⁃ Shhh, façam silêncio agora - Mz nos repreende antes de atender. - oi, irmão - fala se um jeito triste misturado com raiva. Colocou o celular em altifalante.
⁃ Mano, a Suzy como está? Mandei umas dez mensagens e ela não respondeu, estou preocupado irmão, decidi ligar.
⁃ Você não faz ideia do que aconteceu mano, eu tive que sair de casa pra não me chatear com o meu pai a sério! - Mz responde ao Chris de um jeito bem irritado. - Meu pai nem quis ouvir justificação dela mano, sabia que ela estava a mentir e brigou, e sabe como ela é, não se calou também. Acabou que ele bateu feio nela, mas mano, feio mesmo.
⁃ Mz, tá zoando caralho? - Chris fala assustado do outro lado - Fala aí mano, diz que ela tá bem. Puta que pariu!
⁃ Quem dera estar brincando mano, eu fiquei passado, fui afastar ele da minha irmã e a gente brigou também e pra não acontecer pior entre mim e ele, eu fui deitar ela e saí de casa pra aclarar as ideias.
⁃ Mano eu vou lá em casa falar com seu pai - pela voz do Chris parecia que ele chorava. Olhei pro Mz através do espelho e fiz cara de dó pelo Chris, meu irmão controlava a risada.
⁃ Tá doido mano? Não vá, pelo menos não agora! Ele está totalmente fora de si!
⁃ Não mlk, eu tenho que ir lá! A culpa foi minha, Mozart, fui eu quem chamou ela, a culpa disso tudo começou em mim! Tenho que ir explicar isso pra ele - Chris fala rápido e com voz de choro - Foda-se mano, eu estou me sentindo mesmo mal, eu não acredito que eu fui tão idiota ao ponto de magoar ela assim, se eu soubesse que isso ia acontecer, tinha ficado quieto no meu canto, pelo menos agora ela estaria bem, puta que pariu mano! - ele dá ênfase nas quatro últimas palavras.
⁃ Ninguém podia prever isso, irmão, eu também não tinha deixado ela ir se soubesse que acabaria assim - Mz responde - Meu coração dói de mais por ver ela desse jeito.
⁃ Ah, brother, eu tenho que ir lá em casa, eu preciso ver a minha menina irmão! - aqui eu notei que ele chorava mesmo. Olhei pro Mz através do retrovisor e pedi pra ele parar, não aguentava ver o Chris daquela maneira.
⁃ Irmão, não vá! Eu já passo aí em sua casa, venha sair e espairecer comigo, vamos andar por aí! - Baviera ouvia e controlava a risada do meu lado.
⁃ Tá bom mano, depois só me leve a vê-la, nem que seja escondido, eu preciso estar com ela - Chris responde. Que dó dele!
⁃ Pode deixar irmão, passo aí já. - Mz responde e após umas trocas de palavras, desligaram.O Baviera riu alto, acompanhado pelo Mz.
⁃ Ah, Mozart! Que dó do Chris mano! Porque fez isso? - Questiono.
⁃ Só pra causar medo mesmo - ele ri - Porém ele já vai ver você, então está tudo bem. E sem esquecer que hoje é 1 de Abril, então já comecei bem - ele ri e aí eu acompanho. Nem tinha dado conta do dia que era.Ficamos comentando a atuação incrível do Pedro, esse menino tem um talento enorme pra atuar! Dirigi rápido, agora eu queria ver o meu neném, ele devia estar com o coração partido. Virei a rua pra sua casa e vi que ele já esperava o Mz na porta enquanto fumava o que me parecia cigarro.
Me aproximei e baixei o vidro do lado do passageiro. Ele olhou confuso ao me ver conduzir e logo se aproximou.
Baviera decidiu, por iniciativa própria, sair do carro e ir pro banco de trás para que o Chris pudesse ficar na frente comigo. Eles se cumprimentaram e o Chris entrou. Os seus olhos estavam vermelhos, de choro obviamente, ele parecia sóbrio. Sentou e olhou pra mim, ficando em silêncio durante uns segundos, sorrindo.⁃ Você não faz ideia de como esse coração ficou quando o seu irmão falou aquilo, pois não? - eu dou risada.
⁃ Ué, mas a culpa não foi minha, foi ele quem disse.
⁃ Nossa mano, eu já estava desesperado, me culpando por isso, pensando que você ia guardar rancor de mim! - ele se aproxima e me rouba um selinho, que eu faço questão de prolongar por mais dois segundos.
⁃ Oh, hey, tem aqui menores - Pedro fala.
⁃ Tapa os olhos então, filhote - Chris responde e volta a se sentar corretamente - Vai haver paga, irmão, escreve aí - ele se dirige a Mozart que ri alto.
⁃ Na moral, você não acha que eu estive bem? - Mz questiona orgulhoso.
⁃ Tão bem que o meu coração quase parou, oh anta!
⁃ Então devia ver a atuação do Tineném - olho pro Chris - Alguém dê um Oscar a esse menino, eu juro!Chris ficou confuso e então todos começámos a contar o que se tinha passado, desde a história improvisada, ao choro, à reação dos meus pais.
Tive que encostar o carro uma vez pra rir, até o ar faltava ao lembrar dele chorando por nada.
Chris chorava de rir, imaginando o Baviera fazendo todo esse teatro e meus pais acreditando que ele estava mal "porque era corno".⁃ Fico tão feliz por saber que ficou tudo bem - ele encaixa a sua mão em cima da minha, que estava pousada na caixa manual, mudava de mudanças várias vezes por conta da velocidade. Sorri, olhando pra ele uma fração de segundo.
⁃ Tudo graças ao Tineném - olho pra ele através do retrovisor - Gratidão, meu bem, eu te devo o mundo!
⁃ Você paga depois, não vou esquecer - ele brinca - Tô zoando, eu sei que faria o mesmo por mim.
⁃ Sem pensar duas vezes, eu faria, mas não tão bem quanto você fez, real mesmo! - Estaciono em frente da sua casa e saio do carro para o ir abraçar.Abraço-o com força, distribuindo múltiplos beijos no seu rosto.
⁃ Gratidão, meu amor, por tudo e principalmente por isso. Eu te amo demais - falo abraçando ainda mais forte.
⁃ Eu te amo, minha pequena - me suspende no ar.Mz sai do carro, tal como o Chris e depois a Carol. O meu irmão senta em frente ao volante e a Carol do seu lado.
⁃ Agora é a sua vez de ir atrás - Mz fala.
⁃ No meu próprio carro, né, oh debochado? - respondo.
⁃ E nem reclame, respeite o seu irmão mais velho. - ele brinca.Baviera entrou em casa e eu fui pra dentro do carro, sentando do lado do Chris. Ele colocou o seu braço à volta dos meus ombros e eu encostei a minha cabeça no seu ombro.
⁃ É hoje que vem dormir comigo? - ele fala entre os beijos que distribuía no meu cabelo.
⁃ Eu ainda agora me livrei de uma, já me quer pôr em outra? Olhe que o Baviera agora está dormindo, mais ninguém será corno por ele! - rimos os quatro. Acho que ninguém esquece isso tão rápido.
⁃ Você destrói os meus sonhos sem piedade! - ele fala rápido, alisando os meus fios de cabelo. Olho pra ele.
⁃ Eu já te fiz uma promessa acerca disso, não já? - falo baixo para que só ele ouvisse.
⁃ Vou cobrar!
⁃ Por favor. - ele vira meu queixo pra ele, pra me dar um selinho.
⁃ Crianças, nunca ninguém vos ensinou que é má educação andar aos segredos em público? Aqui o papai ensina então - Mz fala, tendo toda a razão.
⁃ Desculpa, papai, não volta a acontecer.
⁃ Nossa, que submissa ela - Chris sussurra no meu ouvido. Vou em direção à sua orelha.
⁃ Ainda não viu nada - sussurro, lambendo-o de seguida.Ele aperta a minha coxa, mordendo o lábio e eu volto a pousar a minha cabeça no seu ombro.
⁃ Oh menino, você por acaso não tem uma perna onde pousar sua mão? - Mz parece brincar, nos olhando através do retrovisor.
⁃ É da sua conta? - respondo.
⁃ Se é com você, então é.
⁃ O que é da sua conta agora é estar atento à estrada. - Carol coloca a mão no seu queixo, fazendo com que ele olhasse de volta para a estrada.Entrelacei os nossos dedos, passando, com o indicador da outra mão, pelas tatuagens da mão dele, como se eu as estivesse desenhando.
Não demorou muito tudo ficou escuro pra mim.
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𝚟𝚘𝚊𝚗𝚍𝚘┊ 𝐜𝐡𝐫𝐢𝐬 𝐦𝐜
Fanfiction❝ 𝘘𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘢𝘮𝘢𝘳 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘱𝘦𝘳𝘤𝘦𝘣𝘦𝘳 𝘰 𝘣𝘳𝘪𝘭𝘩𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘥𝘪𝘢𝘴 𝘤𝘪𝘯𝘻𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴, 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘢𝘶𝘴 𝘥𝘪𝘢𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦𝘹𝘪𝘴𝘵𝘦𝘮, 𝘦𝘹𝘪𝘴𝘵𝘦𝘮 𝘴𝘰́ 𝘮𝘢𝘶𝘴 𝘮𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴. 𝘖 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘮𝘰𝘳𝘰𝘯𝘢𝘳, 𝘰 𝘤𝘩𝘢̃𝘰...