Trovão ⛈️
Trovão: Comprar tu quer, né filho da puta? E pagar, cadê? Cadê a porra do dinheiro? — falo com o drogado.
Zé: Eu vou pagar, me dá um tempo... — respiro fundo, buscando paciência de onde eu não tenho.
Trovão: Mais tempo que isso? Vai ser assim até quando? Vai ficar nessa de "me dá tempo" toda vem que eu for te cobrar?
Zé: Dessa vez eu tô mandando a real, eu vou pagar! Só me dá um tempo.
Trovão: Tempo? Tem porra de tempo não! Já acabou esse tempo a mó cota, tu tem que arcar com os erros agora. — pego minha arma que estava na cintura.
Zé: Eu que trabalho lá em casa, eles dependem de mim.
Trovão: Quando tu deveu pra boca, tu pensou que eles dependiam de tu? — ele ficou calado — Vai morrer mermo! — sinto meu celular vibrar.
"terminou as cobranças? se n pd vim p casa, termina esse bagulho dps, vê se vem rápido."
Li a mensagem do meu pai e olhei para Zé, guardando a arma na cintura.
Trovão: Tua sorte é que eu vou ter que resolver um bagulho ali, mas eu só te falo uma coisa, eu te dou dois dias e nem um minuto a mais. Dois dias! — fiz sinal pro menor atrás de mim me seguir. Deve ser um bagulho sério pro meu pai me chamar, só pode.
Subi na moto e parti pra casa. Assim que entrei, vi Michele e ele deitados no tapete da sala.
Trovão: Qual foi? — eles me olharam.
Pedra: Aquela Lorena tá lá no teu quarto e quer falar um bagulho sério contigo, papo que nem quis falar o que era. Disse que era importante pra caralho. — cruzo os braços sem entender nada. O que a mandada quer comigo pra vim na minha casa? Depois de eu falar que eu queria nem olhar na cara dela, tô nem entendendo essa mina!
Trovão: Que papo é esse? — ergo a sobrancelha.
Michele: Só vamos descobrir quando você falar com ela, então por favor, vai logo! — nego com a cabeça.
Trovão: Mó curiosa você, hein. — ela rir e eu subo. Já fui me preparando, vai que a mina quer me matar, nela eu não confio não, essa doida tem problema. Abro a porta do quarto e vejo ela sentada na minha cama, na maior intimidade, que eu nem lembro de ter dado pra ela.
Trovão: Tá fazendo o que aqui, Lorena? — fecho a porta e olho para ela, que me olhava — Tô esperando a resposta e espero que seja por um bom motivo.
Lore: Não sei se é um bom motivo, só sei que é importante e eu vou ser rápida, ou pelo menos vou tentar. — fala séria.
Trovão: Prossiga... — fiz um movimento com as mãos para ela falar. Pela a cara dela, era muito importante mesmo.
Lore: Eu estou grávida. — ergo a sobrancelha escutando àquelas palavras saírem da boca dela. Agora foi que fudeu.
Trovão: Tu tá o que? — ela respira fundo.
Lore: Você escutou muito bem! — levanta da cama com um papel na mão, vem andando até mim e me entrega — Esse é o exame que eu fiz, se você ler vai ver que eu realmente estou grávida de quatro semanas, ou seja, um mês. — engulo a saliva e olho atento para ela — Se você não acreditar em mim, eu posso fazer um teste de gravidez agora na sua frente e ainda marcar outro exame de sangue. — olho para o papel em minhas mãos.
Trovão: Tu tá grávida mermo? — leio o papel, vendo o "positivo" escrito. Não, pô.
Lore: Como você acabou de ler, sim. — respira fundo — Bom, antes que você pergunte se é seu mesmo, porque provavelmente irá perguntar. Sim, é seu. — fico calado — Até porque eu não iria me passar por um papel ridículo desse. E pode ter certeza que eu realmente não queria estar vindo te comunicar isso, mas você é o pai e tem que saber. — tiro o olhar do papel e olho pra ela.
Trovão: Tu falou pra mim que tinha diu, e que pra engravidar era daqui a dez anos. Tu mentiu pra mim? — tento manter a calma para não explodir aqui. Eu não estava acreditando.
Lore: Não, na verdade eu não preciso mentir! Nunca quis ter filho, muito menos agora com essa idade que eu tô, por isso mesmo eu coloquei o diu. Eu sempre fazia os exames certinho, mas aí ele acabou saindo do lugar, não sei como, mas saiu. — coço a nuca — Se quiser eu posso até mostrar meus exames que fiz do diu. Não esqueça da vez que você gozou dentro lá no Chapadão e em Búzios, então alguma dessas vezes eu engravidei. — tiro meu olhar do dela, passando a mão pelo meu cavanhaque — Pode ter certeza que eu não queria esse filho de jeito nenhum, até marquei com uma clínica para a abortar, e acabei desistindo. — volto meu olhar para ela na mesma hora.
Trovão: Você queria abortar o bebê? Sério mermo, tu não pensou nele? Tu só pensou em tu, provavelmente! — falo, ficando nervoso.
Lore: No momento eu pensei só em mim mesmo, e assumo! Mas me arrependi, e vou ter o bebê sim! Se você não quiser assumir o bebê, tudo bem. Mas eu não vou abortar e se for preciso, irei criar o meu filho sozinha. — ri debochado.
Trovão: Se é meu filho, eu vou assumir, porra! — cruzo os braços — Tu tá dando a tua palavra que é, não é?
Lore: Claro! Não preciso mentir. — arruma a posição.
Trovão: Então eu vou assumir, e pronto. — ela solta um ar de alívio.
Lore: Nossa relação vai ser só sobre o bebê. Vou marcar minha primeira ultrassom e te mando o endereço se você quiser ir... enfim, sobre a sua mulher eu não vou me meter em nada, pode ficar tranquilo. — coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha.
Trovão: Eu não tenho mulher e eu já te disse. — ela ergue a sombrancelha.
Lore: Ok. — fala no maior deboche. Só em pensar que eu vou ter um pivete com essa diaba... Que Deus me dê forças, sério mermo! Não sei se vou conseguir aguentar.
Trovão: Qualquer bagulho sobre o bebê tu pode contar comigo, tá ligada? Vou mandar uma meta todo mês pra tu e pro bebê.
Lore: Você só vai precisar mandar para o bebê, o resto eu me viro. — anda até a cama e pega a bolsa — Bom, já que eu já te falei tudo, vou indo.
Trovão: Vou mandar um menor te levar. — tiro o celular do bolso.
Lore: Não precisa, vou com a minha amiga. — abre a porta do quarto e meu olho bate na bunda dela que aparecia a popa no short jeans apertado — Parabéns, papai do ano! — fala e sai, fechando a porta.
A filha da puta é gostosa e eu sei que nunca poderei negar. Se um dia eu falei que não ia pegar mais, tava mentindo! Principalmente agora que tá esperando um filho meu.
Tá no meu número e ela se fudeu!
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Outra Dimensão [M]
Fanfic+16| "somos tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes..."