122- Que merda, Anne

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❝𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀 | ♛♚
Quando Gilbert chegou, só escutou de sua esposa, porque, quando foi a ver no quarto, estava de fato capotada, igual lhe disseram.

Mas, pela manhã, percebendo a propensão dela de desfalecer que nem pedra por um algum tempo (ou simplesmente dormir, igual pessoas normais falam), foi cuidar de suas crianças, sabendo que, mesmo se tentasse, a chacoalhasse, batesse panela em seus ouvidos... Anne não acordaria, e ele não teria a ousadia de atrapalhar a primeira noite em que ela dormiu bem, ou nem necessariamente bem, mas, pelo menos, completa.

Mas, sua preocupação foi gradativamente se aumentando conforme os "cafés da manhã" iam se passando.

Primeiro, obviamente, veio os dos seus filhos. Eram raras as vezes que tanto Anne tanto Gilbert não estavam nesse momento do dia, vendo Rilla dormindo em cima do seu café com leite, Walter demorando minutos para mastigar preguiçosamente um pedaço do seu croissant, Déli tagarelando sobre o dia estar lindo (mesmo quando estava horrível), Jem indeciso entre estar agitado ou adormecido, e Nan e Di abrindo suas bocas como se demandassem que seus pais as enchesse de comida.

Nan e Di, na realidade, eram um caso a parte. Apenas começaram com o café da manhã agora, antes era apenas leite, leite, leite e leite.

De qualquer forma...

Depois disso, apareciam Diana e Jerry para se despedirem da filha e dos sobrinhos, que seguiriam para escola e para creche, normalmente pelo motorista. Harry vinha na mesma leva, porque, se quisesse, poderia até tomar café junto com as crianças, mas sua manhã sempre começava de alguma maneira esquisita, tipo caminhadas. Quem diabos tem essa coragem?! Enfim, esse era o segundo café da manhã.

O terceiro café da manhã não era constante. Geralmente tinha a ocupação de Moody e Ruby que, como regentes, conseguiam colocar seus compromissos mais para um horário... de gente, e não necessitavam acordar tão cedo igual os outros.

   Por fim, o quarto café manhã também não era constante. Mary e Bash tinham a sorte de Delphine dormir e acordar em um horário igualmente de gente, então, lá pelas nove, nove e meia, tomavam seu café, e, dessa vez, era para irem embora.

Sabendo que já haviam ajudado como podiam e que ajudariam novamente se fosse necessário, Bash e Mary acharam válido desencher um pouco a casa, tanto de adultos tanto de crianças, e, sabendo que tudo ali já estava achando uma maneira de funcionar sem a necessidade dos dois, consideraram ser hora de ir para casa. Deixariam Delphine na creche, que era de horário menor do que a de Jem, e seguiriam cada um para o seu trabalho.

Considerando o Parlamento, Gilbert não necessitava mais de um Conselho em tempo integral. Sim, necessitava de milhares de funcionários organizando sua agenda, o informando sobre sua agenda, organizando eventos, o informando sobre os eventos, mas não de um Conselho fixo. Claro, tinha questões de cunho diplomático no qual ele necessitava de opiniões embasadas e, quando isso acontecia, Bash e Mary o auxiliavam, mas, agora, o casal era apenas uma das duplas mais procuradas de diplomatas do Império.

Todavia, Gilbert, como o bom anfitrião que era, se viu obrigado a participar de todos esses cafés da manhã, recheados de comida, família e risadas, o que ele obviamente não gosta e de fato preferiria evitar.

   Mas, o que mais o preocupou foi que, em nenhum deles, Anne desceu, o que o fez supor que não havia nem acordado, já que Harry quase o fez acordar sua esposa ontem, para pedir que se alimentasse, visto que foram longos minutos com o Duque apontando todas as vezes que Anne recusou comida e como ele achava que só Blythe fosse conseguir essa proeza.

Road Trip III - Shirbert e Anne with an EOnde histórias criam vida. Descubra agora