❦ CAPÍTULO OITENTA E SETE

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O vôo de EUA até Brasil era de dez horas, por isso, chegamos em solo brasileiro as 10:20 da manhã, durante o vôo dormi, li um livro que o Fernando tinha no avião, conversei bastante com Fernando que me contava toda a infância dele, sua família, a história com a esposa, o seu colégio, faculdade, amigos.

Eu ouvia tudo atenta e interessada.

Quando saímos do avião e pegamos nossas malas, uma BMW branca esperava por ele na frente do aeroporto. O motorista guardou as malas no carro e em seguida deu a partida.

Nos dois íamos atrás.

Eu olhava as ruas do Rio de Janeiro, era pouca movimentada se comparando á New York, era quente, bem quente ali, o que me fazia lembrar que teria que comprar novas roupas, o que eu tinha era só de frio. New York era um gelo!

- Essa é minha filha João...- Fernando sorriu pra mim enquanto falava com o Motorista.

- Prazer em conhece-la senhorita - o senhor de uns quarenta anos disse em inglês.

Sorri de lado.

- Eu falo Português...e prazer João, me chamo Dulce Maria, mas só Dulce...- falei na língua.

Fernando sorriu ainda mais depois que eu falei a língua natal dele.

- Como aprendeu Português? - ele me encarava.

- Quando eu montei minha empresa, tive no começo dois supostos "patrocinadores", um era de Portugal e o outro era daqui do Brasil e para que eles pudesse fechar com minha empresa, eu queria que eles se surpreendesse comigo, por isso, me matriculei em uma escola de idiomas e aprendi Português, tanto daqui quanto de Portugal, Espanhol, Francês e Russo.

- A cada vez que conversamos sempre descobro mais coisas de você - ele sorriu e olhou para o motorista - Minha filha é muito linda, não é?

- Sim. - João falou atento no volante.

Voltei a olhar para á janela e senti um frio na barriga, que logo virou enjôo. Pedi para parar o carro e assim o João fez, encostou o carro em frente á uma praia e eu abri a porta e já abaixei a cabeça vomitando no chão.

- ernando tocou no meu ombro preocupado. As pessoas que passavam na calçada faziam caretas por me verem vomitar ali.

- Agora eu estou! - falei depois de me recuperar e fechar a porta do carro. Olhei para a praia muito bonita e tentei lembrar dela, já tinha visto ela de algum lugar antes.

- Tem certeza? - João perguntou.

- Tenho sim...- afirmei - Quando eu fico muito nervosa, acabo tendo enjôo e vômito. Sempre fui assim - sorri sem amostras os dentes.

Fernando me olhava atento.

- O pessoal de casa vai ama-la. - ele tocou no meu ombro - Não se preocupe se esse for o seu nervosismo. - sorriu.

- Qual é o nome dessa praia? - mudei de assunto.

- Praia de Copacabana. A melhor praia do Rio de Janeiro é essa, a mais famosa do Brasil e no mundo todo - ele olhou para o motorista - Acho melhor parar em algum posto mais próximo e comprar uma água pra ela - me encarou - Está branca querida...- murmurou.

- Não precisa disso...- falei vendo o João dar a partida no carro de novo.

- Em cinco minutos chegamos do mais próximo - João me encarou pelo retrovisor - Se quiser vomitar de novo, só avisar senhorita...- disse muito gentil e eu sorri sem graça.

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