𝚟𝚘𝚊𝚗𝚍𝚘┊ 𝐜𝐡𝐫𝐢𝐬 𝐦𝐜

O melhor para nós.

••• Suz's POV •••

Arrumamos tudo e, enquanto ele se vestia, eu pensava em como aquele dia tinha sido bom. Acordar cedo nem custava mais assim tanto, ainda aproveitamos uma manhã na piscina antes de almoçar ali no hotel e ir visitar as caves do vinho do Porto. Nunca o havia feito, e ainda bem que o fiz com o Chris. Passeamos um pouco mais na baixa da cidade antes de voltarmos para o hotel e arrumar as nossas coisas porque tínhamos um trem para pegar para Coimbra. Depois de ligar para casa, me sentei na sala do nosso quarto de hotel, esperando o Chris, enquanto me recuperava da saudade e fazia com que as lágrimas parassem ao lembrar de como aqueles dois dias tinham sido bons.

    - Já ta pronta? – pergunta enquanto aperta o cinto das suas calças e me tira do mundo da imaginação.
    - Tô, amor. Estou aqui esperando você – ele se inclina e me dá um selinho – Me despedindo do melhor hotel em que eu já estive – continuo, fazendo-o rir comigo.
    - Escreve aí, ainda vamos ficar hospedados nos melhores hotéis do mundo ao longo da nossa vida.
    - É, mas ainda assim eu acho que ainda vou preferir a nossa casa.

Ele puxa as minhas mãos, me fazendo levantar e então nos beijamos de novo, mas agora mais apaixonadamente e o beijo foi prolongado.
Descemos e paramos na receção do hotel para entregar o cartão do quarto e pagar a estadia.

    - Chama o uber aí, amor – o Victor pede antes de ser atendido e eu sabia perfeitamente que o motivo era para que eu não soubesse o preço.

Me afastei, pedindo o nosso uber, mas mesmo assim podia ouvir tudo o que eles falavam e ouvir o preço dessas duas noites fez o meu coração errar as batidas. O Victor acabou gastando muito dinheiro aqui e isso me fez sentir um peso horrível de culpa. Agradecemos quando estava tudo pronto e saímos do hotel.

    - Já pediu?
    - Aham, ele tá vindo.
    - Uai, que foi? – pergunta, erguendo o meu queixo.

Quando eu olho nos seus olhos acabo por me sentir emocionada. Ele queria, literalmente, o melhor para nós. E eu não posso negar que esses dias estavam na minha lista de favoritos da minha vida toda.

    - Obrigada por tudo – respondo, abraçando-o e ele ri levemente – Você deixa tudo sempre tão mágico, nego. Obrigada.
    - Tudo o que a gente vai fazer aqui é viver, meu amor, só isso. Sou eu quem precisa agradecer, porque se não fosse você, eu nem teria razões pra visitar tudo isso e olha o que eu estaria perdendo – ele me abraça com mais força – Eu tô feliz pra caralho, você não tem noção.
    - Eu também, mozão – sorrio pra ele – Obrigada por me fazer tão bem.

Após me beijar mais uma vez, o nosso uber chegou e entramos, rumo à Estação que visitámos ontem. Não esperamos muito pelo trem, logo já estávamos viajando pra Coimbra.

    - Olha, parou em Aveiro – ele fala e eu sorrio – Era aqui que você morava, não era? – aceno positivamente, reconhecendo os lugares que conseguia ver através da janela do trem – Não quer vir visitar e vamos amanhã?
    - Não, amor... Já marquei com a dona da casa de Coimbra pra gente se encontrar pra ela me entregar a chave.
    - A gente liga e você fala que ocorreu um imprevisto... - rio, segurando o seu queixo com uma só mão para lhe dar um selinho.
    - Quando você voltar aqui, pede ao meu pai a chave da casa em Aveiro e a gente vem passar uns dias aqui – respondo quando o trem já voltou a andar e ele acena positivamente.
    - Vocês, portugueses, não podem reclamar de nada, mano – diz uns minutos depois – O trem tá vazio, cara... Isso é impensável lá...
    - Mas tem dias em que não tá tão vazio assim. Estamos no meio da semana, amor.
    - Não importa, eu vou me mudar para aqui – brinca, me fazendo rir e novo.
    - Fala muitas vezes isso até eu querer mesmo ficar aqui contigo pro resto da minha vida.