48.

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Lorena 🍇

Trovão: Tu escutou bem, né Lorena? — reviro os olhos, escutando ele falar pela milésima vez — Revira essa porra de novo que tu fica sem. — ri debochada.

Lore: Ai, Trovão, sério mesmo, tu já me falou o que é pra fazer cinco vezes, cara! Não sou nenhuma surda não. — cruzo os braços. Tava me estressando com esse macho.

Trovão: Não é? Pois parece que é. — bufei— Explica aí pra mim o que é pra fazer. — olho pra ele e nego com a cabeça — Bora, diz logo! — respiro fundo.

Lore: Vou fingir que sou tua mulher, fazer amizade com as outras mulheres e descobrir o nome de quem é o dono da Nova Holanda, satisfeito? — pego meu celular.

Trovão: Hm... até que tá sabendo. — presto atenção no meu celular e não olho pra ele, mas logo uma duvida bate em mim e eu desligo o celular, me virando para ele.

Lore: Mas agora vem cá. — olho para o seu rosto concentrado na pista em sua frente. Hoje ele estava de calção e um casaco da Nike. Sem cordões. Se tinha, deveria estar por baixo da camisa, apenas um relógio de ouro em seu pulso, por cima do casaco que ia até o começo da sua mão, que estava em cima do volante  —Não era melhor tu ir pro grupo dos homens e ir perguntando de que morro eles comandam? — ele respirou fundo, tirando a atenção da pista e me olhando.

Trovão: Se fosse mais fácil tu nem taria aqui. — voltou a olhar para frente — Tu acha que é assim? Vou chegar nos caras e perguntar nome e que morro comandam? Eles sabem de quem eu sou filho, bagulho é chegar no sapatinho. No mínimo tu tem que descobrir o vulgo, depois do vulgo é mais fácil saber quem é. — confirmei com a cabeça. Ficamos calados por um tempo, mas eu logo olhei pra ele e comecei a falar.

Lore: Tô com fome. — toco em minha barriga.

Trovão: Problema teu. — não me dá a mínima atenção.

Lore: Para em um posto pra comprar comida. — olho para a janelas

Trovão: Tu acha que é assim? Parar num posto pra comprar comida? — riu, sem mostrar os dentes, negando com a cabeça— As vezes eu penso que tu tem problema.

Lore: Se eu tivesse problema tu não teria me chamado, e sim a sua mulher, não é mesmo? — ele me olhou e eu fiz o mesmo com ele.

Trovão: Teu problema é se achar muito, mas comigo tu não acha nada. — nego com a cabeça e volto a olhar para a janela, onde já estava amanhecendo.

Lore: Tamo chegando já? — ele me ignora— Responde, bofe!

Trovão: Quer pcx então rebola, nós te dá o que tu gosta, basta aceitar a proposta, não mete a mão que ela é minha dona... — canta uma música, me ignorando totalmente. Também nem dei moral pra ele, fiquei quieta na minha. O que eu menos quero agora é ter que gastar meus argumentos com ele.

Acabei fechando os olhos e dormi.

[...]

Trovão: Acorda. — me cutucou, fazendo eu olhar pra ele — Chegamo já. — olho para a janela, vendo uma casa enorme. A cara era um luxo, toda na cerâmica. Pego minha bolsa e ele pega a dele, chamando um segurança que veio logo atrás da gente, fazendo a contenção.

Trovão: Estaciona e depois tu me dá a chave. — o homem concorda e pega a chave saindo — Agora eles tão dormindo e é isso que nós vai fazer agora. — chega perto de mim. Fomos entrando na casa e era linda por dentro, mas aparentava estar todo mundo dormindo. Só tinha uma mulher limpando o chão.

— Você é o trovão, né isso? — a mulher fala — Essa é a chave do seu quarto. — pega a chave do bolso e entrega pra ele — Que loira linda. — sorri pra ela.

Lore: Obrigada. — falo sem graça.

— Vocês fazem um casal bonito. — trovão riu debochado e foi andando. Tento não debochar da sua frase, para não parecer que era uma mentira — Prazer, Cris. — se apresenta.

Lore: Lorena. — ela sorriu — Agora eu vou indo, tá? — Cris assentiu.

Cris: Pode ir. — passo por ela, seguindo trovão. Ele subiu as escadas e foi caminhando até um quarto que tinha o número nove na frente. Entrou no quarto e eu entrei logo em seguida. O quarto era grande, tinha banheiro e só uma cama.

Espero que ele vá dormir no chão e não na mesma cama que eu. Deixei minha bolsa no chão e peguei uma roupa, indo tomar meu banho. Tomei banho e trovão foi logo em seguida, comecei a passar desodorante, perfume e hidratante. Depois. peguei meu celular pra ver se tinha alguma mensagem da minha tia.

Ele saiu do banheiro de calção, mostrando o cós da cueca e foi até a bolsa, passando desodorante e perfume. Cheiroso e gostoso, eu não posso negar de jeito nenhum... seu cheiro exalava Malbec. Ele vai até a mini varanda do quarto e ascende um baseado.

Trovão: Quer tirar foto? — traga o cigarro e assopra a fumaça pro alto.

Lore: Se manca, bofe. — deito a cabeça na cabeceira da cama, mexendo no celular.

Trovão: Só vai aprender quando receber uma madeirada, mandada! — ignoro ele e continuo vendo meus vídeos no tik tok. Ele ficou um tempo lá e depois voltou pra dentro, ligando o ar condicionado, pegando o celular e deitando na cama. Larguei meu celular e olhei pra ele.

Lore: Vai dormir aqui? — ele me olhou.

Trovão: Não, vou dormir na tua cabeça. — arruma o travesseiro em sua cabeça.

Lore: Eu iria preferir. — puxo o lençol pra mim. — O lençol é meu. — me cubro.

Trovão: Não, qual foi? Maior frio aqui. — tenta puxar, mas eu não deixo.

Lore: Se vira, o lençol é só meu. — ele ignora total, puxando o lençol pra ele. E assim a gente foi implicando por um lençol.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora