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Lorena 🍇

Ela chegou perto do ouvido dele e falou algo, que fez o mesmo jogar fora o baseado que tinha ascendido a pouco tempo, e foi andando, sendo seguido por ela.

Olho para aquilo e logo entendo. Os dois estavam se direcionando até a saída. Eu que não deixaria barato. Tô nem doida! Ele tava fazendo maior cena de ciúmes, e já tá indo ficar com uma? Filho de uma puta!

Levanto da mesa e vou até onde tinha uns meninos que ficavam me olhando, mas provavelmente não chegaram em mim por causa do bonito. Chego agarrando a nuca do mais bonitinho e beijo o mesmo.

Ele não nega, coloca a mão na minha cintura e aprofunda o beijo. O garoto até que beijava bem. Sinto alguém separar a gente e olho bem para a cara dele. Eu já sabia quem era e estava feliz por ser ele.

Trovão: Tu tá maluco, porra? — o menino se assusta.

— Qual foi? A mina que chegou me beijando. — se explica.

Trovão: Foda-se, caralho! Tu não sabe as regras? Quer me talaricar, filho da puta? — coloco a mão na boca, respirando fundo.

— Foi mal, pô. Mina nem é assumida, posso fazer nada por tu! — Trovão veio para a minha frente, ficando cara, cara com o menino.

Trovão: Tu quer morrer, mermo? Olha como tu fala, comigo! Tu quer morrer? Fala logo que minha arma tá cheia de bala pra destravar na tua cara! Pau no cu do caralho! — olho para o lado, vendo o pai dele chegar.

Pedra: Que porra tá acontecendo aqui? — me viro, sabendo que ele iria resolver o que tinha para resolver. Fui até onde eu tava e peguei minha bolsa, caminhando até a saída. Fiz muita confusão, minha hora de sair. No caminho, a menina que tava com Trovão me encarou e tirou o olhar no maior deboche.

Só não fui tirar satisfação porque estava zero afim de bater boca com lixo, e principalmente, estragar o aniversário da Ayarla. Comecei a andar na esperança de ir para a casa do Rato, mas senti alguém me puxar pelo braço.

Trovão: Tá indo pra onde, você? — olho para ele.

Lore: Para longe de você! — ele fecha o olho e respira fundo.

Trovão: Vou só te perguntar uma vez. — passa a mão pelo cavanhaque — Por causa de que tu beijou aquele filho da puta, Lorena? Tu tá maluca, porra? Eu te avisei pra caralho, filha da puta! Te avisei que não queria tu ficando com nenhuma menor e tu faz essa porra, e ainda na minha frente. Não é nem a primeira vez que tu faz isso, e agora ainda mais com meu filho na tua barriga. Tu tá maluca!? — fala, claramente puto.

Lore: Não tô maluca não, tô bem consciente! Tu tava pagando um de ciumento, fazendo maior cena de ciúmes e depois tava de papinho com piranha na minha frente? Ainda saiu pra comer ela e eu vou ficar como? Já te disse milhões de vezes e vou repetir. Não temos nada, nossa relação é sobre o nosso filho! Você não tem nenhum poder na minha vida, entende Victor, entende! Para de me cobrar coisas que eu sei que você faz o dobro e até pior, para! — ele me olha calado — Entende de uma vez por todas que a gente não tem nada! — ele rir, debochado.

Trovão: Não tem nada? Se liga, Lorena! Tu já tá no meu número a muito tempo, paga de doida não, caralho. — reviro os olhos.

Lore: Ego de homem é tão forte que acha que só porque transou com uma pessoa, ela tem que ficar só com ele, enquanto eles pegam o mundo inteiro! — respiro fundo — Eu não tô no número de ninguém! Tá achando que eu sou igual as que normalmente você fica? Que a hora que você disser "vem", elas vão? Pois eu sou muito diferente, e pra caralho! Vai achando que eu vou ficar só com você, enquanto tu tá comendo meio mundo. — tento me soltar — Me solta! — ele continua ali — Eu vou gritar!

Trovão: Grita, pô. Pode gritar. Dá em nada! — me puxa mais — Tu vai comigo!

Lore: Eu não vou com você pra lugar nenhum! — tento me sair novamente

Trovão: Bora ver! — começa a andar e me puxar.

Onde eu fui me meter?

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora