Convincente.

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Suz's POV.

A claridade que entrava no quarto acabou me fazendo acordar. Abri os olhos, desprendi o meu corpo do corpo do Chris e procurei meu celular pra ver as horas. Eram 7:38h. Ainda era cedo, mas talvez fosse melhor ir já pra casa.
Senti o Chris se ajeitar atrás de mim e eu voltei a me deitar corretamente, sentindo os seus braços me puxando pra colar totalmente os nossos corpos. Ele suspirou e passei a dar atenção à sua respiração.

⁃ Já está acordado? - pergunto baixo.
⁃ Senti você mexer e pensei que fosse embora já - respondeu no mesmo tom. A sua voz rouca deixava-me arrepiada.
⁃ Acho que já vou...
⁃ Já? - junta mais os nossos corpos.
⁃ Aham - ficamos em silêncio durante uns minutos - Chris, você não tem que ir no banheiro? - ele ri ao entender ao que me referia.
⁃ Eu tava sonhando quando você me acordou.
⁃ Desculpa...
⁃ Podíamos reproduzir o meu sonho, hum? - deposita beijos no meu pescoço e no meu ombro.
⁃ Eu nem sei qual era o seu sonho - respondo e todo o meu corpo treme por conta do arrepio que senti.
⁃ Não se preocupe, eu mesmo guio - ri ao ouvir as suas desculpas na tentativa de me convencer, o que o fez rir consequentemente.

Percorre os seus beijos desde o meu ombro aos meus lábios, onde depositou um selinho. De seguida levantou-se e dirigiu-se ao banheiro.
Levantei-me também e puxei os lençóis da cama pra trás, preparando de seguida a roupa que ia usar.
Após ter organizado o que ia usar, estava a preparar-me pra fazer a cama, quando ele impediu.

⁃ Ainda vou voltar a dormir - abraçou-me por trás e rio.
⁃ Então vou me vestir.
⁃ Você fica tão linda com essa camisa do Galo - me vira pra ele e olha pra mim de cima pra baixo - Que mulher! - me dá um selinho e eu rio, dando outro.

Pego minha roupa, minha escova de dentes e vou pro banheiro dele.

•••

Ele para o carro na frente de minha casa.

⁃ Tem a certeza que não quer vir comer? Amor, cê já não come há tantas horas! - me encara.
⁃ Não tenho fome agora, neném, depois eu como, sério - me aproximo pra lhe dar um selinho.

Logo transformou o nosso selinho em um beijo a sério, passeando com a sua mão pela minha coxa. Acaricio o seu rosto com as minhas unhas e acabamos o beijo.

⁃ Obrigada neném - falo com a minha testa colada à dele.
⁃ Logo vamos estar juntos?
⁃ Lógico, supostamente é pra ir na Letícia - sorri e dei mais um selinho.
⁃ Depois falamos sobre isso então amor - volta a me beijar.

•••

Chris' POV

Estacionei em casa e senti que já havia movimento, não estranhei, provavelmente era a minha mãe.
Ao entrar em casa tive a confirmação de que, de facto, era ela.
Entrei na cozinha, já sabia que ela estava lá.

⁃ Você foi onde? - questiona quando me olha.
⁃ Bom dia pra você também, mãe - me aproximo dela e beijo a sua testa - Bom dia - me sento do lado do Edivaldo.
⁃ Bom dia - ele responde rindo.
⁃ Eu pensava que a sua namorada ia ficar pra tomar café da manhã com a gente.
⁃ Ela não é minha namorada, mãe - pousa o café na mesa e me olha chocada.
⁃ Não é sua namorada e dorme contigo? Conta outra, Victor! - ri e pega uma torrada.
⁃ Ela não dorme comigo, veio dormir ontem só - rio e começo a comer.
⁃ Lógico, eu vou mesmo acreditar nisso.
⁃ Mãe, agora falando sério - olho pra ela o mais sério que consigo - Ela não costuma mesmo vir dormir comigo, veio ontem porque eu não estava me sentindo muito bem, e acabou adormecendo primeiro que eu - rio e ela me olha com cara de quem não estava acreditando - Quem me dera que ela dormisse sempre aqui - Edivaldo ri e eu rio consequentemente.
⁃ Mas você gosta mesmo dela ou é só aquele lance de se pegarem de vez em quando? - ele me olha.
⁃ Não, eu gosto mesmo. A gente fica, mas não passa disso, não há relação séria mesmo, ainda. - bebo o meu café.
⁃ Se você não tem ideias de ficar com ela, não iluda Victor! Não seria qualquer uma que ia te tratar de mesma forma mesmo sabendo do seu vacilo - minha mãe me olha séria - Eu não trataria.
⁃ Eu sei da sorte que tenho por ter ela, não precisa esfregar na minha cara - rio - A gente só não assume porque ela não quer. O seu último relacionamento foi foda pra ela, por isso que ela não consegue se entregar a alguém.
⁃ Você precisa mostrar que é diferente.
⁃ Eu mostro, mãe, mas ela dentro de si ainda está bem presa, não deixa qualquer pessoa se aproximar. - suspiro - Ah, mãe! É foda mesmo...
⁃ O que é que é foda? - Clara entra na cozinha.
⁃ Seu irmão tava falando da namorada... - rio e volto a beber.
⁃ Você esteve com ela? - minha irmã pergunta à minha mãe.
⁃ Bem... Digamos que não diretamente, mas sim.
⁃ Como assim? - Clara nos encara confusa e o Edivaldo começa a rir.
⁃ A mãe ontem veio ao meu quarto durante a noite e viu a Suzy - a Clara me olha chocada - Que foi? Ela já tava dormindo, eu tinha ido no banheiro.
⁃ Ela estava cansada já - Edivaldo fala e me empurra suavemente.
⁃ Mano, impossível falar com vocês - eles riem - Eu também já estava dormindo, mas acordei pra ir no banheiro.
⁃ Eu quero ser a madrinha - Clara toca no meu braço.
⁃ Ainda vou ser padrinho de um seu primeiro, escreve aí - minha mãe ri com a cara da Clara.
⁃ Não quer convidar a sua amiga pra vir cá em casa hoje à tarde? Gostava de a conhecer. - minha mãe fala me encarando sorrindo.
⁃ Tenho que ver com ela, mãe, mas acho que ainda consigo convencê-la.

𝚟𝚘𝚊𝚗𝚍𝚘┊ 𝐜𝐡𝐫𝐢𝐬 𝐦𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora