𝚟𝚘𝚊𝚗𝚍𝚘┊ 𝐜𝐡𝐫𝐢𝐬 𝐦𝐜

Proteção.

Chris' POV.

Me arrumei, precisava ir deixar a Catarina em casa, foi bom demais passar essas horas com ela. Gratificante ver ela mandando beijinho, ontem e hoje foi isso que me fez sorrir genuinamente. Queria estar com a Bruninha, porém eles não estão em casa no momento, penso que só vou estar com ela numa próxima vez.
Depois de deixar a Catarina vou me encontrar com a família no Bar do Fabinho pra me despedir dos meus irmãos.
Só mais essa tarde e início de noite em casa e de madrugada eu vou pro Rio. Vou na esperança de ainda conseguir ter mais uma chance de ser feliz. Se eu não resolvo essa situação amanhã durante a tarde, vou perder ela de vez. Depois de amanhã à noite a turnê já está valendo e essas duas semanas vão ser suficientes pra ela me esquecer totalmente.

⁃ Filho... - olho pra minha mãe que brincava com Catarina no seu colo - Terra chama Victor!
⁃ Fala veia - sorrio e esfrego os olhos.
⁃ Aleluia você escutou! Que horas você volta?
⁃ Ah mãe, volto cedo. Preciso dormir antes da viagem. - ela suspira e me olha preocupada.
⁃ Não gosto que você viaje de madrugada! O sono pode atraiçoar você! - pego a Catarina no meu colo e brinco de lhe dar beijinhos no pescoço que lhe faziam cócegas. A gargalhada dela é linda! - Vai me ligando, só pra falar com alguém.
⁃ Não se preocupa veia, a Suzy vai estar falando comigo - ela me olha.
⁃ Depois do que você fez, ela ainda se preocupa... Ai, Victor! Se eu sei de mais algum vacilo seu, mesmo com vinte e dois anos, ainda vai levar surra da sua mãe! - eu rio olhando pra ela.
⁃ Se eu vacilar mais uma vez a sua surra é o que vai doer menos - beijo a sua testa e ela me abraça - Já são 16h, vou agora pra não demorar muito.
⁃ Se cuida meu amor. Espero você pra jantar?
⁃ Sim, mãe. Que horas?
⁃ No máximo, 20h.

Falamos enquanto coloco a Catarina na cadeirinha de bebê e a minha mãe guarda a bolsinha dela do lado da cadeira, despedindo-se da minha neném depois.

•••

Os meus amigos sempre insistiam em fazer brindes por mim e eu já estava perdendo a noção de novo. Já nem lembrava quantas cervejas tínhamos bebido e quantos baseados tínhamos fumado fora do bar.

⁃ Mano, vem comigo lá fora - Rodrigo pega um baseado e saímos sozinhos. - Como ficou a vossa situação? - questiona antes de acender.
⁃ Ela não me quer mais, mano - suspiro - Fala que não acredita, mas está disposta em continuar com uma amizade.
⁃ Com esse charme, reconquista a morena facin - ele me passa o baseado e eu dou uns tragos.
⁃ Ela não é fácil assim. Essa mulher tem uma personalidade que me deixa doido! Porém, ao mesmo tempo eu fico grato por isso, porque ela é uma pessoa tão genuína, e não é qualquer um que se aproxima dela assim - dou mais uns tragos - Eu tive essa sorte...
⁃ Mano... Sobra a Yasmin - ele suspira e noto que ele está bravo - a gente terminou o que tinha.
⁃ Porquê mano? - olhei pra ele surpreso e passei o baseado - Ainda ontem passaram a noite juntos.
⁃ Ela ficou puta porque eu estava falando com uma moça, é a garota com quem eu fico lá em SP, sendo que ela passa o dia falando por snap, instagram, whats com caras e eu vejo sem me pronunciar - dá uns tragos - Se eu quisesse mulher no meu pé, eu teria uma fixa.
⁃ Yasmin tem dessas, ela é boa pra caralho mas depois acha que manda na gente - ele me passa o baseado - Por isso eu cansei e fiquei só na amizade.
⁃ Sabia que ela provavelmente vai trabalhar pro Rio? - o encaro surpreso.
⁃ Sério isso?
⁃ É, está quase a conseguir o emprego.
⁃ Mata esse - me refiro ao baseado que lhe devolvo pra que ele o termine de fumar - Não sabia mano, mas é bom pra ela.
⁃ Gente - Jorge vem na porta e nos chama - Vamos fazer um brinde ao Vitu. - olho pras horas, eram já 19:48h.
⁃ Esse vai ser o último, vou jantar às 20h.