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*Oie gente! Da última vez que eu postei, o Wattpad havia bugado e muita gente não recebeu a notificação. Qualquer coisa, não esqueçam de ir lá ler antes de ler esse!
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❝𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀 | ♛♚
Tudo começou na madrugada de quarta para quinta, anteriormente relatada aqui como finalizada, ou apenas iniciada, com um desejo de boa noite um tanto incomum.

Gilbert muito frequentemente acabava indo parar ao lado de Anne, adormecido a abraçando de forma desleixada, muito menos planejada, mas sempre com uma de suas mãos na barriga da ruiva, ou melhor dizendo, na casa provisória de seus filhos.

Como ela tinha um sono pesado, nem sabia dessas ocorrências, enquanto Blythe só descobria elas ao acordar um pouco mais cedo do que a mulher, o que ele havia acostumado a fazer para aproveitar o máximo as horas do dia.

Entretanto, dessa vez foi diferente. Shirley que acordou. Acordou no meio da madrugada, supôs que deveria ser umas três da manhã. Não pôde nem ter o sentimento acalorado de boa surpresa ao se deparar com Blythe a protegendo com os seus braços entorno de seu corpo, então antes mesmo que um sorriso pudesse soprar pelos seus lábios, a mulher se viu confusa na penumbra, encontrando outros cabelos ruivos.

Rilla, com os cabelos desgrenhados pulando para todos os cantos, levemente tentava a acordar com suas mãos tentando passar pela barreira "Paspalho" e alcançar sua mãe, a qual chamava com um sussurro.

- O que foi, querida? - Anne perguntou preocupada no mesmo sussurro. -

Não importa o quão difícil ela seja para acordar, Anne sempre vai despertar no momento em que seus filhos ousarem pensar em a chamar, e não só acordaria como também se colocaria em alerta.

Gilbert aos poucos também adquiria tal super poder de pais, o que o fez resmungar sonolento quando sentiu Anne se mexendo com cuidado para se livrar dos braços dele, e quando escutou a baixa voz de Rilla ressoando como se fosse alta em um tipo de ouvido supersônico paternal, já se recostava na cama para entender o que estava acontecendo.

- Eu tive um pesadelo. - com suas feições consternadas, a menina confidenciou baixinho a sua mãe. - Posso dormir com você?

Shirley comedidamente sorriu complacente em lamentação pelo infortúnio, compadecida abrindo espaço ao seu lado para a menina se deitar junto a ela, o que a menor fez com cuidado, mas na realidade se pondo entre Anne e Gilbert, logo estando abraçada a sua mãe, descansando sua cabeça no peito materno acolhedor enquanto a mulher e o homem faziam carinho em seus cabelos para a reconfortar, muitas vezes tendo os seus dedos presos por algum emaranhado.

- E como foi esse pesadelo, amor? - Anne perguntou atenciosa, garantindo que estava lá para ela. -

Rilla se ajeitou mais ainda no abraço, quase como se tentasse se esconder ao apertar um pouco mais a sua mãe, como se ela fosse um escape. Blythe e Shirley trocaram um olhar preocupado.

- Está tudo bem, Merida. - Gilbert garantiu sorrindo afável, mesmo sabendo que a menina não o via. - Foi só um pesadelo, você está segura aqui.

Ficaram em silêncio, esperando alguma reação dela, alguma frase ou murmuro de afirmação, talvez até a narração de qual foi o pesadelo, mas no fim, só escutaram um único soluço de choro abafado pelo abraço. Isso fez ambos retirarem suas mãos do cabelo dela, assustados, talvez surpresos. Isso eles não estavam esperando.

Mas deram um jeito de agir rápido, deixando o susto passar em milésimos de segundos. Sabiam que Bertha Marília não era uma menina de sentimentos pequenos, e se ela estava chorando na frente deles, era porque estava realmente se sentindo mal.

Road Trip III - Shirbert e Anne with an EOnde histórias criam vida. Descubra agora