Trovão ⛈️
Entro no desenrolo e vejo Caterine lá, gritando com os menor.
Minha paciência já tava no fim com ela, o foda é que eu vou ter um "filho" com ela. Não é reclamando do filho não, é da mãe mermo! Deveria ter me livrado na primeira oportunidade, mas o otário aqui ficou com pena. Vai ter pena do coitado pra tu ver, no final o coitado vira tu!
Ela me olha e para de gritar.
Caterine: Agora eu posso sair daqui? - ergo a sobrancelha e riu irônico.
Trovão: Sair? Nem tão cedo. - chego perto dela.
Caterine: Você vai me tirar daqui sim, esqueceu que eu tô carregando um filho seu? — olha para a sua barriga.
Trovão: Pra falar a verdade, sei nem se esse filho aí é meu mermo, e nunca tive a confirmação que tu tá grávida, só um teste de gravidez. — pego um baseado do bolso e levo até os lábios — Tu pensa que eu sou otário? Já são três ultrassom que tu vai e eu não vou. Na primeira eu não pude ir, mas na segunda eu podia e tu disse que ia levar tua mãe, tudo bem, relevei. Mas na terceira tu falou que escolheu o hospital mais caro lá de Ipanema e é rodeado dos cana. - me sento numa cadeira cara a cara para ela e levo o isqueiro até o baseado, colocando a mão ao redor, fazendo uma cabaninha - E hoje, foi dar uma de barraqueira com o suposto "bebê" na tua barriga. Por isso mermo amanhã nós vai fazer o exame de sangue pra confirmar o bagulho mermo. - trago o cigarro e sopro a fumaça em seu rosto, vendo que ela parecia estar nervosa.
Já vinha me ligado a mó cota, tava desconfiado pra caralho. Peguei ela bebendo, reclamei com ela e pá, mas fiquei meio assim... Por isso mermo joguei a verde, ela mesma que vai se incriminar.
Caterine: Tu tá se escutando, Trovão? - nego com a cabeça e levo o baseado entre os dedos até a boca - Olha a porra que tu tá falando! Eu não vou fazer caralho de teste nenhum! Eu já fiz e não vou fazer de novo. — encosto minhas costas na cadeira, soltando a fumaça.
Trovão: Tá nervosa? Quem não deve, não teme, Caterine. - levanto da cadeira de plástico - Tu vai passar a noite todinha aqui e amanhã bem cedinho nós vai fazer o exame. - ela tira o olhar de mim e eu continuo olhando para aquela cara de vagabunda dela.
Caterine: Você tá fazendo isso por causa dela, né? Por causa daquela vadia e o desgraçado do filho dela! Ele ainda tá vivo? - chego perto dela na mesma hora, dando um murro no meio da sua cara.
Trovão: Não chama meu filho de desgraçado, filha da puta! - levo a mão até o seu rosto e aperto o maxilar dela.
Caterine: É desgraçado sim e eu deveria ter dado mais chutes pra ele morrer! - dou mais dois murros na cara dela, que vira a cabeça para lado e cospe sangue.
Trovão: Quem vai morrer é tu se continuar falando essas porra! - ela me olha com os olhos cheios de lágrimas.
Caterine: Olha o que você tá fazendo com a mãe do seu filho? — grita.
Trovão: Filho? Fala a verdade porra! Eu sei que tu não tá grávida porra nenhuma, fala caralho! - aperto o queixo dela para ela se olhar para mim e a mesma ficou calada - Não vai falar? Pois eu tenho certeza de uma pessoa que vai falar tudo! — olho para o menor e faço um sinal com a cabeça. A porta foi aberta e a amiga dela entrou, sendo empurrada e caindo no chão.
Caterine: Patrícia... - solto o queixo dela e vou até a amiga dela, pegando a mesma pelos cabelos, que gritava e se debatia, pedindo para eu soltar ela.
Trovão: Fala porra, Caterine tá grávida ou não? - ela fica calada - Fala caralho! - dou um chute nas pernas dela, que cai no chão.
Patrícia: Eu não sei, eu não sei de nada... por favor, me deixa ir! — chora.
Trovão: Vou te deixar ir quando tu falar a verdade! Fala logo! - ela olha para Caterine, chorando. Caterine nega com a cabeça e Patrícia me olha.
Patrícia: Me deixa ir... - ri irônico.
Trovão: Vai falar mermo não? - ela fica calada - Carlão, descobre quem é a família dela e trás pra cá, bom que morre tudo junto logo. - ela nega com a cabeça assim que termino de falar.
Patrícia: Caterine! — fala chorando mais.
Caterine: CALA A PORRA DA SUA BOCA! - cruzo os braços.
Trovão: Tu tem cinco segundos pra decidir, aí eu paro o menor, se não, tu vai ver tua família sendo torturada e morta na tua frente, e depois, tu vai ser a próxima. - ela me olhou, chorando. — Um... — me viro para Caterina que olhava para ela — Dois... — volto a olhar para a garota que chorava — Três... — respiro fundo— Quatro... — seguro no meu radinho na cintura — Cin... - ela me interrompe.
Patrícia: NÃO! Eu falo! - sorri vitorioso.
Trovão: Manda ele cancelar. - o menor assentiu e eu olho para ela. - Prossiga... — mudo a postura.
Caterine: Você não sabe a merda que você tá fazendo, Patrícia! — olho para a ela.
Trovão: Cala tua boca, vagabunda do caralho! - ela começa a chorar, negando com a cabeça e eu volto a olhar para Patrícia.
Patrícia: Não, ela não tá grávida. - fico calado - Ela teve uma gravidez psicológica e quis continuar com a farsa só para continuar ganhando dinheiro! - limpa as lágrimas que escorriam pelo o seu rosto - Pronto, falei. Agora eu posso sair daqui? — engole a saliva.
Caterine: Falsa do caralho! Você é uma cobra, uma puta! - fala, chorando. Eu sabia, pô.
Filha da puta, vagabunda!
Jogo a cabeça para trás e passo a mão no rosto.
Trovão: Dar aquele trato nela. - o vapor assente e puxa Patrícia pelo braço - Tu é uma piranha! - vou chegando perto de Caterine.
Caterine: Por favor, Trovão... não faz nada comigo, eu te amo! Por favor! - implora e eu riu.
Trovão: Agora tu me ama? - toco no cabelo dela - Um corte aqui vai ficar maneiro! - ela nega.
Caterine: Não! Meu cabelo não, por favor! Ele não! - se debate na cadeira.
Trovão: Pega a tesoura e a máquina de cortar cabelo. - o vapor pega e me dar - Tu quer na zero ou um bagulho mais rockeira? - os menor começam a rir da cara dela.
Caterine: Você é um filho da puta! — grita.
Trovão: Sério mermo? Não sabia! - começo a picotar o cabelo dela, que gritava, me xingava e se debatia. - Fica calma, pô. Tá ficando bom! Confia no processo! — gargalho. Picotei ele todinho, ficou no estilo! Resolvi nem raspar, só deixar picotado e bem curtinho, assim ainda é pior. Pego um espelho e mostro para ela.
Trovão: Mandei bem, foi não? - ela grita, batendo os pés no chão - Louca!
[...]
Saio de lá até com os dedos doendo, de tanto murro que ela levou.
Não matei não, mas deveria, papo reto!
Dia cansativo do caralho, parti pra casa e tomei um banho, comi, me joguei na cama e nem demorou muito pra eu pegar no sono.
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Outra Dimensão [M]
Fanfiction+16| "somos tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes..."