❦ CAPÍTULO OITENTA E UM

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Antes de voltar para o hotel eu passei em um mercado e comprei várias bebidas, guardei a metade no frigobar que tinha no quarto, e a outra metade, comecei a bebe-las. Eram 16:50 da tarde e eu ainda não tinha comido nada.

Caleb estava em casa com a mulher, Adam com a mulher também. Anahi estava na casa da sogra com o marido, Natalia estava em Dubai com o marido. Eu não tinha ninguém.

Me sentei no chão e encostei minha costa na cama, meu celular tocou, era Alexandra.

- Dulce? - sua voz estava preocupada - Acabei de passsar na sua casa. Que palhaçada é essa de se separar? E aquela mulher...por Deus meu filho está louco. Onde você está querida?

- Por aí... viu seu neto? - sussurrei bebendo na garrafa da vodka.

- De longe apenas. Dulce eu tô besta. Como o meu filho pode fazer isso? E você o traiu? Ele disse que você o traiu e que ele também e que tinha aquela mulher na vida dele e aquele menino também. Eu estou em choque.

- Eu trai ele...- solucei - Mas foi porque ele me traia primeiro... e ele fez um filho nela. Ta doendo muito...- murmurei chorando.

- Onde você está querida?

- Por aí...vamos nos separar Ale. É definitivo, eu não vou mas ser humilhada por ele. E foi muito bom ser sua nora, você foi uma mãe pra mim, e eu te amo muito Ale. Adeus - desliguei.

Ela ligou outras vezes mas eu não atendi, até desliguei meu celular. Fiquei lá no chão bebendo e chorando muito. Bebi quase todas que estavam no chão comigo, as horas se passaram e eu continuei lá, até a campanhia do quarto tocar. Levantei e abri a porta.

Acho que a bebida está fazendo efeito.

- Sofia? - murmurei.

- Meu Deus Dulce...- ela me olhou de cima e baixo e me empurrou para entrar no quarto.

- O que faz aqui? - Fechei a porta.

- Meu irmão está louco. - ela negou com a cabeça com raiva - Como ele pode deixar uma mulher como você? Caralho! - olhou para as garrafas vazias no chão e olhou pra mim - Você está acabada - bufou - QUE RAIVA!

- O que faz aqui? - voltei a perguntar pegando mais uma garrafa no frigobar. Eu estava tonta.

- Ficamos sabendo do aconteceu. Christopher admitiu o filho dele para nossos pais e contou que agora estava com Belinda - ela negou com a cabeça se aproximando de mim - Meus pais piraram na hora. Minha mãe bateu nele e o meu pai queria mata-lo. Ele contou que você o traiu e por isso, mandou você embora daquela casa. O que não faz o menor sentido...ele é pior da história e age como se fosse a vítima.

Fiquei calada bebendo.

- Eu fiquei tão preocupada com você que enquanto eles estavam matando o Christopher, eu sai de lá e fui tentar te encontrar. Como eu disse, tenho contatos e consegui te localizar e aqui estou eu Dulce. Eu sinto muito. - ela abriu os braços - Sinto muito.

Apenas a encarei.

Ela se aproximou de mim e me abraçou.

- Eu estou aqui. Eu te amo Dulce. Eu estou aqui com você moranguinho....- me apertou.

Fechei os olhos.

- Que horas são?

- Oito da noite já...- me encarou - Para de beber - pediu carinhosa. - Ele não merece isso. Não merece que você se acabe de beber tanto.

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