Sobre nós.

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O olhar dela sobe, penetra no meu de forma intensa, voltando a cima lambendo o meu abdómen.
Repreendi-me mentalmente por não ter sido capaz de fazer alguma coisa, embora eu soubesse que, caso ela tentasse, eu certamente pararia. Mas eu devia ter sido capaz de a puxar logo pra cima.
Os beijos dela passaram pro meu pescoço, a minha respiração estava ofegante, estava nervoso, eu sabia que tinha que parar, contudo eu estava a gostar daquele momento. Ela subiu os beijos lentamente e mordeu levemente a minha orelha enquanto as unhas dela arranhavam muito levemente o meu rosto para não deixar marca. Perdi o controle de tudo nesse momento, apertei a bunda dela com vontade, eu sabia que ia deixar marca muito provavelmente, o que acabou por me deixar numa situação ainda mais crítica.
Puxei-a para outro beijo, bem agressivo desta vez, com o meu pensamento gritando a cada momento que eu tinha que parar.
Desci os beijos pro seu pescoço, dando leve mordidas e sugando suavemente para não a marcar num lugar tão visível. Ela rebola no meu colo e eu senti que toda a sanidade mental no meu corpo me estava a abandonar.
⁃ amor ... - falo enquanto ela volta a unir os nossos lábios, rebolando ainda - é melhor ficarmos por aqui - falo quando paramos o beijo.
⁃ e se eu não quiser ficar? - ela pergunta com as nossas bocas ainda perto uma da outra, roubando-me um selinho em seguida.
⁃ você quer, acredite.
⁃ Chris, eu nunca senti esse desejo com ninguém, não me deixe passar vontade! - como assim, nunca? ela é virgem? ah, óbvio que não, está a dizer isso porque não está sóbria, só isso.
⁃ anjo, você não vai passar vontade porque você não quer realmente isso.
⁃ você sabe o que eu quero Chris! -  beija o meu pescoço - e eu sei que você quer o mesmo - eu quero, quero muito, mas não nestas circunstâncias.
⁃ hoje não amor ... - falo virando o seu queixo para mim e dando um selinho nos seus lábios.
⁃ vamos aproveitar que ainda não chegou ninguém - ela fala e o rebolado dela torna cada vez mais difícil a minha paragem.
⁃ outro dia meu bem - falo e ela logo responde.
⁃ amanhã? - me encara e tira uma risada de mim. por minha vontade era amanhã mesmo.
Agarro a cintura dela para a impedir de rebolar e causo o efeito contrário. Ela coloca os braços nos meus ombros e abraça o meu pescoço, rebolando mais intensamente. Senti que ia explodir, nenhum tecido iria aguentar mais um pouco de pressão. Eu estava a atingir um ponto em que dificilmente já seria forte o suficiente para voltar atrás. Elevei o quadril dela, respirei fundo e foquei-me em tomar controle da situação. Olhei pra ela e beijei-a calmamente.
Durante um momento tão intenso nem sentimos o nosso grupo a chegar, só notamos quando eles entraram a porta falando. A Sú ia pra descer do meu colo e se deitar comigo no sofá, porém eu pedi-lhe discretamente que não o fizesse, ainda estava excitado e certamente notariam.
⁃ opa, chegamos na hora errada - Knust fala chegando a sala.
Nos momentos seguintes tive que aguentar as indiretas dos rapazes, inclusive do Mz, que desconfiavam do porquê de ela não sair do meu colo. Óbvio, estava bem estampado nas nossas caras.

Suz's POV.

Porque eles tiveram que chegar no momento mais inoportuno, quando finalmente tudo estava realmente bem comigo e com o Chris?
Não creio que tinha conseguido ter tanto poder sobre aquele homem. Pela primeira vez em 19 anos eu senti esse desejo, o álcool tinha-me dado a força que me faltava de me entregar pra ele, a vontade não era só de agora, eu só não queria que ele pensasse que eu sou uma qualquer que se entrega a qualquer um. Será que ele agora ia pensar isso?
Os rapazes estavam falando calúnias sobre nós. O meu rosto estava enterrado no pescoço dele e eu esforçava-me por não o beijar, eu sabia que ele estava a tentar diminuir o volume dos seus calções, que pelo que eu senti, não era tão pequeno assim.
⁃ já venho princesa - ele fala pousando-me no lugar em que ele estava antes e seguindo pra cozinha.
A Carol ralhava com a Letícia de um jeito preocupado dizendo que ela tinha bebido demais, virando-se pro meu lado a seguir, ela tinha razão. No estado em que estávamos, eu e Letícia acabamos rindo, o que resultou em levarmos um tapa no braço da Carol. Ela estava certa, pelo menos alguma de nós teve juízo naquela tarde.
Chris volta com uma mistura estranha num copo em uma mão e com um café na outra.
⁃ beba isso - ele me entrega a mistura estranha - não sinta o sabor, beba rápido e depois beba o café logo de seguida.
Olhei desconfiada, eu não sabia o que aquilo era, mas confiava no Chris e sabia que se ele estava me entregando aquilo, era pro meu bem. Bebi aquela mistura sem nem sentir o sabor e logo de seguida bebi o café.
⁃ nossa Chris, nem açúcar tem - falo fazendo cara feia ao beber o café.
⁃ falou a menina que bebeu Red Label sem nem estranhar - ele fala dando risada - se quiser vomitar, avise, vou com você ao banheiro.
Ele fala acariciando o meu cabelo.

𝚟𝚘𝚊𝚗𝚍𝚘┊ 𝐜𝐡𝐫𝐢𝐬 𝐦𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora