Não sei porque tento.

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••• Chris' POV •••

Termino de me calçar e pego a chave do carro para que ela entenda que estou pronto. Concordei de ir almoçar em casa dos meus sogros e honestamente espero que a Suzy não entregue que estamos brigados porque não consigo justificar uma briga tão idiota.
Abro a porta e me dirijo ao carro, tirando-o da garagem e esperando por ela que não demora a vir, na frente de casa. Deu vontade de falar que ela está linda, mas apenas respirei fundo e olhei para a frente enquanto ela entra no carro.

⁃ Tudo pronto? - pergunto e ela acena positivamente, colocando o cinto de segurança.

Respiro fundo antes de dirigir até casa dos seus pais, tentando fazer com que o clima entre nós acalmasse um pouco. Ela abre o portão com o comando e eu entro, estacionando o meu carro atrás do carro do meu sogro.

⁃ Espera um pouco - digo quando ela abre a porta e faço com que me encare - Eles não têm culpa se a gente não está bem, o teu pai voltou hoje... Devíamos tomar isso em consideração.
⁃ Sim, é verdade - ela responde antes de sair efetivamente e espera que eu saia também e feche o carro.

O pai dela surge com um copo de whisky na mão e se dirige a nós, me entregando o copo depois de me apertar a mão.

⁃ Bom dia, boa tarde, eu vou morrer sem saber o que se diz ao meio dia.
⁃ É um bom dia mesmo, uma hora dessas e a gente já tá bebendo - respondo fazendo-o rir.
⁃ Como está a minha princesa? - ele pergunta antes de abraçar a Suzy e abraça de um jeito tão carinhoso que me faz entender o porquê de ela sempre ter um abraço tão característico.
⁃ Estou bem, pai, e você? Como foi a viagem?
⁃ Se eu voltei, é porque foi boa - segura o rosto dela com as duas mãos e beija a sua testa - Agora vou ficar o resto do mês para poder aproveitar essas semanas que me restam contigo.
⁃ Já comprei a passagem - ele ri levemente e acena positivamente.
⁃ Eu sei. Eu tô longe, mas eu sei sempre o que acontece por aqui.

Eles separam-se e a Suzy me encara de olhos arregalados, acho que tivemos o mesmo pensamento. Me aproximo dela e coloco o braço em volta dos seus ombros. Fui na cozinha com ela para cumprimentar a sua mãe que nos recebeu com a boa disposição de sempre.

⁃ Vocês estão bem? - pergunta após nos cumprimentar.
⁃ Sim, porque pergunta? - Suzy diz instantaneamente me fazendo rir.
⁃ Porque me preocupo, filha.
⁃ Posso ser útil, Dona Isa?
Pra você é sogra - Suzy responde naturalmente e eu solto uma gargalhada.
⁃ Esteja à vontade, não deve demorar pro Mozart chegar também.

Aceno positivamente e então saio da cozinha, indo à procura do meu sogro, que está no jardim regando umas plantas.

⁃ Eu pensava que a vontade da jardinagem só chegava a um homem numa idade avançada já - comento e ele solta uma gargalhada alta, me fazendo rir.
⁃ A gente tem que fazer o agrado à mulher, Chris, elas têm mais poder do que parecem ter.
⁃ Se eu for fazer sempre o agrado à sua filha, eu não faço outra coisa da vida - respondo e ele concorda - Oh mulher complicada.
⁃ Acha que eu não sei? Ela é como a mãe, bate o pé por tudo e por nada.
⁃ É um neném autêntico - digo antes de dar um gole - Precisa ser tudo como ela quer.
⁃ E sabe o que eu te digo, filho? Mulher calada é mulher cansada.

Aceno positivamente, até que concordando com isso, quando o portão é aberto e o Mozart entra com o seu carro, estacionando do lado do meu.
A Suzy surge na janela da sala e chama o meu sogro, que prontamente vai ver do que a filha precisa e entram.

𝚟𝚘𝚊𝚗𝚍𝚘┊ 𝐜𝐡𝐫𝐢𝐬 𝐦𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora