❦ CAPÍTULO NOVE

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Já eram 10:50 da manhã, quase o horário de almoço e eu ainda estava na sala de reuniões com todos aqueles empresários, falando sem parar. Eu devo confessar que esperava mais dos produtos que estavam em minha frente. Alguns deles eram bons mais nada que me atiçase.

Relaxei mais na minha cadeira de couro de frente para eles. Sou a fundadora, dona e presidente da SaviñónGloss. Uma das empresas mais sucedidas e concorridas no mercado de trabalho. Eu era verdadeiro sucesso absoluto, e me sentia quase igual o dono da Apple. Quase.

Enquanto os meus sócios discutiam qual era o produto adequado para fazer uma mega oferta e chamar Selena Gomez como modelo oficial do produto. Apenas eu rodopiava a cadeira entediada e vi os outros prédios pelas enormes janelas.

A sala estava fria, e barulhenta. A única TV de plasma estava desligada, e eu já não aguentava mais. Sorte de Verônica que apenas anotou alguma coisas e saiu atrás de seu afazeres. A porta da sala foi aberta e discretamente Verônica, que não morre nunca, se aproximou de mim sem que os outros percebessem.

Senhora? — sussurrou pra mim.

O que foi? — olhei para o telefone fixo da su mesa que ela segurava. Os sócios nem ao menos se viraram para olhar, todos estavam entretidos gritando um copo outro

O senhor Uckermann está na linha e deseja falar com a senhora — estendeu o telefone pra mim. Peguei o telefone com os olhos arregalados. Verônica se afastou me dando privacidade.

Christopher me ligando? Meu marido me ligando, essa era nova. E para a minha empresa, essa era nova também. Meia hesitante virei a cadeira dando as costas para o falatório, e levei o telefone fixo ao ouvido. Respirei fundo.

Alô.

Que bom que atendeu — sua voz estava séria como de costume — Quero que você almose comigo hoje.

Tenho compromisso...— murmurei.

Eu tenho absoluta certeza que esse seu compromisso pode ser adiado. Preciso que você almose comigo. — seu tom ficou como advertência.

Suspirei.

Aonde?

Por um estranho instante, eu posso jurar, que tive a sensação que ele estava dando um sorriso. Ou algo parecido. Só pode ser coisa da minha cabeça conturbada.

Restaurante Chanceler Boulevard. Temos uma reserva para meio dia e vinte. Não demore, estarei te esperando...— avisou.

Ok. — pronunciei.

Ficamos caladas por alguns segundos e fiquei surpresa quando ele não desligou primeiro, como sempre fez. Pude ouvir a respiração bastante controlada dele, me sobressaltando da cadeira de couro e fazendo desligar o telefone.

ྉྉྉྉྉ

Seu marido chegou? — a voz da Maite não era nada boa. E quando informei que não iriamos mais nos encontrar para almoçar elá só faltou me matar pelo celular.

Sim.

Ela bufou.

Já estou até vendo. Você vai passar muito mais tempo com o corno do seu marido do que comigo. — ela disse irritada.

Não é bem assim Maite.— falei saindo da minha sala e acendendo para Verônica e entrando no elevador vazio.

— É assim sim. Nem adianta mentir. Eu queria conversa uma coisa com você, é muito importante para mim. Pode ser hoje? — tentou.

Não da. Vou ter que ir para casa.

Ela bufou novamente.

Não estou falando? Que saco! Vou ter que desligar, ainda vou atrás de algum restaurante para almoçar — desligou.

Revirei os olhos. Por que ela era tão, mais tão dramática? Eu só queria entender.

ྉྉྉྉྉ

Estacionei o meu carro em frente, ao um restaurante Italiano. Assim que entrei, fui até o maestro, mas nem precisei informar meu nome, porque encontrei Christopher conversando com mais dois homens na mesa perto de uma janela que a mostrava a rua movimentada em frente.

Me aproximei da mesa e assim que me viu Christopher levantou da cadeira e para minha total surpresa, beijou meus lábios me puxando para si. Mas antes mesmo que eu pudesse raciocinar direito, ele se afastou de mim e sorriu para os dois homens também em pé. Acho que minha cara de surpresa por Christopher ter me dando um selinho, estava tão óbvia que o homem mais velho riu pra mim.

Essa é minha esposa — Christopher falou para os dois — E esse são Otávio e Rodrigo Noqueira, pai e filho, e amigos meus— nos apresentou. Fui educada e pertei suas mãos estendidas pra mim.

Senta-se Sra.Uckermann — Otávio o cara mais velho falou para mim. Me sentei ao lado de Christopher deixando minha bolsa no única cadeia vazia.

E para minha surpresa de novo, assim que todos sentaram novamente, Christopher pegou minha mão direita com a sua as estrelaçandos e a levou para seu colo. O que era isso? Encarei os dois homens em minha frente sem entender nada.

É um prazer conhece-lá Sra.Uckermann — Rodrigo disse me analisando.

— O prazer é meu...— respondI.

Então...— Christopher olhou em volta — Por que não almoçamos primeiro, antes de tratarmos daquilo? — sugeriu.

É uma ótima idéia. — Otávio sorriu.

O que vai querer querida? — Christopher tocou com a mão solta dele o meu rosto.

O mesmo que você meu querido — falei sorrindo mais falso que moeda de 1 dólar para ele. já sabia o que estava havendo, acontecendo ali, esse almoço era para bancarmos de casal perfeito.

Isso já aconteceu antes, mas não assim, a ponto dele me beijar, me dar um selinho e ficar me acariciando. Fazia muito tempo que ele não fazia isso, na verdade eu dava anos por esse tempo.

Suspirei sentindo ele acariciar minha mão enquanto fazia os nossos pedidos para o garçom. O toque dele não mudou nada, continuava o mesmo. O mesmo calor e o mesmo gesto. Mordi os lábios.

Eles conversavam e riam durante todo o almoço. Dava para ver que tinha muita intimidade, e eu ficava meio que idiota olhando meu marido rir. A quanto tempo eu não o via assim? Relaxado e super descontraído? Até parecia o Christopher que um dia, cheguei a amar.

Quando estávamos na sobremesa, Otávio tirou de baixo da mesa uma pasta preta e colocou em cima. Tirou alguns papéis e uma caneta, e estendeu para meu marido que leu atentamente e assinou em baixo algumas folhas de suas mãos.

Christopher se virou para mim quando terminou de assinar e estendeu a caneta e a folha em minha direção. Eu peguei no automático as folhas e a caneta.

— Só falta você assinar querida. — avisou.

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