Outra Dimensão [M]

171.

Lore 🍇

Olho para Breno que sorria, enquanto falava com o seu pai por ligação.

Hoje Breno acordou bem melhor, foi dormir com o pai e acordou com o pai também. Victor veio aqui pela manhã e esperou Breno acordar, para ver ele, mas logo teve que ir pra boca, então ele está sempre ligando pra Breno, para eles se falarem.

A febre já passou, ele só pergunta se o pai não vai mais dormir longe dele, de resto, tá tudo bem com o meu amor, graças a Deus.

Trovão: Tá rindo é porque tá melhor. — Breno segura o meu celular e vira ele para mim, me mostrando, mas eu viro o rosto pro lado.

Breno: Olha mamãe, papai. — continuo com o rosto virado — Olha.

Trovão: Tô olhando. — Breno volta a mostrar o celular para si. Esse garoto vai receber uma ótima reclamação.

Falei pra ele que era pra conversar com o pai, e não sobre eu. O meu filho de quase dois anos, pareceu entender, até porque ele disse "tá bom, mamãe". Na minha cabeça, isso é entender.

Breno: Voxe vem?

Trovão: Papai tá no trabalho, de noite eu tô aí. — Breno faz um biquinho de tristeza, mas logo depois abre um sorriso.

Breno: Domi com eu?

Trovão: Com tu mermo. — lavando do sofá e vou até a cozinha, para pegar um copo de água para mim. Precisava respirar, estava tão chateada com Victor, que ao mesmo tempo que eu gosto quando ele vem aqui, eu odeio.

Eu preferia que realmente fosse uma separação de verdade, sem ter que nos vermos todos os dias, dar realmente eu gelo e mostrar a ele que eu estou decidida de verdade. Mas tem um filho entre nós dois, um filho que é muito pequeno e muito apegado ao pai.

Eu realmente só queria minha família bem e completa novamente. Mas do que adianta ter isso tudo, não estando em um relacionamento saudável.

Volto para a sala, ainda com o copo de água na mão.

Trovão: Papai vai ter que desligar, mas de noite eu tô aí. — sento no sofá.

Breno: Como semple foi? — engulo a água e escuto um som de uma respiração funda, vindo do celular.

Trovão: Sim, pô. Tu sabe que papai não te abandonou, né? Eu só tô tenho que trabalhar muito e não posso tá do teu lado sempre.

Breno: Voxe abandou mamãe e eu, ela chola. — coloco a mão no rosto. Não Breno...

Trovão: Teu pai é um vacilão. — respiro fundo, ele sabe que eu tô aqui.

Breno: Vaxilão. — repete o que o pai diz e Trovão rir, mas eu não riu, até porque não é nada engraçado ele ensinar essas coisas pro menino. Mas continuo calada.

Trovão: Tua mãe vai ficar puta, fala esses bagulho não.

Breno: Puta.

Lore: Breno! — ele me olha com um sorrisinho, porque percebe o meu tom de voz. Mas deixo para reclamar com ele depois da ligação.

Trovão: Fala isso não, Breno. Tu vai ficar de castigo, pô. — Breno olha para o celular — Te amo, depois papai ta ai. — desliga a ligação e Breno me entrega o meu celular.

"Eu te amo, minha loira."

Leio a mensagem que ele acabou de me mandar e apenas visualizo, desligando o celular e olhando para a minha criança.

Lore: Não pode falar palavrão, Breno. — ele me olha — Entendeu?

Breno: Tendeu. — pego ele no colo e dou um beijo no seu pescoço, fazendo ele gargalhar.

Lore: Vamo pra casa da sua madrinha? — ele me olha.

Breno: Ximmm! — levanto do sofá e Breno desce do sofá, me seguindo. Apenas passo um perfume no corpo, já que já tinha tomado banho e já estava pronta e Breno também já estava arrumado.

Saio pra fora de casa, enquanto Breno vai na frente, para falar com os seguranças.

Pn: Qual foi, menor? Ta melhor? Fiquei sabendo que tu tava meio mal. — fala com Breno, que faz um toque de mão com ele.

Breno: Tô melhor. Minha mãe me deu remédio e meu pai cuidou de eu. — eles riem.

Galo: É isso mermo, tem que ficar bom mermo. — chego perto deles e seguro na mão de Breno — Vai pra onde patroa? — se eu responder, vou ser baixa, então prefiro ficar calada — Patroa?

Lore: Oiá, galo. Eu sei que é o seu trabalho, mas eu não tô afim de falar não. — me viro para ele — Qual de vocês dois que via me seguir? Porque querem porque querem saber pra onde eu vou, mas não adianta, sendo que vocês vão saber onde eu vou de qualquer jeito.

Juninho: Eu vou, pô. — sigo meu caminho, andando com o meu filho, que queria o tempo todo andar só pela rua. Mas eu não deixo, tenho maior medo, meu bebê só tem 2 aninhos, não, muito perigoso.

Pouco tempo chegando na casa de Mirele e bato na porta, sendo atendida logo em seguida.

Mirele: Se você mexer aí, eu pego você. — olho para ela, que abre a porta falando — Meu amor! — se abaixa para pegar Breno no colo e eu entro, fechando a porta.

Olho para os dois bebês, um pouco mais novos que Breno. Eles tinham acabado de fazer 1 aninho, eram a coisa mais linda do mundo.

Mirele não teve apenas 1 bebê, ela teve dois meninos. Mas não eram gêmeos idênticos, eram diferentes. Caio parecia com Mirele e Lucas com Rato. Eram muito lindos e muito fofos.

Lore: Já tava brigando com os meninos, né louca? — sorrio para os dois bebês — Venham aqui na tia de vocês, pra eu dar um beijo em cada um. — ele vem correndo até mim e eu abraços eles, dando cócegas logo em seguida — Cadê o pai dessas crianças?

Mirele: Tá na boca, mona. — os meninos vão correndo até Breno — Peguem os brinquedos, pra vocês brincarem — fico olhando para eles, que começam a brincar com os carrinhos — Cadê o marido?

Lore: Que marido? Tô solteira, amor. — ela rir, se sentando ao meu lado.

Mirele: Rato disse que ele tá bolado, vive estressado com os outros, não quer descontar em tu, mas quer descontar em neles.

Lore: Ai, to nem aí! Ele diz que vai provar pra mim que é mentira a traição e nunca prova. E cada dia que se passa eu acredito mais na traição.

Mirele: Eu te entendo, Lore. Mas eu acredito que ele não te traiu, ele te ama tanto, vive por você, em baile ele fica grudado em você, não faz questão de olhar para ninguém, não acho que ele seria capaz de perder você.

Lore: Aprendi que na vida a gente não deve duvidar da capacidade de ninguém.

Mirele: Pior que é verdade.

Lore: Já vejo uma melhora a partir do momento que ele ainda não falou comigo, porque eu sai. — sorrio fraco — Em outros tempos, ele estaria falando muita merda porque eu não avisei e os caralhos. — encosto minha cabeça no sofá.

Mirele: Depois dessa até eu melhorava. — fico calada — É bom dar um gelo.