40.

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Lorena 🍇

Peguei minha bolsa e meu salto na mão, e abri o quarto, indo até às escadas e descendo.

Assim que desci, vi Ayarla deitada no sofá, Michele sentada na mesa, junto de Trovão, que comia três pães. As duas olharam pra mim, o que me fez ficar morrendo de vergonha, né?

Ayarla: Bom dia, cunhadinha. — senti minhas bochechas rosarem.

Trovão: Fecha o cu, sebosa. — falou, olhando pra ela, que deu dedo pro mesmo.

Lore: Bom dia, Ayarla. — olhei pra Michele. — Bom dia.

Michele: Tá com vergonha? — nego com a cabeça — Precisa ficar não, quer comer alguma coisa?

Lore: Bem que eu queria, mas marquei de encontrar minha amiga pra ir pra casa.

Michele: Poxa, deu nem tempo da gente bater um papo. — sorri.

Ayarla: A gente marca um dia pra isso, não é, Trovão? — ele murmurou um "vai te fuder".

Michele: Vocês só sabem brigar, eu em! — levanta, tocando na barriga.

Lore: E esse meninão? Quantos meses?

Michele: Cinco. — sorriu. — Riquelme só vive chutando, né filho. — acaricia a barriga.

Lore: Nome lindo. — cheguei perto dela, tocando na barriga da mesma.

Michele: Quem escolheu foi Trovão. — olho pra ele, que me olha também — Mas vem aqui mais vezes, acho você tão simpática. — sorri.

Lore: Se me chamar eu venho. — Trovão tossiu.

Trovão: Quero só ver.

Lore: Ver o que? — olho pra ele e cruzo os braços.

Trovão: Se tu vai vim.

Lore: Se ela me chamar eu venho. — debocho.

Trovão: Mermo se chamar não vem. — falou sem me olhar.

Ayarla: Que moral tu tem aqui, Trovão?

Trovão: Ninguém chamou tu aqui não, pirralha, fica na tua!

Michele: Trovão, come e vai pra boca que teu pai tá puto contigo. E outra, ela vem sim, vou chamar qualquer dia desses e ela vem. — ele riu debochado.

Lore: Bom, já vou indo viu? — ela veio me abraçar. Abraço de novo.

Ayarla: Vem mesmo, né Lore?

Lore: Só chamar. — sorri — Tchau, Aya. — ela me mandou um beijinho — Tchau, Trovão. — passei por ele, que me ignorou.

Michele: A menina falou contigo, responde.

Lore: Precisa não, é melhor ele com a boca fechada, porque quando abre só sai merda. — abro a porta e saio de lá. Bofe chato. Uma família tão legal e ele é o oposto deles.

Ainda nem tava acreditando que dormi com ele, por isso eu odeio ficar bêbada, só faço merda e me arrependo depois. Ainda beijei ele, logo eu que falei que nunca mais ia ver ele e nem ficar com os mesmo. Pense numa coisa que eu odeio é pagar com a língua, uó!

Mirele me falou onde era a casa do Rato e eu fui no maior sol quente, de plena onze horas da manhã. Cheguei na tal casa e bati, sendo recebida por ele todo sorridente.

Rato: Cunhada! — me puxou.

Lore: Me puxa não, desgraça.

Rato: Tá estressada, você? — falou no deboche.

Lore: Me erra, Gabiru. — passei por ele e vi Mirele cozinhando na cozinha. — Lá em casa não faz um ovo, né Mirele? — ela me olhou.

Rato: Tem que fazer pro marido dela mermo, tá com ciúmes que perdeu o lugar? — ri debochada.

Lore: Já falei pra tu me errar hoje?

Rato: Feiosa.

Lore: Seboso.

Rato: Corna.

Lore: Corno é tu, gaeiro.

Mirele: Para, bando de criança. — bufou. E assim eu passei o resto da manhã lá e ainda comi. Depois e eu Mirele voltamos pra casa e eu contei tudo pra ela.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora