❦ CAPÍTULO QUARENTA E SETE

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O club que se parecia muito com um parque era enorme, com lanchonetes, praças, academia e a tão famosa escalada que ficava dentro de um salão enorme. Tomamos café em umas das lanchonentes e logo formos para o salão.

Estava cheio de gente, mas conseguimos fazer nossas fichas e entrar para escalar, enquanto Christopher falava com um instrutor, eu me sentei em um banco que estava vazio e olhei para a enorme rocha artificial.

Quase coloquei meu café para fora.

Era muito alto.

Só Christopher que podia gostar disso.

Desde que sofri aquele acidente, nunca mais tentei escalar novamente. Fiquei com medo de cair e acontecer tudo de novo. Foi horrível!

Passei semanas no hospital sentido dores e me drogavam com vários tipos de remédio para a dor que não adiantava de nada. Quando a dor parava, era quando eu dormia, foi ai que me entupiram mais de remédios para dormir.

Any e Natália sentaram ao meu lado.

Alfonso e Eric se aproximaram de Christopher e do instrutor. Adam se afastou um pouco da gente para falar ao celular. Pelo sorriso que estava em seu rosto, só podia ser a esposa.

Natália tirava fotos dela, any, e minha.

Revirei os olhos.

- Sua chata! - ela bufou guardando o celular.

- Chata é você - dei língua.

- Crianças...- Anahi negou com a cabeça.

Após alguns minutos Adam se aproximava da gente junto com os outros.

- Está tudo OK. Ele vai trazer o equipamento de segurança e já podemos escalar. Cada pessoa vai ter seu próprio instrutor - Christopher avisou

Mordi os lábios.

Eu não estava muito animada pra escalar.

- Eu vou ao banheiro - Natália levantou - Vamos meninas? - eu fiz careta e ela bufou - Então vamos any? Dul tem preguiça até de andar.

- Claro. Alfonso por favor não vai arrumar confusão - pediu antes de se afastar com Nat.

- Anahi é louca! - Poncho revirou os olhos sentando onde ela estava sentada.

- Louca mesmo. - Eric apoiou se encostando na parede, já que Christopher sentou ao meu lado.

- Cala boca Eric. Só eu posso chama-la desse jeito, tá? - Poncho bufou.

Adam que estava ao lado de Eric riu.

- Tem como as moças calarem a boca? E parar de tentar começar uma briga? - Christopher pediu pra eles mas com os olhos em mim.

Ele percebeu que eu não estava afim.

- Sim papai...- Eric debochou.

Christopher não respondeu, apenas ficou mais perto e segurou em uma das minhas mãos.

- Não precisa ficar assim. - pediu baixo.

- Assim como? - murmurei.

- Assustada. Já disse não vai acontecer nada.

Suspirei.

- Por que você gosta tanto disso?

- Não sei ao certo. Mas desde de pequeno eu sempre adorei ficar no topo. Talvez seja isso... - ele deu de ombros - Para chegar ao topo da escalada você tem muitos desafios, você tem medo, insegurança e ainda tem que enfrenta a altura, mas quando chegamos lá em cima, percebemos que cada dificuldade valeu a pena, você conseguiu enfrentar tudo o que impedia de você conseguir. Assim também é a vida.

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