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Lorena 🍇

Desço do carro, esperando ele descer e Victor vem na minha direção.

Em um movimento, sinto a mão dele tocar na minha, entrelaçando elas. Senti meu corpo dar um choque com aquele toque e desci o olhar para as nossas mãos grudadas.

Olhei para ele que me olhou e nega com a cabeça, começando a andar. Estava ainda puto, eu percebia isso, mas mesmo assim, queria mostrar para as pessoas que estamos juntos, isso eu tenho mais que certeza. Ainda mais por eu estar com essa roupa que ele tanto falou que não era pra eu vir. Mas era impossível não ter um sorriso no rosto. Era uma sensação única.

O local era na praça, um tipo de pagode. Várias pessoas dançando e o cheiro de maconha exalando. Dois homens acompanharam a gente e não demorou muito para os olhares serem atraídos para nós dois. Algumas mulheres me olhavam de cima a baixo e os homens nem me olhavam. Até sei o porquê.

Chegamos onde Mirele, Rato, Nando, Guilherme e mais algumas pessoas estavam, e eles olharam para a gente, aparentemente surpresos.

Rato: Aê, porra! O homi casou! - grita, junto da maioria ali. Senti a maior vergonha do mundo. Tinha quer ser ele, porra.

Trovão: Viadagem do caralho de vocês. - nega com a cabeça, sentando com numa cadeira e me puxando para o seu colo.

Mirele me olhava com um sorriso no rosto e eu morrendo de vergonha. Já tinha contado para ela pelo whatsapp, e provavelmente Rato ficou sabendo por ela ou por não sei quem. Porque aqui as notícias correm rápido...

Nando: Cuidado que a patroa tá na casa. - as pessoas riram.

Trovão: E o patrão também, que inclusive pode meter bala na tua testa. - Nando levanta as mãos em sinal de rendição.

Rato: Sabia que nós ia ser cunhado de todo o jeito, te disse, azeda. - olho pra ele rindo e negando com a cabeça.

Lore: Cunhados é muita coisa, Gabiru. - ele rir.

Rato: Daqui a pouco tão com seis filhos e quatro cachorro. - ri - Um já foi, falta cinco.

Lore: Porque você mesmo não faz isso que você tá falando com a tua mulher? — ergo a sobrancelha.

Mirele: Me tire dessa, eu tenho nada haver com isso. - bebeu um pouco da sua bebida - Só se ele for fazer com outra mulher, porque comigo, infelizmente, não vai.

Rato: Vamo só ver. — manda beijo para ele.

Mirele: Vamo sim. - reviro os olhos. Victor coloca a mão na minha coxa e chama o garçom.

Trovão: Quer o que? — fala baixo apenas para eu escutar.

Lore: Batata e guaravita. — olho para ele:

Trovão: Comida saudável não quer. - nega com a cabeça e o moço chega - Pega um balde de Skol Beats e uma porção de batata, com um suco de laranja. - cruzo os braços.

Lore: Eu pedi guaravita. — reclamo.

Trovão: Mas batata já tá fazendo muito mal, vai ser suco e pronto, parceira. - bufo - Acabo com essa marra facinho, vacilona. — nega com a cabeça — Ainda não tô bom contigo não. — leva a mão a barra da minha saia, puxando o tecido para baixo e deixando sua mão apoiando no meio dela, o que fazia ela tampar a preciosa.

Lore: Tão meu ciumentinho. — ri, vendo ele na postura dele com a cara fechada — Meu marrentinho— falo baixinho. Viro meu rosto pra ele, que me dá um selinho.

Nando: Se comam logo. Querem privacidade? - gargalhei, me vir aos para ele.

Trovão: E o respeito enfiou aonde? No cu, porra? — Nando rir.

Nando: Foi, no de Guilherme que só vive puto. - olho para Guilherme, que tava todo sério. No de sempre. Bofe chato, eu em.

Guilherme: Quero papo hoje não. — vira a cabeça para o lado.

Lore: Era melhor ter ficado em casa. - falo baixinho.

Guilherme: Era melhor tu ficar calada. — me olha.

Lore: Era melhor você se mancar. — junto as mãos.

Trovão: Ou, parou a putaria dos dois. Parecem até criança, tudo velho já. - resmungo. Resolvi fingir que ele não existe e fiquei falando com Mirele.

Depois de um tempo minha comida chegou e eu fui comer, pois estava com fome. Só sentia Victor abaixar minha saia de segundos em segundos. Uma mulher parou um pouco depois da nossa mesa e ficou chamando o Nando.

Ele foi até ela e ele começou a falar algumas coisas com ela. Fiquei olhando fixamente para ela e tive impressão de já ter visto ela em algum lugar.

Lore: Victor. - olho para ele, que nega na hora.

Trovão: Lembra que fora de casa é Trovão, loira. - coloca meu cabelo para trás - Fala.

Lore: Trovão. - dou ênfase - Aquela mona não é a mulher daquele cara da missão? - ele olha pra ela.

Trovão: Ela merma. — fala sem se importar.

Lore: E o que ela tá fazendo aqui? - pergunto sem entender.

Trovão: Depois eu explico. - concordo, voltando a olhar pra ela.

Nando fez uma graça, que fez ela sorrir de leve e ele voltou para a mesa. Ela olhou para mim e sorriu de leve. Sorri também e ela se virou saindo. Se eu não em engano é Helena o nome dela. Ela foi tão legal comigo. Só queria entender o que ela tava fazendo aqui.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora