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Trovão ⛈️

Abro o olho, tirando os fios loiros do meu rosto. Viro meu rosto pro lado, vendo Lorena dormir nua, toda aberta em cima do meu braço.

A luz a janela, mostrava que ainda estava de dia.

Nos foi dormir pique sete pra oito horas na manhã, papo reto. A madrugada todinha fudendo. Bagulho foi de outro mundo.

Pego meu celular do meu lado na cama e vejo ser duas horas da tarde. Tava tarde pra caralho, posso nem ficar sem ir pra boca, mas hoje eu vou tirar o dia pra ficar em casa, que se foda.

Fui logo passando a visão pro Rato e pro resto, mandei tudinho darem conta dos bagulho. Sinto ela se mexer ao meu lado e desligo o celular, sentindo seu olhar em mim.

Trovão: Acordou. — passo a mão pelo seu cabelo bagunçado. Papo reto, tava todo embolado, ela vai me matar quando ver isso no espelho.

Lore: Que horas são? — deita a cabeça no meu peito e fecha os olhos.

Trovão: Duas e vinte. — ela fica calada — Bora levantar, loira. — abre os olhos, me fitando — Nosso moleque vem de que horas? Papo reto, já tô com saudade, pô.

Lore: Até esqueci que ele tava com a minha tia... — senta na cama, procurando o celular. Lorena pega o lençol, cobrindo o corpo da cintura até a coxa, deixando seus seios expostos. Fico calado, observando ela mexer no celular — enquanto Vai buscar ele, Victor. — me olha.

Trovão: Porra. — levanto da cama — Eu vou, agora vem tomar um banho com o teu homem. — chamo ela com as mãos.

[...]

Saio da moto com o meu menor no colo e a bolsa dele na mão. Ele segura no meu cordão fino e tenta colocar na boca.

Trovão: Não, Breno. — ele me olha — Pode não, pô. — ele faz cara de choro por estar recebendo reclamação — Qual foi? Vai chorar por isso mermo? Quero tu mimado não, hein porra. — ele fica me olhando — Tu é homem, é bebê, mas é homem, tem que ter marra que nem o teu pai, nós não chora não. — ele rir olhando pra mim — Menor é sábio. — dou um cheirinho nele — Papai tava com saudades. — falo com os vapor e ando até dentro de casa, abrindo a porta e entrando.

Marley já vem pulando, esse cachorro deveria ser como? Pique assustar todo mundo que entrar, cara de mal, mas é lerdo pra caralho, fica querendo carinho. Mas deixa, pô, vou ensinar ele a ter marra e postura.

Breno deita a cabeça no meu pescoço, mostrando que tá com sono. Dona Cassandra disse que já deu comida pra ele e que já tá tomado banho, agora o menor quer tirar o sono da tarde dele.

Eu acho Breno muito avançado pros meses que ele tem, 4 meses e parece que tem 6, papo reto. Parece que essa semana ele faz 5 meses.

O menor é esperto, já come de tudo se deixar, já rola de um lado pro outro, pega os bagulho com a mão e quer tudo colocar na boca, as vezes ele senta, mas cai, porque não tem muito apoio, mas é assim mermo. Com o tempo o menor já tá andando.

Pego a chupeta dele e coloco na boca dele, que começa a chupar enquanto fecha e abre os olhos. Balanço ele no meu colo, igual a mão dele me ensinou e fico mexendo no celular. Uns minutos depois ele dorme e eu vou até o meu quarto, vendo a mandada dormindo na cama com a minha camisa. Coloco ele no cantinho do lado dela ao redor de travesseiros, arrumo tudo nos trinta.

Tiro a camisa, ficando com o calção e deito do lado de Lorena, agarrando ela pela cintura. Descansar e aproveitar que hoje eu posso dormir em paz com a minha família.

[...]

O choro do bebê, me faz abrir o olhos e ver Lorena sentada na cama passando a mão pelo rosto.

Lore: Acordou com fome. — pega na fralda dele — Vai preparar o mingau dele Victor, que eu vou dar banho e trocar a fralda dele que tá cheia.

Levanto da cama calado e vou até a cozinha, vendo marley brincar com o brinquedo dele. Coloco a água pra esquentar, pegando os bagulho.

Vai pensando que ter filho é fácil, por isso eu digo, transar no pelo é bom pra caralho, eu por exemplo, só transo assim com a dona, mas é aquele pique, com ela eu não consigo me segurar não. Esse bagulho de engravidar, se todas as vezes ela deixasse eu gozar dentro e não tomasse a pílula, nós já tava com outro filho aí.

Ela disse que tá vendo qual anticoncepcional vai querer, remédio a doida não quer, porque diz que esquece, injeção também não, e DIU muito menos, a mulher pegou trauma de DIU. Essa mulher tem que ver, porque daqui a pouco só tá nós com mais um pra família.

Termino de fazer o mingau e vou até o quarto, vendo ela penteando o cabelo dele, que já estava com o pijaminha. Ele já tava mais calmo, tava com a pomada de bebê na mão e o cheirinho de neném exalando pelo quarto.

Lore: Pega ele e dar o mamar, amor. Vou fazer a nossa janta. — ando até os dois e vou até o meu pivete, sentando na cama e pegando ele no colo. Deito ele nos meus braços e levo a mamadeira até a boca dele, que coloca a mão em cima.

Já quer segurar só, esse cagão do caralho.

Trovão: Tu come, menor. — nego com a cabeça. Tiro a mamadeira da boca dele, assim que ele acaba de tomar e coloco no chão, pegando o pano dele e limpando a boca dele — Tá cheiroso, papai. — cheiro ele, sentindo seu cheiro de bebê — Vou pegar o teu brinquedo, pai. — deixo ele na cama, que coloca os pés na cabeça e pego os brinquedos dele na penteadeira de Lorena.

Ele gosta daquele bagulho, bolofofo, mas Lorena só gosta de deixar ele assistindo durante o dia, a noite ela acha que faz mal e ele pode acabar se acostumando em dormir apenas assistindo. Então nós deixa ele brincar, até dá sono, ou até mermo quando ele tá comendo e dá sono, aí dorme.

Fico brincando com ele, chacoalhando o brinquedo e ele fica mexendo a perna e os braços tentando pegar. Pouco tempo e eu já vejo que o menor cansou, pego ele no colo e coloco a chupeta na boca dele. Breno deita a cabeça no meu pescoço e dorme em pouco minutos.

Já tenho as manhas já, botou a chupeta, deitou a cabeça no meu pescoço ou no da mãe dele pra sentir nosso cheiro, dorme facinho, pô. 

Fico ali um pouquinho com ele dormindo no meu colo e depois levanto, indo pro quarto dele e botando o menor no berço. Ligo aquele bagulho de babá eletrônica e pego, indo até a cozinha e vendo Lorena fazendo carinho em Marley, enquanto ele tava com a cabeça no colo dele, os dois no chão.

Trovão: Dormiu. — ela me olha, tronado o olho do celular e Marley me olha, lembrando a cabeça.

Lore: Quando ele acordar de madrugada eu dou o mingau dele. — concordo com a cabeça — Só falta a carne.

Trovão: De boa. — procuro a minha caixinha pra bolar meu baseado— Vou abrir o estômago aqui, pra dar fome. — ela concorda e eu bolo meu baseado, indo pra fora de casa. Fumo meu baseado em paz, enquanto converso com os menos. Fumo logo dois, já que só fumei de madrugada.

Sou viciado não, isso meu é costume mermo, peguei um costume nessa porra que já virou do meu corpo. Parece cafeína.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora