❦ CAPÍTULO DEZ

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Olhei para as folhas e para Christopher a mostrando que queria uma explicação. Eu não era nem louca de assinar, aquilo que não sabia o que era. Ele me olhou sério e também ansioso. Mas assentiu.

Preciso renovar alguns contratos muito importante, mas não posso fazer isso sozinho. — tocou no meu rosto — Você é a minha esposa e como tal, tem o direito e o dever de assinar isso também. Afinal você tem a metade de tudo o que é meu — meu marido sorriu e olhou para seus amigos que prestavam atenção na conversa.

Por que isso agora? Ele nunca precisou de mim para assinar nada. Sempre fez seus contratos sozinho e eu nunca me meti, em absolutamente em nada. Tem algo errado nesta história. Começando pelo fato dele não parar de me tocar. Seja, segurando na minhas mãos, tocando em meu rosto ou até mesmo, roçando seus lábios carnudos nos meus. O que ele prentendia com tudo isso, afinal?

Olhei para ele por alguns segundos e olhei as folhas em minha mão. Li rapidamente o contrato e realmente era uma renovação de um contrato bem antigo de marketing. Sem muita opção, assinei em baixo.

Ótimo — Rodrigo sorriu. — Agora tudo está resolvido, eu e meu pai já vamos — disse enquanto se levantava da cadeira, Otávio guardou as folhas e levantou também.

Foi um prazer conhecê-lá Srª Uckermann — Otávio estendeu a mão para mim e eu o comprimentei sorrindo de lado — A senhora é exatamente como Christopher disse..

Perdão? — franzi o cenho olhando meu marido que tinhas as mãos no bolso da calça social — E o que ele falou de mim?

Que a senhora é muito bela...— Rodrigo respondeu pelo pai, me lançando um olhar de cobiça, mas disfarçado de admiração e respeito — Uma linda mulher. — sorriu.

O encarei sorrindo de lado.

Vocês não tinham mais uma reunião agora? — Christopher olhou para o relógio de pulso — É melhor irem, vão se atrasar. — avisou voltando a ser sério como sempre.

Quando Otávio e Rodrigo saíram, eu olhei para Christopher que continuava sentado ao meu lado. Ele olhava para todas as direções, menos na minha. Revirei os olhos e levantei da cadeira. Já estava de saco cheio disso. De verdade.

Já que fizemos a atuação aqui, eu já vou — falei pegando minha bolsa. Ele apenas me encarou estreitando os olhos e negou com a cabeça calado — Não vai falar nada?

Ele deu de ombros, me fazendo bufar. Eu odiava isso, falar com alguém e essa pessoa não me responder. Era irritante demais. Chato demais. Por isso, virei de costas eleganente e caminhei para fora do restaurante sem olhar para trás.

Quando dei a partida no carro, vi pelo meu retrovisor, Christopher entrar no seu carro e segundos depois acelerar passando por mim na maior velocidade possível. Bufei, ele nunca ia perder essa mania.

ྉྉྉྉྉ

Eu tinha preparado a enorme banheira da suíte ao meu gosto. Com sais de frutas vermelhas. Era tão tão...mais tão...gostoso sentir o cheiro delas em minha pele, era tão delicioso e prazeroso esse aroma em mim, era tão facinante. A espuma branca cobria todo o meu corpo, enquanto eu relaxava por completo na banheira.

Tinha feito um "coque" no cabelo e nas mãos, segurava uma taça de champanhe enquanto aproveitava esse momento. Só faltava morango agora...hum, devo pedir na recepção? Um dúzia delas? Ou deveria pegar no frigobar do quarto? E colocar o chantilir no morango?...tantas dúvidas...

Uma voz grave e alterada veio de dentro do quarto, ela era firme e decida. Suspirei, encostando mais na borda da banheira e segundos depois, porta dubla do banheiro se abriu e entrou Caleb já arrumado. Ele tinha uma expressão seria e meia irritada, mas assim que me viu, sorriu relaxando.

Deixou o celular em cima da pia, e sentou um dos bancos vazio perto da banheira. Ele me olhou e suspirou cansado. Ri.

O que sua mulher falou? — peguei um pouco de espuma na mão direita, na qual não segurava a tarça de champanhe, e dei uma soprada fazendo a espuma voar pelo chão liso do banheiro.

Reclamando como sempre. — revirou os olhos entendiado — E não quero falar dela e sim de você...— me olhou com malícia — Você não muda não?...— negou com a cabeça rindo — Sempre com um fogo...

Gargalhei olhando de relance para porta do banheiro, vendo a cama com lençóis brancos, toda bagunçada. Que algumas horas atrás estávamos nos divertindo e muito nela. Me recuperei do riso e tomei um grande gole do champanhe.

Não. — deixei minha tarça no chão e olhei para ele divertida — Até parece que não gosta, não é senhor Hastings?

Ele riu alto.

Só queria saber de onde vem tanto fogo, quando começa não quer parar, confesso que adoro, mais sei lá...— deu de ombros.

Sei lá, o que? — o encarei.

Queria saber mais sobre o sexo no seu casamento, as vezes parece tão fria na cama, bom, comigo pelos menos é assim — deu de ombros curioso.

Fiquei calada por um tempo, olhando o teto branco do banheiro. Não sei bem o porquê, mas veio a lembrança do sonho de ontem, onde eu e meu marido nos conhecemos. Neguei com a cabeça, não era hora de baboseira agora.

Por que isso agora? — encarei o Caleb. — Eu não fico perguntando do por que, quê você trai sua mulher comigo e com várias por aí — revirei os olhos entoajada. — Muito menos, fico perguntando da vida sexual da sua mulher com você — disse irritada.

Por que ficou tão irritada Dulce? — me olhou segurando a risada — Se fosse uma pessoa que não tenha intimidade com você tudo bem, mas sou, o Caleb, seu amigo e....amante. Somos íntimos.

Por acaso, vai me falar por que você trai sua esposa? — ergui uma sobrancelha.

Ele revirou os olhos, mas assentiu.

Fiquei mais um tempo calada, um bom tempo. Tempo até demais, porque Caleb bufou inquieto no banco. Olhei para as espumas que cobria o meu corpo e olhei novamente pra ele. Suspirei.

Não sou fria com meu marido na cama, e nem vou ser. — suspirei — Por que...por que — bufei contra o meu gosto — Por que não nós relacionamos intimamente.

Agora eu consigo entender muita coisa de você...— murmurou me olhando.

Entender o que? — perguntei irritada. — Que saber? Não quero falar sobre isso. E você? Por que trai sua esposa?

Ficar falando sobre o meu marido e da natural intimidade que deveríamos ter, me deixava muito incomodada. Mesmo Caleb sendo meu amigo, ele também era o meu amante, e isso não fazia sentido algum.

Por que eu sou um mulherengo, um galinha, que não pode ver um rabo de saia, como todo homem é — deu de ombros — Eu tenho tudo em casa, mas não consigo me controlar. Não resisto aos encantos de uma mulher bonita — sorriu pra mim — Como você...

Obrigada — sorriu de lado. — São que horas

Cinco e quarenta e cinco...quase seis — respondeu levantando do banco — Já vou, tenho que passar na minha empresa — ele revirou os olhos se aproximando de mim e se inclinado para me beijar.

Quando enfim ele saiu, me afundei mais na banheira, á ponto de desaparecer no meio das espumas. O que eu faria agora?

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