quase meio dia. Normalmente a gente almoça as uma da tarde.

- Tenho compromisso. - respondeu pra ela me olhando - Você não é daqui, né?

- Não. Ela não é. Na verdade ela é Americana..- Barbara respondeu fitando ele.

- Percebi... - ele sorriu - Prazer em conhece-la Dulce...- ele estendeu a mão, eu coloquei a minha mão na dele como comprimento, mas para minha surpresa ele levou á boca.

- O prazer é meu...- respondi. E logo puxei a minha mão. Ele não deixava de me olhar.

- Então...- Barbara disse devagar - Em cinco minutos, estamos descendo. - avisou.

- OK. - Aron disse e me olhou mais uma vez com atenção antes de sair. Assim que ele fechou a porta suspirei.

- Alguém se apaixonou...- Barbara comentou.

- Não foi isso...- me virei pra mesa para guardar os papéis e ela desligou o computador.

- É sério. - riu - Ele é gato né? Aqueles olhos azuis e aqueles dentes branquinhos, e de baixo daquele terno tem um tanquinho...maninha - ela riu alto - Gostou dele? - disse mais séria.

- Ele é bonito - falei a verdade - Mas eu não quero me envolver com ninguém. Fora, que um gato desse deve ter dona, não é?

- Não tem. Ele namorou com uma mulher aí, mas faz acho que uns seis meses que está na pista de novo. Olha...uma coisa que ele não é que eu fico até admirada é mulherengo, ele não é mulherengo. Quando tá com alguém, tá com ela e pronto. Sei disso, porque já vi várias mulheres daqui dá em cima dele quando era comprometido, e ele dispensar. - pegou a bolsa e foi até a porta - Eu acho isso raro. Na maioria dos homens de hoje em dia, estão casados, comprometidos e quando uma mulher dar em cima deles, eles esquecem da sua mulher e trai sem peso nenhum - ela negou com a cabeça e abriu a porta - Foi assim com Tiago.

- Ele te traiu? - perguntei quando saímos da sala e andamos até o elevador. Barbara apertou no botão e me encarou meia triste.

- Sim! Me traiu com a baranga da vizinha dele.

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