135.

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Lore 🍇

Eu continuava puta com Victor, desde ontem. Não esqueci o que ele fez. Ele fica rindo da minha cara, dizendo que eu sou otaria.

Minha vontade é rasgar a cara dele todinha.

Trovão: Coé, vida? Mostra pra mim os bagulho de Breno. — semicerro os olhos, olhando para a cara de sonso dele.

Lore: Vai tomar no cu, filho da puta! Vou mostrar porra nenhuma. — jogo o travesseiro nele, que segura e rir — Não tô achando graça não.

Trovão: Tu faz isso altas vezes, e eu não faço nada. Fiz contigo só dessa vez e tu já ficou puta. — negou — Pra tu ver como é bom.

Lore: Só pra você saber que até Breno nascer, você vai ficar sem transar. — pego meu celular — Só se você arrumar alguma pra te tirar da seca, mas você comigo não transa mais! — vejo ele mudar a expressão.

Trovão: Tá ficando doida, porra? — chegou perto de mim — Vou ficar quatro meses sem meter a piroca em tu?

Lore: Lembra que ainda tem o resguardo. — me afasto dele — Só se você quiser meter ela em alguma, ou algum, né. Vai saber em quem você quer meter. — ele se afasta na hora.

Trovão: Tá me estranhando, Lorena? Qual foi, porra! Sou sujeito homem, caralho. — levanta da cama, puto — Essa porra quer da o buceta e não tá sabendo pedir, piranha. — abre a porta do quarto e sai, batendo ela com força. Gargalho com aquilo.

Quer mexer com o ego de um homem? Faça isso.

Meu celular vibra com o alarme e eu pego minha vitamina de cima da mesinha, para tomar. Já marquei minha consulta com a minha médica, por enquanto vou ficar em casa, é o que tem para fazer.

Até agora, Victor só foi pra boca uma vez e não ficou por muito tempo. Falei pra ele que não queria ficar sozinha em casa, ele entendeu meu lado e resolveu ficar comigo enquanto que estou de repouso. Mas mesmo assim, ele terá que ir pra boca e eu irei ficar sozinha, é triste, mas é o que se tem para fazer, pelo menos por enquanto.

Victor entra no quarto eufórico e eu olho para ele.

Lore: O que foi? — pergunto curiosa.

Trovão: Meu irmão vai nascer. — levanto minhas costas da cama e sorriu — Ela partiu pro hospital com uma amiga e Ayarla.

Lore: E o seu pai?

Trovão: Tu é burra, é? Ele é chefe daqui, porra.

Lore: Fala direto, ridículo. — fecho a cara — Tô falando normal contigo.

Trovão: Foi mal, lorinha. — deita na cama e tenta me puxar — Tu sabe como eu sou.

Lore: Problema é seu. Faço de tudo pra te tratar da melhor forma.

Trovão: Eu sei. — se aproxima de mim e deita a cabeça em meu colo — Tu tá certa. — puxa minha cabeça para baixo e me dá um selinho — Porra, queria poder ir ver ele.

Lore: Bom que o tio e o sobrinho vão ter quase a mesma idade.

Trovão: Vai crescer juntos. — concordo — Ayarla disse que ia me mandar tudo que vai acontecer. Quando ela chegar em casa nós vai lá ver.

Lore: Vou falar com ela. — pego meu celular.

[...]

Desço do carro ao lado de Victor, que vai andando na frente, enquanto fala com os seguranças. Entramos na casa e eu já vasculho a sala.

Michele teve Riquelme a dois dias atrás, voltou para casa ontem à noite. Como estava muito tarde e ela estava cansada, preferimos vir apenas hoje. Já vi ele por foto, ele é coisinha mais linda.

Ayarla aparece na sala e olha pra a gente.

Trovão: Cadê ele?

Ayarla: Tá lá em cima no quarto dele. — subimos as escadas andando pelo corredor, a procura do quartinho dele. Victor abre a porta devagar e vemos Michele ao lado do berço e Pedra jogando algo no lixo.

Sorriu para ela e Victor anda até o berço.

Trovão: Porra, mó lindão. — chego perto do berço, vendo uma coisinha bem pequenininha, com uma roupinha azul cheia de aviãozinhos. A roupinha cobria seu corpo inteiro, nos pés tinha meinhas e nas mão, luvinhas. Na boca uma chupeta azul também. Seu cheirinho de neném exalava pelo local. Seus olhinhos estavam abertos e ele sugava a chupeta.

Lore: Que coisa linda, meu Deus. — sorriu para o neném em minha frente — A cara da mamãe.

Michele: Todos estão dizendo isso. — olho para pedra.

Pedra: É porque vocês tinham é que ver uma foto de quando eu era menor, a cara dele, pô.

Trovão: Isso a muitos anos atrás né, coroa? Se ainda tiver foto.

Pedra: Tá afim de levar um tiro, filho da puta?

Trovão: Mas verdades tem que ser ditas, pô. O pivete é a cara da mãe, por isso é bonito.

Lore: Então você é feio. — ele me olha — Você é igual ao seu pai.

Trovão: Qual foi? Quer me botar numa cadeira de rodas logo não?

Pedra: Tu quer dizer o quê com isso?

Trovão: Que eu não pareço contigo, eu sou bonito, se parecesse, seria feio.

Pedra: Agora foi que deu. — nega com a cabeça — Minha vontade agora era dá um só na tua cara.

Trovão: É aceitar, pô.

Michele: Vocês querem para de discutir quem é bonito e quem é feio? — Victor cruza os braços — Olha aí, o menino vai começar a chorar. — olho para Riquelme, que está com uma carinha de choro — Pega ele, Lore. — olho para ela.

Lore: Não. — nego — Tenho medo de derrubar ele no chão.

Michele: Não derruba não, é só tomar cuidado e segurar direto. — ela leva as mão até o bebê — Bom que você já treina como pegar Breno. — pega Riquelme no colo e vem até mim.

Lore: Michele. — ela rir.

Michele: Fica tranquila. — passa ele para os meus braços e eu tento arrumar ele aí — Tá vendo, você sabe pegar ele direitinho. — olho para ele em meu braços, que me olhava.

Trovão: Qual foi, menor. Que olhão é esse pra minha mulher? — olho para ele e Michele rir.

Lore: Deixa de ser besta. — volto a olhar para o bebê e balanço um pouco ele, vendo ele ficar bem quietinho ali.

Não vejo a hora de ter o meu Breno em meus braços e fazer com o que essa gravidez acabe.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora