❦ CAPÍTULO NOVENTA E TRÊS

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- Combinou com você essa cor - Lucas disse pela vigésima vez - E o corte ficou bem legal, eu amo cabelo grande e o seu era lindo, porém, sei que deveria dar muito trabalho.

- Dava, mas tinha medo de cortar. Na verdade nunca tinha cortado o meu cabelo, só nas pontas e olha lá...bom, até agora. - sorri tocando mais uma vez no cabelo - Acha que ficou muito curto? - perguntei com medo.

- Não. Está linda - Rafael sorriu.

- Muito linda...- Fernando falou entrando na sala de música - Alma não para de falar do seu corte e tom de cabelo...

- Oi pai...- murmurei.

Ainda estava aprendendo chama-lo de pai, era um pouquinho difícil para quem nunca chamou alguém assim antes. Quer dizer, já chamei o Vitor de pai, mas ele era o meu sogro.

- Oi filha...- ele beijou minha testa - Sua mãe está chamando por você - avisou á Lucas.

Lucas revirou os olhos mas saiu da sala.

- E Aron está aqui. Pensei que ele fosse ver a Barbara, mas ele quer vê você. - me encarou.

- Hum...- Rafael comentou enquanto guardava o violão e os palitos em uma caixa.

- Conhece ele á muito tempo? - encarei Fernando.

- Desde que conheceu Barbara. É um bom cara, bem respeitoso e dedicado. Por quê? Gostou dele...foi? - fez careta. Rafael riu.

- Não, quer dizer sim. Mas não desse jeito Pai.

- Eu já disse pra Dulce...- Rafael encarava Fernando - Dar uns pega nesse Aron porque ele está de quatro por ela. - comentou sorrindo.

- Como? - Fernando riu.

- Rafael! - revirei os olhos - Não escuta ele e nem a Barbara. Eles não sabem de nada.

- Sei sim querida. - Rafael rebateu - Barbara me contou que na empresa Aron vive perguntando de Dulce e descobri que eles vivem no WhatsApp de madrugada sogro. Parece que o senhor já vai ter mais um genro. - riu.

- Mentira! Eu não vivo conversando no WhatsApp com ele, tá? - bufei.

Depois da praia, nos dois trocamos de números e ficamos conversanso, quase todas as noites no WhatsApp, eu disse QUASE todas as noites e uma delas, eu estava na cozinha de madrugada, tinha batido uma fome e eu estava comendo sorteve enquanto escrevia no celular quando Rafael entrou de repente na cozinha que estava escura. Eu dei um grito e o celular caiu dentro do meu sorvete.

Rafael pegou o celular pra mim e viu umas mensagens que estávamos trocando, e desde de lá vive enchendo o saco.

- Eu acredito em você - Fernando disse sério.

- Obrigada pai...- sorri.

- Mas se forem fazer, você sabe o quê, usem camisinha, esse mudo está cheio de doenças filha e é sempre bom se previnir...- ele disse enquanto dava as costa pra mim e saia da sala gritando um "Não demora, Aron está esperando você" bem alto. Rafael ficou na minha frente.

- O que você quer viado?

- Quer apostar que ele vai te chamar pra sair?

- Ele não vai me chamar pra sair.

- Vai sim, quer apostar? - sorriu.

- O quê?

- Se ele te chamar para sair, você irá e terá que dar pra ele no encontro. Se não, eu vou ter que te dar um apartamento de presente.

- Não! Sexo não...- neguei com a cabeça.

- Por quê não? É virgem? - zombou.

- Hahahha - dei língua pra ele - Sexo não, outra coisa...- pedi. Rafael revirou os olhos.

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