125.

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Lorena 🍇

Victor aperta minha cintura, e me guia até a mesa onde todos estavam sentados.

Nando: A mais gata chegou, fiu, fiu. — sorri, me sentando na cadeira.

Trovão: Tu quer morrer com quantos anos?

Nando: De preferência com quarenta, tipo, eu já vou tá meio velho e pá, quero ficar velho não, é mó feião. — gargalhei.

Trovão: Esse moleque pede pra morrer. — negou, bolado. A postura de sempre.

Rato: Mó buchão, azeda. — olhei pra ele.

Lore: Tá, né? Breno tá enorme. — todos me olharam, menos Victor.

Rato: Finalmente, pô. Pensava que o pivete ia nascer analfabeto. — ergui a sombrancelha.

Mirele: Tu tem problema? Analfabeto é quem não sabe ler e escrever.

Rato: Sério mermo? — assentimos — Nem sabia, mas e se ele nascer sem nome, ele ia ser o que?

Guilherme: Indigente. — olhei para ele pela primeira vez até o momento que cheguei.

Lore: Na verdade ele seria apenas um bebê que não teria nome, só isso! — tirei o olhar dele — Indigente significa uma pessoa miserável, e meu filho não é isso.

Guilherme: Levou pro coração.

Nando: Parou, hein. Mal começou a resenha e vocês já tão nessa, bora aproveitar! — sorriu e atendeu o celular, olhando para trás, ainda com o celular no ouvido — Trouxe uma amiga, tem problema? — olhou para Victor.

Trovão: Não mexendo comigo. — deu de ombros e colocou a mão na minha coxa.

Guilherme tava de braços cruzados, olhando pro nada. Eu ainda não sei o que eu fiz pra ele, nunca foi com a minha cara, e eu também não vou dar uma de santa. Também não fui com a dele. Mas com todo mundo ele é normal, só comigo que é assim. Eu não entendo.

Não gosto de forçar simpatia. E ele é muito debochado pro meu gosto. Gosta de jogar indireta e eu não fico por baixo, então faço o mesmo. Ele deveria é arrumar uma mulher pra ver se para de ser tão insuportável.

Nando tinha saído e quando voltou, veio com a tal Helena do seu lado. Olhei para ela e a mesma parecia estar bem envergonhada.

Nando: Pra quem conhece, cês já sabem quem é... isso não vem ao caso. Pra quem não conhece, essa é a Helena. — ela sorriu.

Helena: Oi...

Mirele: Oi, linda, tudo bem?

Helena: Tudo sim. — sentou no último espaço vazio, ao lado do Guilherme. Guilherme em nenhum momento olhou pra ela, antipático. Foi aí que eu lembrei que até hoje Victor não me contou o que aconteceu com ela, nem lembrei de perguntar. Mas já vi ela algumas vezes pro aqui.

O silêncio veio e eu nem me dei conta que não tinha dado um oi, então resolvi quebrar o silêncio.

Lore: Lorena. Lembra de mim? — ela me olhou.

Helena: Lembro sim...

Lore: Começamos com o pé esquerdo, mas podemos recomeçar com o direito. — sorri de leve — Tá morando por aqui agora? — ela assentiu.

Helena: É, aconteceu algumas coisas e eu resolvi vim morar por aqui. Tô até conseguindo me estabilizar aqui. Conheci até o Nando que vem me ajudando bastante. — olhou pra ele e sorriu. — Na época que a gente se viu você não tava com esse barrigão.

Lore: Pois é, nem imaginava que iria engravidar tão cedo.

Helena: Já sabe o sexo?

Lore: Um menino. Breno. — ela assentiu. Daquela mesa, eu era a única que tentava puxar assunto com a garota.

Mirele: Veio pra cá faz muito tempo? — ela negou. Finalmente.

Helena: Uns dois meses meses, por aí.

Os meninos começaram a conversar entre si, e eu e Mirele fomos para mais perto dela, começando a bater um papo com ela. Nada de comentarmos de como ela veio pra cá ou sobre o que aconteceu em Búzios. Mas de uma coisa eu sei, se Victor e o pai dele deixaram ela ficar por aqui, é porque ela não é alguma ameaça grande.

Provavelmente não deve estar mais com o marido, ou algo do tipo. A curiosidade fala mais alto, mas temos que esperar. Infelizmente. Eu odiava ver todo mundo bebendo e eu no suco ou no refrigerante.

É foda, mas daqui uns meses eu volto.

[...]

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora