Vai explicar?

589 50 40
                                    

••• Suz's POV •••

Me ajeito no seu colo, arrumando o vestido que tinha subido um pouco. Novamente estamos deitados, dessa vez juntos, dessa vez no sofá de minha casa, porém vendo Naruto. A sua mão escorrega para a minha bunda e eu não me pronuncio, eu admito que tinha saudade disso.

⁃ Obrigada por me fazer manter a calma essa tarde... Eu realmente não saberia o que fazer se não te tivesse naquele instante...

Levanto o olhar e ele sorri, me fazendo sorrir também. Ergo um pouco o meu corpo e beijo-o, dessa vez não tínhamos necessidade de não deixar que o beijo se intensificasse, então mostramos um ao outro a saudade que sentíamos. Provavelmente estávamos a cometer um erro ao deixar que os corações se amolecessem de novo, mas erro mesmo seria passar vontade.
A sua mão puxa a minha perna ainda mais para cima dele, apertando a minha coxa de seguida. Todo o meu corpo se arrepia totalmente com o seu toque e ele nota isso, morendo o meu lábio. Abro os olhos e o encaro, vendo que ele sorria naquele momento. Sorrio de volta, arranhando levemente o seu pescoço.

⁃ Caralho, eu sabia que tinha saudade disso, mas não sabia que eram tantas assim – fala entre selinhos e eu aceno positivamente, respondendo aos seus selinhos.

A sua mão para no meio das minhas pernas, tocando a minha buceta por cima da calcinha ainda, parando o beijo de seguida para me encarar. Ele notou aí como eu já estava molhada por conta de tudo isso. Volto a beijá-lo, lambendo os seus lábios para pedir permissão para que a sua tocasse na minha.
Conforme o beijo se intensificava, ele continuou passando a mão por cima da minha calcinha e me deixando cada vez mais molhada. Peguei a sua mão e apertei mais contra mim, fazendo-o rir levemente.
Ele me deitou no sofá e afastou as minhas pernas, sempre sem quebrar o nosso beijo. Conforme o seu beijo descia para o meu pescoço, ele afastava a minha calcinha, tocando diretamente no meu clitóris nesse momento. Respirei fundo ele começou a beijar bem perto do meu ouvido. Ele masturbava levemente, mas para mim era intenso, visto que nem eu mesma fazia isso há muito tempo.

⁃ Se não estiver confortável, avisa amor – sussurra no meu ouvido e volta a beijar os meus lábios ainda mais intensamente.

Como resposta eu tiro a sua mão durante uns segundos para poder tirar por completo a minha calcinha e ele me encara ainda mais surpreso. Quando volta a me tocar, fá-lo mais intensamente, me levando a reprimir um gemido. A sua mão desce e ele enfia um dedo dentro de mim, sorrindo de seguida durante o beijo. Provavelmente ele já entendeu que eu não tinha realmente transado com ninguém, mas isso não me importa.
Enquanto isso, desce os seus beijos para o meu peito e eu baixo as alças do vestido, de forma a deixar que ele os beije por completo, sem nada que o impeça. Puxo os seus dreads conforme ele vai intensificando ainda mais tudo aquilo, deixando um gemido escapar dessa vez, mordendo o lábio com força de seguida.
Finalmente eu estava conseguindo me soltar, estava a um ponto de gozar pela primeira vez em tanto tempo, mas fomos interrompidos quando sentimos que alguém estava a abrir a porta de entrada.

⁃ Caralho, o Mozart veio mais cedo! – digo ao me levantar para pegar a minha calcinha e vesti-la.

O Chris senta no sofá e eu estou compondo as alças do vestido, já totalmente composta, quando vejo o meu pai a chegar à sala. Ele nos encara confuso e o Chris me olha com a expressão de "agora fodeu", enquanto reprime uma risada.

⁃ O que estava rolando aqui? – o meu pai questiona num tom autoritário, mas extremamente e confuso.
⁃ Nada do que você está imaginando, pai, de verdade mesmo!
⁃ Não é isso que todos dizem? – pergunta ainda frio.
⁃ Sério, Senhor Duarte, a gente não estava mesmo fazendo nada de mal!
⁃ Chris, se não se importa, eu gostava de ter uma conversa a sós com a minha filha – pede e ele acena positivamente, antes se levantar e beijar o meu rosto.
Manda mensagem se precisar, desculpa... - fala no meu ouvido e eu sorrio levemente como resposta.

O Chris se despede do meu pai e pouco depois ouço a porta de casa bater. Fico sem coragem de encarar o meu pai depois disso.

⁃ Vai se explicar ou eu já entendi tudo?
⁃ Eu acho que você está subentendendo mais do que realmente aconteceu... Eu juro pai, não foi nada disso que você está pensando!
⁃ Então explique-se! Eu cheguei em casa e tinha o Chris sentado na frente da minha filha, de costas para mim enquanto ela acabava de se vestir, foi isso que eu vi.
⁃ Não, nada a ver! Eu estava vestida! Estava mexendo nas alças porque é normal elas descaírem, mas eu estava vestida, pai! – me justifico e ele suspira, ainda me encarando – A verdade é que eu beijei o Chris, mas nós não temos nada! – completo rapidamente.
⁃ Então você beijou o Chris só porque sim! Só porque por coincidência ele apareceu na sala – dá ênfase nas duas ultimas palavras – E pronto, quando deu por si, estava a beijá-lo por milagre.
⁃ Não, pai... A gente veio para cá e estávamos assistindo, olha – aponto para a tv, mas me ferro, sendo que o episódio estava pausado pela netflix – A gente só se beijou porque... Eu sei lá, para vermos se havia clima entre nós... E acho que foi o único beijo que demos na vida mesmo, depois disto.

Ele pousa o seu casaco e vem na minha direção, sentando do meu lado, onde o Chris estava anteriormente.

⁃ Poxa, Suzanna! Ainda por cima na minha sala! Já não basta ele estar com a língua na garganta da minha filha, tem que ser na minha sala – suspira profundamente.
⁃ Não foi planejado, eu juro! Essa é a prova... Acha que se nós tivéssemos pensado em fazer isso, não teríamos subido para o meu quarto ou para outro sitio qualquer?

Ele fica calado durante um tempo e volta a suspirar fundo, creio que aquilo era muita informação para ele, já que ainda me via como a sua pequena.

⁃ Isso quer dizer que vocês dois nunca... Assim, nunca... - o encaro suspresa, extremamente envergonhada.
⁃ Lógico que não! Que pergunta é essa, pai? Tá me tomando por quem?
⁃ Não quis te ofender, Suzy! Sei lá, eu só me preocupo – segura a minha mão – Não é que eu tenha alguma coisa contra ele, eu acho que é um bom rapaz, gosto muito do Chris, mas filha, procure alguém com um emprego... Normal? Digo isso porque ele passa o tempo todo fora de casa e eu não queria que a minha filha passasse o que a mãe passa. É horrível eu passar o tempo todo fora de casa e saber como a sua mãe se sente, filha, e queria que você tivesse alguém que te pudesse dedicar toda a sua atenção, sabe? Não leve a mal esse conselho, eu só me preocupo...
⁃ Pai, eu só beijei o Chris, não significa que tenhamos casamento marcado para amanhã, tá?
⁃ Só interiorize o meu conselho, filha, é para o seu bem.

Aceno positivamente e escutamos a porta de entrada bater, de seguida o Mozart chega na sala, pousando a chave do carro em cima da mesa de jantar.

⁃ Boa tarde – fala confuso e nós respondemos.

O meu pai olha para o relógio e se levanta de seguida.

⁃ Tenho que ir buscar a vossa mãe – pega de novo o seu casaco – Não aprontem enquanto eu estiver fora.

Sinto que a indireta era para mim e, quando ele bate a porta de entrada, o Mozart começa a rir da minha cara.

⁃ Que merda tinham vocês na cabeça?

𝚟𝚘𝚊𝚗𝚍𝚘┊ 𝐜𝐡𝐫𝐢𝐬 𝐦𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora