37.

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Lorena 🍇

Mirele: Você vai sim, Lorena. Porra, tua mãe já tá a mais de uma semana em casa, e bem. Tu tem que aproveitar, deixa de doce. — olho para Mirele tentando me convencer a sair.

Lorena: Não! Enquanto minha mãe tá doente eu vou pra baile? — falo.

Mirele: Ela tá bem cara, para com isso. Tu tem que viver a vida!

Lorena: Não, Mirele. E se acontecer alguma coisa com ela?

Mirele: Sua tia tá lá, cara. Ela vai te ligar, é só ficar com o celular na mão.

Lorena: Não vou. — ela bufa e sai do quarto, mas logo volta pouco tempo depois com o celular na orelha.

Mirele: Tá, tia, vou passar pra ela. — me dá o telefone e eu coloco na orelha.

Lorena: Alô?

Cassandra: O filha da puta, tu não vai deixar de aproveitar a vida não, tu vai pra esse baile sim! Tua mãe tá bem pra caralho, boazinha aqui. Rindo pra porra. E tu vai sim, eu em. — fala alto na ligação e Mirele rir — Vou passar pra ela.

Camila: Eu tô bem, Lorena. Pode ir tranquila, vou ficar aqui de boa com a tua tia, assistindo filme. Vou morrer hoje e nem amanhã, e de preferência, fica no baile até amanhecer. Agora tchau, vou pintar as unhas. — desliga.

Mirele: Tá vendo? — bufei.

Lore: Tá bom, eu vou nesse caralho. — levanto da cama. Ela sai do quarto satisfeita e eu começo a me arrumar. Me arrumei no ódio.

Coloquei uma calça legue preta e um body preto também, fiz uma make leve, dei uma leve pranchada no meu cabelo, botei um mini salto e meus acessórios. Look preto sim, porque a maioria das minhas roupas são pretas. Nem demorei muito a me arrumar, nem tava afim de ir mesmo.

Mirele demorou pra caralho pra se arrumar. E eu já tava quase desistindo.

Lore: Vamo logo, Mirele! — ela aparece na sala — Vou demorar muito não, em? — ela me ignora e passa por mim.

Descemos o morro e pedimos o Uber para o jacarezinho. Sim, jacarezinho. Não demorou muito pra a gente chegar e ter que subir o morro todo. Baile lotado no de sempre. Fomos entrando e já subimos para o camarote, aproveitar o patrocínio do bofe de Mirele.

Mirele: Se solta em mona, quero tu parada não! — segura no meu braço.

Lore: Eu vou, deixa só eu falar com a minha mãe pra ver se tá tudo bem. — pego meu celular e ligo pra ela. Falo com ela e minha tia me manda um áudio me xingando de tudo e que se eu mandasse mensagem elas não iam responder. Só me fodo.

Peguei um copo e taquei whisky com energético no meu copo. Joguei tudo na minha boca e Mirele olhou pra mim de boca aberta.

Mirele: Hoje tu não tá pra perder não, né gata?

Lore: Não vim aqui atoa. — coloco mais whisky no meu copo. Logo Rato chegou na gente e deu um selinho em Mirele.

Rato: Fala tu, azedinha. — bebo um gole da minha bebida e olho pra ele no deboche.

Lore: Ah, oi Rato. — ele me olha cruzando os braços — Quê, que foi?

Rato: É assim que tu trata teu cunhado?

Lore: Oi, cunhado! — ele sorrir.

Rato: Agora melhorou. — me abraça de lado.

Lore: Já sabe né? — tentei me sair.

Rato: Vou te soltar não, quero só saber da tua coroa, tá bem ela? — olho pra ele.

Lore: Tá na paz de Deus. — me solto dele e jogo o resto da bebida que tinha no meu copo na boca.

Rato: Hoje tu tá inspirada, né cunhada? — assenti, colocando mais whisky no copo.

Mirele: Hoje ela tá que tá. — ele riu, puxando ela. Se vim, vim pra beber. Afogar todas a minhas mágoas nessas bebidas.

Olho para as pessoas que estavam no camarote e meu olhar bate no de Trovão, que por coincidência estava olhando pra mim.

Não vou negar, ele estava lindo, e dessa vez de branco e todo de Nike. Deideiras nos dedos e cordões de ouro no pescoço. E o cavanhaque... Mas não dá pra mim.

Logo tirei meu olhar dele. Não vou pagar com a língua, não dessa vez.

Logo as músicas começaram a animar e eu e Mirele começamos a dançar e até puxamos assunto com uma moninha que tava sozinha. Rato saiu e foi pra um grupo de homens, que neles tinha Trovão lá. Mas evitei ao máximo olhar pra ele.

Não quero.

[...]

Eu tava doidona pra caralho.

Nem sabia meu nome mais. Falei pra Mirele que ia pra casa e ela saiu com Rato, mas na verdade eu tô aqui e bêbada pra porra. Tomei meu último gole e deixei o copo lá. Eu já tava muito doida e ainda tinha que voltar pra casa.

Meu cabelo tá preso em um coque, meu salto na minha mão e eu só estava sobrevivendo.

Um calor do caralho, ja era de manhã, sol quente demais.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora