Invicta.

233 34 10
                                    

••• Chris' POV •••

Aterramos no Porto e dava para entender que escureceu há relativamente pouco tempo, mesmo já sendo quase onze horas da noite. Foi só o primeiro dos meus fascínios.
O olho da Suzy brilha e ela volta a sorrir genuinamente enquanto atravessamos o aeroporto.

⁃ Como se sente? - pergunta e eu suspiro, olhando em volta.
⁃ Parece surreal... Eu tô em Portugal, cara...
⁃ Mô - solta uma risada - Você já esteve em Lisboa cerca de meia hora!
⁃ Mas só agora vou sair do aeroporto, uai - respondo, procurando puxá-la para o meu abraço enquanto descíamos nas escadas rolantes - Nunca pensei em chegar tão longe, nem em sair do meu Estado, do meu país, quem diria do meu continente.
⁃ Eu vou me certificar de que estes dias valem a pena, nego - diz ao entrelaçar os nossos dedos, beijando a minha mão de seguida - Vamos viver muito!
⁃ Vamos viver tanto que vão se arrepender de terem permitido a minha entrada aqui - digo em meio a uma risada quando saímos do aeroporto.
⁃ E quando te proibirem de entrar aqui, a gente casa e você vai passar a ter a nacionalidade portuguesa, simples - encolhe os ombros e eu aceno positivamente de um jeito curioso, pegando o meu maço.
⁃ Eu nem queria casar contigo, mas passei a ficar interessado - não consigo controlar o riso quando ela me encara.
⁃ Vai se foder, mano - responde reprimindo uma risada e eu puxo-a para mais perto de mim - Na verdade... - levanta a mão - A gente nem namora, né? Quem dirá casar...
⁃ Tava faltando... Fazia tempo que você já não jogava isso na minha cara.
⁃ Eu? Jogar na tua cara? Que nada, amor! - responde cinicamente - Só tô apresentando factos.

Ficamos abraçados um pouco mais até eu acender o meu cigarro e decidimos chamar um uber pra nos levar ao nosso destino.

⁃ Agora fica a questão - fala enquanto esperamos - Qual hotel vai nos aceitar a uma hora dessas? Eu não acredito que estejam todos cheios, mas...
⁃ A gente dá um jeito - respondo, sendo que já tenho a reserva feita - Ou dorme na rua mesmo, qual o problema? Existe uma praia, né?
⁃ Tá achando que a temperatura é igual à do Rio?
⁃ Certeza que não - mostro meu braço arrepiado - Mas a gente dá um jeito, relaxa.

•••

A viagem durou cerca de 20 minutos, paramos e, só depois de tirar as nossas malas do carro, é que ela olhou para o nome do hotel e me encarou chocada.

⁃ É uma brincadeira, né? - pergunta ainda surpresa e eu dou risada, negando - Victor... Esse hotel... Mano, isso é muito caro.
⁃ Tá, e? - ela encolhe os ombros e eu sussurro perto do seu ouvido - Espera só até ver a vista do nosso quarto.

Entramos e eu me dirigi ao balcão com ela, para confirmar a reserva do quarto.

⁃ Certo - a moça fala ao confirmar tudo e me entrega um cartão de seguida - Master suite, correto?
⁃ Correto - respondo e o joelho da Suzy bate na minha perna - É o quarto 411.
⁃ São um casal, confirma-se?
⁃ Sim - a Suzy responde.
⁃ E precisam de outro cartão ou esse dá para os dois?
⁃ Dá perfeitamente - a Suzy me encara - Vamos estar sempre juntos.
⁃ Então desfrutem da vossa estadia - diz simpática - Disponham.

Agradecemos e entramos no elevador, parando no andar do nosso quarto.

⁃ Uma master suite, Victor... - diz quando eu vou abrir a porta.

Entramos e fechamos a porta, e o olhar dela já demonstrava o vislumbre. Vimos a sala, o quarto e o banheiro e, quando ela pensava que era tudo, levei-a ao terraço. O seu abraço demonstrou o quanto ela estava gostando, e valeu a pena.

𝚟𝚘𝚊𝚗𝚍𝚘┊ 𝐜𝐡𝐫𝐢𝐬 𝐦𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora