05.

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Lorena 🍇

Lore: Simplesmente é isso, mãe. Ele me expulsou e eu vou! — ela me olha e nega com a cabeça. Esperei ela chegar em casa para ter uma conversa. Era agora ou nunca, ela vai ter que entender.

Camila: Não é assim, Lorena... — interrompo ela, negando com a cabeça.

Lore: É assim sim! Já cansei disso. Não quero mais viver no mesmo teto que esse escroto. Acredita que ele até me chamou de puta? — ela me olha surpresa — Falou que se me desse dinheiro eu transaria com ele.

Camila: Senhor... — nega com a cabeça e junta as mãos, encostando a cabeça nelas — Isso não vai mais acontecer. — olha pra mim.

Lore: Claro que não vai, até porque eu irei embora. — falo, decidida. Ela respira fundo e arruma o corpo na cadeira.

Camila: Não posso fazer nada se você quer ir, já é maior de idade e dona do seu dinheiro. Só não deixe de me visitar. — fala.

Lore: Tá vendo? Você que se permite a passar por isso. Não pensa em crescer na vida, só vive na mesmísse. Não sou assim, mãe. Penso alto, penso em um dia poder te tirar daqui também. Mas isso não depende só de mim, e sim de você também. — jogo tudo que estava guardado dentro de mim. Ela precisa se tocar.

Camila: Você tem a oportunidade que eu não tive, então aproveite. — ignora o que eu falei e levanta da cadeira, ela se vira e sai da cozinha, me deixando ali.

Eu não entendo ela, sério mesmo. Sempre foi assim. Ela não consegue ter uma independência de vida, sempre sendo dependente de alguém e no final sempre se fudendo.

Fui para o meu quarto e comecei a arrumar minhas roupas na cama, para conseguir arrumar na bolsa direitinho. Aqui eu só tinha roupas, sapatos, acessórios e cosméticos, de resto é tudo do outro. Não queria ficar com nada que era dele, então deixei tudo que não era meu lá. Mirele chegou pouco tempo depois e me ajudou a arrumar as coisa na bolsa.

Chamei Gengibre pra levar minhas coisas para a casa. Mas como tudo sempre tem um preço, ele me pediu pra sair com ele. Ele não disiste mesmo, mas como é só uma saída, aceitei. Logo a gente terminou de arrumar as coisas e Gengibre chegou, começando a levar tudo.

Fabiano não tinha chegado e minha mãe não fez questão de sair do quarto. Mas prefiro assim. Quando ele chegar, vai ver que eu não moro mais naquele lixo dele. Quando eu falo uma coisa, eu faço.

Sempre fui assim, nunca fico com essa de pagar a língua, mas já paguei, e se pagar, não tem problema, a vida é isso, cheia de autos e baixos. Mas confesso que odeio pagar com a língua.

[...]

Já estava tudo prontinho.

Estava na minha nova casa e com o meu quartinho arrumado. Na verdade, arrumado é uma palavra muito forte. Não tem guarda roupa então as roupas estão nas caixas, vou ter que dormir no colchão por enquanto e graças a Deus, Mirele me emprestou o ventilador, já que o quarto dela tem ar-condicionado.

Mas já é um grande avanço, aos poucos eu vou conseguindo minhas coisas. E agora que eu não vou ter que dividir as contas com a minha mãe, vai ficar tudo melhor. Vou conseguir dividir com Mirele, e as contas daqui são bem menores.

Lore: Obrigada, Gengibre. Me ajudou muito! — agradeço e ele sorrir.

Gengibre: Que isso, tudo por você. — nego com a cabeça. Minha vontade mesmo era dar um fora bem grande nesse bofe, mas ele me ajudou aqui em casa, vou ser ingrata a esse nível não.

Lore: Que bom, agora eu tenho que ir. — sorriu de leve, querendo me sair daquela situação.

Gengibre: Saída de amanhã tá em pé ainda? — pergunta e eu olho para ele. Fudeu. Quero adiar essa saída pra lá pra frente.

Lore: Sei não, hein... — jogo minha cabeça para frente e jogo todo o meu cabelo, juntando e fazendo um coque — Amanhã eu tenho compromisso, posso não. Quem sabe outro dia a gente vê isso. — falo, tentando ser o mais tranquilo possível.

Gengibre: Que compromisso amanhã? — pergunta e eu ergo a sobrancelha.

Lore: Ih, devo nada a tu não, bofe. Quando eu tiver tempo eu te aviso, mas eu não posso nem hoje e nem amanhã. — vejo ele ficar sem graça — Mais uma vez, obrigada por me ajudar aqui. Agora, eu preciso ir. — me viro para sair.

Gengibre: Já é, obrigada pela patada. — me viro novamente para ele.

Lore: Interprete do jeito que você quiser, baby. — vou andando até a casa e entro. Eu sei que ele me ajudou, mas o ele acha que tem intimidade comigo. Logo comigo, a mais desconfiada de todas? Confio nem na minha roupa, eu em. Não é nele que vou confiar.

Mirele: Baile amanhã ainda tá de pé, né? — pergunta assim que entro dentro de casa e fecho a porta.

Lore: Já tinha até me esquecido desse baile. — ando até ela e senti no sofá.

Mirele: Tu vai? — concordo.

Lore: Claro, já confirmei minha presença e tô precisando me divertir, porque agora moro sozinha com a minha amiga, sem ninguém pra mandar em mim. — ela sorrir.

Mirele: Como eu tava com saudades dessa Lorena! — abro um sorriso — Vamo ver em quantos dias a gente não se mata.

Lore: Se tu me aguentar. — encosto minha cabeça no sofá. Meu pescoço estava doendo demais.

Mirele: Tô pedindo a Deus forças. — sorriu.

Lore: Puta. — olho pra ela.

Mirele: Vadia. — me xinga. E assim se começa mais um ciclo na minha vida! Que venham mais e mais ciclos.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora