151.

4.9K 380 5
                                    

Lore 🍇

Amanhã de manhã, você já recebe alta. — escuto a enfermeira falar e concordo — Bom, amanhã logo cedo eu venho para dar alta para a mãe e para o bebê. Tenham uma boa noite. — dou boa noite para ela, que sai do quarto.

Trovão: Se tu quiser, tu pode ir pra casa, Mirele. — olho para ele, que abre a boca pela primeira vez, a não ser para falar com o filho — Eu passo a noite com os dois e amanhã levo pra casa.

Mirele: Tem certeza que eu posso ir? — ele concorda— Então eu vou que eu tô cansada. — levanta da cadeira — Mas antes eu vou dar tchau pro meu afilhado. — anda até o berço e começa a falar com Breno.

Eu fico calada olhando para Victor, que olhava para a parede, parecendo estar pensativo.

Mirele: Já vou, Lore. — olho pra ela — Amanhã quando você chegar em casa, me avisa, tá?

Lore: Tá bom. — sorrio fraco e ela vem até mim, me dando um beijo — Vai com Deus. — ela anda até a sua bolsa e pega, colocando nas costas.

Trovão: Tem dois menor meu lá fora, um deles vai te levar. — ela concorda.

Mirele: Tchau. — sai do quarto, fechando a porta, fazendo o silêncio reinar no quarto.

Respiro fundo e me viro para Victor, que mexia no celular, calado e com a cara fechada.

Lore: Victor. — vejo ele desligar o celular e me olha, ele não tava bem — Vem aqui. — ele fica calado — Vem, por favor. — Victor levanta do sofá e vem andando em direção a cama, ele para na minha frente e abraço o seu corpo, sentindo ele abraçar o meu. Começo a chorar em seu corpo, me sentindo aliviada em sentir sem toque em mim — Eu sofri muito. — tiro minha cabeça do seu corpo e olho para ele — Eu pensava que você tinha morrido. Eu queria tá perto de você, eu queria que você não tivesse passando por isso, amor. — ele passa a mão pelo o meu rosto molhado.

Trovão: Eu tô aqui. — passa a mão pelo o meu cabelo.

Lore: Eu sei que você tá, mas agora não é a hora de eu chorar. — ele tira a mão de mim — Senta aqui — aponto para a cama e ele senta ao meu lado — Como você tá? — toco em seu braço.

Trovão: Tô bem não. — nega com a cabeça — O câmbio matou ele, e eu não pude fazer nada, quando eu cheguei lá, ele já tava morto. — vejo sua voz falhar e percebo seus olhos encherem de lágrimas, mas ele vira o rosto para o lado.

Lore: Não faz assim — viro seu rosto para mim — Não precisa ter vergonha, você tá passando por um momento difícil, pode chorar — a lágrima escorre por seu rosto e eu limpo. Victor chega perto de mim e deita a cabeça no meu colo — Vai ficar tudo bem, amor. — passo minha mão por sua cabeça, sentindo minha pele molhar — Você tá muito cansado. Você dormiu? — ele nega — Descansa um pouco aqui na cama.

Trovão: Precisa não, pô. Eu durmo ali no sofá.

Lore: Não, aqui cabe nós dois. Descansa. — levanto a cabeça dele para ele se arrumar ao meu lado. Victor deita ao meu lado e eu deito em seu peito. Não demora muito para eu sentir seu corpo pesado em mim e eu faço o mesmo.

Desperto do meu sono, escutando o barulho de choro e levanto a cabeça, vendo Victor passar as mãos no rosto.

É... vida de mãe e pai.

[...]

Já tinha tomado banho e já estava pronta para ir pra casa. Só estava esperando Breno ter alta, já que eu já estava de alta. Ele também tá estava arrumadinho, com a sua saída maternidade que eu comprei.

Não via a hora de sair desse hospital e poder chegar em casa e descansar na minha paz.

Victor não estava tão bem, mas ele mostrava felicidade ao se tratar de Breno, eu ensinei as poucas coisas que eu aprendi pra ele, que não aprendeu muito bem, mas com o tempo tudo vai se arrumando.

Após um tempo, a enfermeira vem nos dizer que já podíamos ir pra casa.

Victor pegou as nossas coisas, enquanto eu segurava meu bebê em meu colo.

Lore: Vamos pra casa, mamãe. Agora você vai conhecer seu quartinho, a nossa casinha. — olho para ele, que dormia — Lindo da mamãe. — começo a seguir Victor para fora do hospital. Vamos até o seu carro e ele acena para os dois homens em cima da moto. Ele coloca as coisas dentro do carro e me ajuda a sentar no banco, depois disso, ele segue para entrar dentro do carro.

Victor liga o carro e da partida na pista, sendo seguido pela moto.

Trovão: Eu vou te deixar em casa e Rato vai deixar Mirele lá em casa contigo. — olho para ele, que falava frio — Vou resolver sobre a morte do meu pai. — tiro a visão dele e concordo — Eu não vou demorar, só vou agilizar as coisas na boca, ver como Ayarla e Michele estão e ver sobre o enterro. — fico calada — Pelo horário da tarde eu tô em casa.

Lore: Eu vou falar com Michele e com Ayarla quando chegar em casa... — ele fica calado — Elas devem estar muito mal... — Victor continua calado e eu resolvo não falar nada, ficando o caminho até o morro sem abrir a boca.

Ele não quer falar e eu não vou render assunto. Eu vou dar o espaço dele.

Eu preciso muito dele ao meu lado agora nesses primeiros dias, mas eu sei que é necessário.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora