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Trovão ⛈️

Chego em casa, sendo recebido pelo cachorro.

Trovão: Qual foi, Marley? De boa. — ele senta na minha frente, botando a língua pra fora, cara de lerdo — Já te falei pra ti ficar com cara de mal, pô. Tu tem que ser malvado, né ficar com essa cara de otario, não. — ele fecha a boca, colocando a língua pra dentro — Isso mermo. — passo a mão pela sua orelha e ele já vem pulando em mim — Otario.

Coloco minha pistola em cima da mesa e vou ver se Lorena colocou ração pra ele. Pote dele tava vazio, então fui atrás da dona pra ela me dizer se botou ou não.

Ando até o nosso quarto, abrindo a porta. Olho para a penteadeira e vejo ela se maquiando. Ela pegava um bagulho que parecia um espoja e começava a dar batidas no rosto com um líquido que era da cor dela. Olho para o seu cabelão e ele estava escorrido na raiz, já nas pontas, tinham cachos. Ela usava uma calcinha e um sutiã de renda branco e me olha pelo espelho.

Vou até ela, que tira o olhar de mim e continua a fazer o bagulho no rosto.

Trovão: Tá se arrumando por causa de que? — seguro em seu pescoço, fazendo seu rosto de virar para cima e ela me olhar. Me abaixo beijando a sua boca.

Lore: Meu pescoço, amor. — solto o pescoço dela e ela sorrir pra mim.

Trovão: Tá se arrumando por causa de que? — pergunto de novo.

Lore: Vou sair hoje. — volta a olhar para o espelho e eu tiro a camisa do corpo.

Trovão: Vamo pra onde? — jogo a camisa na cama.

Lore: A gente eu não sei, mas eu vou pro pagofunk da rua 1. — olho para ela, que passava outro bagulho mais claro que a cor dela de baixo dos olhos.

Trovão: Não tô afim de ir. — sento na cama, pegando meu celular.

Lore: Só não ir, Victor. — olho pra ela — Mas eu vou. — da de ombros.

Trovão: Só vai se eu for. — ela gargalha.

Lore: Tá bom, papai. — debocha — Começa não. — respiro fundo.

Trovão: Cadê Breno? — mudo o assunto.

Lore: Na minha tia. — fico calado — Se você não quiser ir, tudo bem, fica em casa, ou sai pra outro lugar. Mas eu vou.

Trovão: Tranquilo. — dou um belezinha pra ela — Os manos acabaram de me chamar, e tu só vai, porque eu vou. — faço isso pra ela mudar a opinião e não querer ir, só porque eu tô dizendo esse bagulho.

Lore: Me erra, Victor! — fala alto e eu sorrio— Eu vou porque eu quero caralho, né porque tu vai não, porra. Porque se tu não fosse, eu iria do mesmo jeito. Se manca, bofe! — fala do jeitinho dela de ser e eu levanto da cama, andando até ela.

Trovão: Tô só guardando tu me mandar tomar no cu, ir me fuder, mandar eu me mancar e me chamar de bofe. — seguro em seu pescoço novamente, fazendo ela me olhar — Hoje eu vou te fuder, até tua buceta ficar toda assada. — sinto ela ficar molinha — Eu quero te fuder até amanhecer.

Lore: Victor... — fala baixinho.

Trovão: Tu vai gemer meu nome, desse jeitinho mermo. — solto o se pescoço, virando sua cabeça para o espelho. Saio de perto dela sem dizer nada, sentindo o tesão exalar no meu corpo e meu pau pulsar.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora