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Trovão ⛈️

Chego em casa mó cansado e com uma fome do caralho.

Hoje o dia foi puxado, vários b.o pra resolver. Assim que entro, olho para a sala e vejo Caterine lá, toda jogada assistindo televisão.

Caterine: Oi, amor. Como foi o trabalho? — me olha.

Trovão: Mermo de sempre. — tiro a pistola e o radinho da cintura, colocando na mesa — Tô numa larica do caralho, tem o que pra comer?

Caterine: Tem nada não, fiz comida nenhuma não. — olho pra ela.

Trovão: Tu tá de tiração né? — ela nega — Porra Caterine, tu passa o dia todinho em casa sem fazer caralho nenhum, fica o dia todo de cu pra cima e quando eu chego em casa não tem nada pra comer. — ela bufou.

Caterine: Vai fazer, ué. — respirei fundo.

Trovão: Tu espera, espera mermo, quando tu menos esperar vai ter o teu, e depois não reclama! — pego a minha arma e o radinho, saindo de casa de novo.

Não é querendo ser machista não, mas a mina passa o dia todo em casa sem lavar um prato, até porque uma mulher que vem arrumar a casa três vezes na semana. E eu fico o dia todo na boca, quando chego em casa, não tem porra nenhuma pra comer? Te fuder!

Dou tudo pra mina, e nunca obriguei ela a não trabalhar não, sempre deixei ela livre, se ela quiser trabalhar tá aí, mas Caterine gosta, pô. Ela gosta do fácil, sempre foi assim. Único lugar que ela saí é pra shopping, salão e festa.

Subi na moto e parti pra minha outra casa. Vou ver o que tem pra comer por lá e durmo lá mermo. Cheguei, falei com os seguranças e entrei, olhando pra sala e vendo quem eu não queria ver. Mina testa o cara, papo reto. No maior papo com Michele, vê se pode, pô.

Elas olharam pra mim e eu cruzei os braços, Lorena logo tirou o olhar.

Michele: Boa tarde, Trovão. — sorriu pra mim.

Trovão: Boa. — chego perto dela, passando a mão pela barriga da mesma e olho para Lorena, que olhava para o celular.

Michele: Fala com ela. — falou um pouco baixo.

Trovão: Não. — ela semicerrou os olhos. — Porra... — bufo — E aí, Lorena. — ela me olhou surpresa.

Lore: Oi, Trovão. — voltou a atenção pro celular. Mina antipática.

Trovão: Qual é o rango de hoje? — pego meu celular, vendo ser seis da tarde..

Michele: Tem macarrão com frango do almoço. — assenti, indo até a cozinha e vendo elas voltando a conversar. Sei nem o que essa diaba tá fazendo aqui, papo reto. Comi o que tinha pra comer e depois voltei pra sala, sentando no outro sofá. Fiquei só de canto olhando as duas conversarem. Mó intimidade.

Lore: Agora vou ter que ir, Michele. — desliga o celular e guarda ele na bolsa.

Michele: Já? — Lorena sorri.

Lore: Se eu demorar mais um pouco me atraso. — levanta do sofá.

Michele: É perto daqui?

Lore: É, é rápido pra eu chegar lá. — Michele me olha. Lá vem.

Michele: Tá de moto? — bufei.

Trovão: Tô, por causa de quê? — cruzo os braços.

Michele: Tu bem que poderia levar ela, né? — reviro os olhos.

Lore: Não. — nega — Não precisa, pego um moto táxi.

Michele: Precisa sim, você veio até aqui, teve o trabalho e gastou dinheiro, então ele vai levar, né Trovão? — olho pra ela de cara feia. Às vezes ela parece até minha mãe, papo reto. Mas é máximo respeito, desde os meus dezessete tá com o meu pai, apesar dele ter assumido elas uns dois anos depois, maior rolo desses dois aí, mas hoje em dia o coroa é apaixonado nela. Ele já aprontou muita coisa com ela, mas quando ela resolveu não querer mais ele, quase que ele entrava em depressão. Ela já faz parte da minha família.

Trovão: Tem que ir mermo? — ela cruzou os braços — Bora logo. — levanto do sofá, pegando a chave da moto. Só me meto em bomba. Saio de casa sem esperar ela e vou até a moto, ficando encostando nela. Mina demorou uns cinco minutos lá, tava quase desistindo. Ela saiu e veio até mim.

Lore: Se não quiser me levar, não precisa, eu vou sozinha, pode ficar tranquilo. — dei o capacete pra ela.

Trovão: Sobe logo, Lorena. — ela respirou fundo e subiu. Só tô indo porque a pista não tá salgada. Mandei ela ir me dizendo onde era e dei partida na moto. Ela me segurou não, e eu prefiro assim, sem toque.

Ela tava bonitona, dessa vez de calça e um pedaço de pano preto que tampava os peitos, o cabelo com uns cachos no final. A calça valorizou o corpo dela. É bonita pra caralho, mas é muito marrenta.

Chegamos no lugar, ela desceu e eu desci junto.

Lore: Obrigada. — se virou para sair.

Trovão: Acha que é assim? Cadê o pagamento, mina? — ela se virou pra mim.

Lore: Então agora o ogro virou comediante? — cruzou os braços e eu puxei ela pra perto de mim.

Trovão: Quem é o ogro, mandada? — cheguei perto do seu ouvido e sussurrei.

Lore: Me solta... — senti ela se arrepiar, tentando se soltar, mas ela não fazia muito esforço.

Trovão: Tem certeza? — desço minha mão para a bunda dela e apertei a carne. Essa bunda dela é foda, pô. Nunca vi um bagulho desse.

Lore: Tenho. — dou um sorriso de lado — Não vou ficar com você, agora me solta!

Trovão: Sério mermo? — ela assentiu — Quem?

Lore: Eu...

Trovão: Te perguntou, otária. — solto ela e subo na moto de volta — Vai trabalhar, abusada do caralho! — dei partida na moto. Fiz isso só pra ela parar com a marra.

Mas deixa ela.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora