Road Trip III - Shirbert e Anne with an E

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❝𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀 | ♛♚
- Você está bem? Fez boa viagem? - disparou preocupado, cuidadosamente a afastando ao pedir: - Deixe-me te ver.

Gilbert passou a ponta de seu dedo delicadamente pelas linhas do rosto salpicado, sentindo-lhe as mágoas as quais carregaram em suas sutis marcas escurecidas abaixo dos olhos, vendo no pesar de suas pálpebras as atrocidades que viram, imaginado o peso que carregou nas lágrimas que caíram em alívio e compreendendo a necessidade de um descanso nos lábios que até para sorrir esforçavam-se.

Ele fracamente sorriu, não podendo conter o "sorrir" ao estar tão aliviado em a ver, mas não podendo conter o "fracamente" ao ver o quanto ela estava cansada, voltando rapidamente a embrulhar-la em seus braços, deitando-lhe a cabeça em seu ombro e fazendo carinho na nuca ruiva, involuntariamente suspirando o nome da mulher como quem experimentava algo muito bom.

- Eu estava com tanto medo de algo acontecer com você e eu nunca mais poder te abraçar assim. - confessou. - Eu sei, eu sei, foram só quatro dias, mas...

Um sopro de choro ressoou abafado no abraço, consequentemente pondo braços femininos em torno do torso do homem, como quem apoiava-se para não cair.

- Eu senti tanta a sua falta, Gil. - ela admitiu com o fraco tom embalado pelas lágrimas. -

Ambos tendo que convencer-se a entrar, agradeceram com os rostos inchados o piloto, com Blythe levando as bolsas de Anne e a tendo encostada em seu peito em um meio abraço necessário para o bem dos dois, escutando barulhos no andar de cima que fizeram a ruiva subir apressadamente as escadas como se fosse dia, com o mais amplo sorriso que deu nos últimos dias.

Seguindo ela com um sorriso tão grande quanto, igual a Mercury que latia e balançava freneticamente o seu rabo, finalmente descobriram como Jem escapulia do berço. O Finho era sua rota de fuga. A pelúcia era tão grande que ele conseguia subir nela e ir apoiando na grade do berço para descer de pouco em pouco.

Foi pego no meio do caminho, não importando-se ao exclamar rindo "mamãe!", logo estando no colo dela que não sabia se chorava ou ria enquanto o enchia de beijos e apertava-o com abraços. Rapidamente procurou seus primogênitos, os achando já acordados e em pé, embolados amarrando roupões e colocando pantufas, como quem preparava-se para sair do quarto, e realmente se preparavam, mas não foi necessário quando sua mãe chegou neles antes deles nela.

Ao ajoelhar-se apressada para receber mais facilmente o abraço de seus outros dois pequenos enquanto Jem agarrava-se ela, não saindo de maneira alguma, Anne pareceu praticamente desesperada para garantir que estavam seguros, escutando os dois tagarelam sobre as aventuras dos últimos dias, como Gilbert cozinhando, as cartas que haviam entregue a pouco, os goles de café aqui e ali, o pular de uma aula e a saudades que sentiram.

Eufóricos sentaram na cama, com Jem no colo dela brincando com as mechas ruivas embaraçadas e Rilla e Walter à sua frente.

- Paispalho estava tão triste, mamãe. - Walter revelou apiedado. -

Anne singelamente sorriu não por Gilbert ter ficado triste, mas pela evolução de "paspalho" para algo sutilmente a mais.

- Ah, mamãe, e ele se esforçou tanto para fazer as coisas como você faz. - Rilla expôs com o coração amolecido. - Ficou mandando na gente e não quebrou nenhuma louça, você pode conferir.