26.

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Lorena 🍇

Mirele: Tu tá bem, cara? — fala preocupada. Já estávamos no morro e no posto.

Rato: Preparado pra outra. — ela bufou.

Mirele: Tu deveria ter vergonha na cara, eu em! — ele olha pra mim.

Rato: E tu azeda? Ficou preocupada por mim igual Mirele? — olhei pra ele no deboche.

Lore: Eu não, essa doida aí que ficou, quase me matou de susto. Chorou pra caralho! — ele rir, mas para quando sente dor.

Mirele: É... fica rindo! — falou bolada — Já podemos ir, né Lorena? — olha pra mim.

Lore: Tu veio, agora tu fica! E nem vem com frescurinha vocês dois, se resolvam. — caminho até a porta — Vou comprar alguma coisa pra comer, beijos corninhos. — saio de lá, deixando os dois sozinhos. Tudo aquilo pro bofe tá até rindo. Me esbarrei em alguém, assim que sai do banheiro. De tanto me esbarrar nele eu até sabia quem era.

Trovão: Tu não olha por onde anda não, Lorena? — fala puto.

Lore: Tu que não olha, Trovão. — ele bufou — Você ama se esbarrar em mim, mão é possível!

Trovão: Se liga! — mando dedo do meio pra ele e o mesmo segura no meu dedo — Eu quebro essa porra e tu fica só com quatro dedos na mão. — deu um leve aperto e eu ri debochada.

Lore: Tenta, bofe! — falo no deboche e empurro a mão dele do meu dedo — Onde tem uma lanchonete aqui em? Tô com fome. — ele me olhou e riu. Bofe tá até estranho, rindo. Pra quem vive de cara fechada.

Lore: Ué, tá rindo de que? — pergunto.

Trovão: Tu é engraçada, mas só é porque ainda não tomou um porradão. As mesmas ameças de sempre, mas nunca cumpre. Medroso!

Lore: Ai, ai, fala logo. Onde tem lanchonete aqui? — falo sem paciência.

Trovão: Se vira pra achar. — me viro.

Lore: Não achei ainda. — volto a olhar pra ele e vejo ele jogar a cabeça pra trás — Quer ir comigo não?

Trovão: E eu ganho o que com isso? — cruza os braços.

Lore: Sei lá! Minha presença. — falo simples.

Trovão: Não me convenceu em nada, ao contrário, fez eu não querer ir mais ainda. — reviro os olhos.

Lore: Vai bofe, aproveita e paga pra mim.

Trovão: Eu sou o que, eu? Banco?

Lore: Não era bem isso que eu tava pensando de tu, mas banco serve. — ele me ignorou total, andando pra fora do posto. Às vezes eu acho que ele se esbarra em mim de propósito, vai entender! Só segui ele. Ele entrou no carro e eu entrei também, lógico!

Trovão: Eu ainda me pergunto como eu consigo te aturar.

Lorena: Graças a Deus eu não preciso ameaçar, tu faz por conta própria. — soltei um sorriso de deboche.

Trovão: Só vai aprender quando... — interrompo ele.

Lorena: Quando tomar umas madeiradas? — bufei — Isso já tá ultrapassado, muda o disco, bofe! — ele deu um leve tapa na minha coxa — Fraco demais! — ele deu mais forte, fazendo ficar a marca dos dedos — Porra, caralho. — ele me ignora.

Trovão: Engraçadona, você. — acelerou o carro. Nem dei mais moral, peguei meu celular e comecei a mexer. Plena três horas da tarde e eu sem almoçar.

Ele parou em algum lugar e eu desci. Nem esperei por ele, já fui logo entrando, e Trovão veio logo em seguida. O local estava vazio. Já fui logo pedindo tudo que queria, até porque não seria eu que ia pagar. Ele só pediu uma coxinha, deve ser pela magreza. Sentei numa mesa e ele ficou conversando com o dono do local.

Olhando assim até parece ser uma pessoa legal, mas quando quer, quando não quer é um grosso e só anda de cara fechada. Hoje ele tá até melhorzinho. Como eu disse, vai entender esse bofe. Enfim, minha comida chegou e ele pegou a coxinha, comi pra caralho. Também, tava morrendo de fome.

Trovão: Tu tem o que na barriga, mina? — chegou sentando — Puta que pariu.

Lore: Ué, tô em fase de crescimento. — mandei beijinho pra ele. Ele ficou enchendo meu saco, mas pagou e ainda me levou de volta por posto e ficou lá na sala, conversando com o Rato.

Ele no fundo, no fundo, bem no fundinho é uma pessoa legal, só não demonstra muito.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora