Planejando a vingança.

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Carol faz sinal pra eu olhar pra trás e eu assim o faço. Paro de dançar e olhei. Chris fez sinal pra eu ir ter com ele.
Fui ao seu encontro e, após entrelaçar os nossos dedos, começou a ir pra fora do bar onde estávamos.

⁃ Você está bem? - pergunto assim que consigo ficar frente a frente com ele, já quase fora do bar.
⁃ Sim - ele ri - Você falou que estava precisando de um baseado, e eu não quero que você fume na frente do seu irmão.
⁃ Ele já me viu tantas vezes a fumar - começo a rir e abraço-o.
⁃ Mas ele não gosta disso, e pode brigar comigo por eu te satisfazer a vontade - acende e me entrega.

Nos sentamos num muro que tinha ali e começamos a girar o baseado entre nós.

⁃ Esse tá muito forte - falo e vejo que ainda não estava a meio.
⁃ Pode crer - ele ri - Essa é boa, vou ficar umas três horas chapado - ri com ele.

Dei meu último trago e lhe entreguei, mostrando que não ia querer mais. Desço do muro e senti a droga bater dez vezes mais. Chris riu de mim e eu fui me refugiar no meio das pernas dele.

⁃ Sabe? - acaricia o meu cabelo- Eu estou tão feliz que não haja mais atrito entre você e a Yasmin.

Olhei pra trás impacientemente e suspirei. Eu sei como isso é importante pra ele.

⁃ Existe na mesma, Cleytu - falo calma - Ela só tem sorte que eu me preocupo mais com o teu bem estar do que com as provocações dela - me puxa mais pra ele - O que não me vai impedir de brigar se for necessário - ele ri.
⁃ Não será, morena - beija o meu cabelo.

Apaga o baseado e desce do muro, beijando a minha testa e entrelaçando os nossos dedos novamente.

⁃ Obrigada amor - encosto a minha cabeça ao seu ombro e começamos a caminhar de volta pro bar.

•••

Chris' POV.

Passei a Suzy pra minha frente e começamos a entrar no bar, a entrada estava repleta de pessoas. As luzes estavam a deixar-me ainda mais chapado, fazendo-me ter vontade de ficar horas com o meu olhar colado nelas.
Suzy vira-se pra mim com um ar assustado e tenta ir embora a todo o custo. Não entendi se ela se estava a sentir sufocada por estar tanta gente, se estava passando mal ou se viu algo que a deixou assim, ou alguém.

⁃ Que foi? - tento obter resposta enquanto ela me empurra na tentativa de se libertar.

Puxei-a pra fora do bar em questão de segundos.
Ela estava pálida, parecia estar perdida. Não me respondia a nada.
Me empurrou e se afastou, indo pro lado do muro e vomitou. Aproximei-me pra segurar no seu cabelo e ver como ela estava. Só aí a vi chorar.

⁃ Mantenha a calma, morena - vi que ela estava tremendo.

Ela continuava pálida, a sua respiração estava acelerada.

⁃ Fala comigo, foi bad trip que sentiu? Eu não devia ter te chamado pra fumar, fui tão idiota...
⁃ Não - ela fala fraca - Não é isso!
⁃ Então nega? Que foi? - essa preocupação estava acabando comigo. Ela não estava bem e não a fazer ficar bem deixava-me ainda pior.
⁃ Não faça nada... - finalmente me olha - Por favor não faça nada - volta a chorar e eu abraço-a.
⁃ Tenha calma morena. O que foi?
⁃ Victor... Promete!
⁃ Fala logo Suzanna! - falo impaciente, já tinha um palpite do que seria e isso me deixava irritado - Eu prometo!
⁃ O Arthur está lá dentro...

Todo o meu sangue ferveu ao saber isso. Não conseguia ficar no meu canto sabendo que aquele filho da puta estava tão perto. Preciso fazê-lo pagar por tudo o que fez!

⁃ Suzanna... Não deixe isso ficar assim!
⁃ Victor, fica parado!
⁃ Não dá, eu preciso ter uma conversinha com ele! - tento me desprender dela. Ela me agarra com todas as suas forças, me arranhando.
⁃ Se você fizer alguma coisa, eu juro que nunca mais me vai ver na sua vida! - o seu olhar mostrava o seu pânico.

Respiro fundo e tento pensar numa forma de a despistar dali pra deixar as coisas acontecerem.

⁃ Desculpa... Quer ir pra casa? - limpo as suas lágrimas, ela estava gelada.
⁃ Tenho que avisar o Mz... E não consigo ir lá dentro...
⁃ Eu mando mensagem, ele depois vê - entrelaço os nossos dedos e começo a caminhar em direção ao carro.

Chegando lá, vejo-a entrar e fico mais à vontade pra falar.

⁃ Suzy, vou ali mijar e já falo com o Mz - invento uma desculpa pra me afastar um pouco do carro.

Ela acena e eu me afasto, ligando pro Baviera até ele atender finalmente.

⁃ Fala... Não te consigo escutar direito - Baviera grita.
⁃ Tá onde?
⁃ Tô indo pra fora espera aí... Onde cê tá?
⁃ Não posso falar alto mano! - digo impacientemente.
⁃ Fala, já te escuto.
⁃ Vou levar a Suzanna a casa...
⁃ Ah cachorro! - ele ri.
⁃ Baviera, preciso de um favor!
⁃ Fala Cleytu!
⁃ Os seus amigos estão aí ainda?
⁃ Tão sim!
⁃ O Gordão e o José?
⁃ Tão lá dentro.
⁃ Preciso que eles façam um favor, mas você tem que ficar longe disso!
⁃ Fala logo caralho!
⁃ O Arthur tá aí - ele ficou em silêncio - A Suzanna até vomitou porque o viu, e eu preciso que o Gordão e o José o apanhem sozinho e arrumem briga com ele. Sabe? Pra não deixar transparecer que foi propositado... Mas ele tem que ficar bem marcado. Depois façam por sair daí, ele não pode saber que eles estão ligados a vocês... Mano por favor, a Suzy não me deixa fazer nada.
⁃ Não, mano, pode deixar! Eu falo com eles. Você pediu, certeza que eles vão fazer.
⁃ Eles não perdem nada comigo, cê sabe... Vou tentar voltar depois de a levar a casa e terminar o que eles começaram.
⁃ Chris, se ela descobrir isso você sabe que vai dar merda, né?
⁃ Lógico, por algum motivo não voltei...
⁃ Então fica fora dessa! Eles tratam de tudo. - suspiro. Eu queria mesmo vingar tudo o que ele fez com ela!
⁃ Avisa o Mz que a Suzy tá indo comigo... Ah, e se eu não voltar, leve a Yasmin e o Rodrigo a casa, por favor!
⁃ Pode deixar, fica tudo controlado.
⁃ Obrigado irmão, fico devendo muito pra vocês! - respiro fundo.
⁃ Cuida dela, aqui o jogo tá controlado!

𝚟𝚘𝚊𝚗𝚍𝚘┊ 𝐜𝐡𝐫𝐢𝐬 𝐦𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora