❦ CAPÍTULO SESSENTA E UM

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No caminho eu mal falei com ele, minha cabeça estava a mil. Como assim Christopher é amigo de Pablo Lyle? Não podia ser verdade. Ele não podia ser amigo dele, não podia.

Vinte minutos depois, nos dois entravamos dentro do prédio luxuoso, ou melhor, era o Christopher que me puxava para dentro.

- Por que está assim? - ele me olhou atento - Hesitante....- murmurou.

- Eu...eu...- e agora? - Eu preciso ir ao banheiro.

A recepcionista alta, morena, impecavelmente fardada e sorridente apareceu na nossa frente.

- Senhor Uckermann é um prazer te-lo aqui novamente - me olhou com atenção - Sua esposa? - perguntou.

- Sim. - ele respondeu.

Eu olhava ao redor procurando Pablo e só via pessoas sentadas em suas mesa conversando, bebendo, comendo. O balcão lá atrás tinha umas pessoas bebendo e conversando, atrás do balcão o barman preparava as bebidas.

- Onde é o toalete? - perguntei.

- Seguindo aquele corredor - apontou - Porta esquerda - informou a recepcionista.

Sai de perto deles e segui de acordo como a mulher falou, entrei no banheiro vazio e peguei o meu celular, procurei o primeiro nome que achei na minha lista de contato e liguei, mas deu caixa postal. Xinguei baixo, e procurei por um outro nome e liguei.

Em três toques atendeu.

- Oi...- murmurou.

- Pablo está aqui...- murmurei me olhando no grande espelho do banheiro.

- Pablo? Que Pablo? - Adam perguntou.

- Pablo Lyle...

- Ele voltou a te procurar? - sua voz estava bem irritada. - A surra que eu e o Caleb demos nele não foi o suficiente?

- Pablo é amigo do meu marido.

- Cacete! - xingou - Vai contar pra ele?

- Eu devo? - respirei fundo - Christopher vai ficar com...ódio dele e...

- E não é para ficar? Dulce ele...esse cara é um psicopata, se eu e Caleb não tivermos te achado você... - não terminou.

- Eu sei. - comentei - Droga Adam! O que eu faço? Eu nem sei como eles se conheceram.

- Então procure saber. Estão aonde?

- Em restaurante do Pablo - bufei - Só vim porque Christopher ia estranhar se não quisesse vim, ele é inteligente, percebeu a minha hesitação.

- Dulce...olha...- Adam respirou fundo - Já que você está ai, jogue com ele, OK? Finja que nada aconteceu, que você não o conhece. Pode fazer isso? Tenho certeza que ele vai fazer isso.

- Posso....droga! - bufei - Por que ele é amigo dele? Como?...

- Isso você tem que descobrir.

- Eu vou. Obrigada Adam! Tchau! - desliguei.

Guardei o celular e me encarei no espelho.








Flashback




A boate estava cheia e eu animada, eu queria muito me divertir e beber até cair. Tinha ligado para umas amigas e convidado elas para sair, mas nenhuma pode comparecer, então, eu me arrumei e estava ali pronta para me divertir.

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