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Lorena 🍇
🥀...

Entro naquela sala, vendo minha tia ao lado da minha mãe. Ela chorava pra caralho, enquanto minha mãe estava de olhos fechados. A máquina dos batimentos cardíacos estava fazendo um barulho bem fraco, o que fez meu coração apertar mais ainda.

Tia Cassandra olha para mim e da espaço, para eu ficar no mesmo lugar que ela estava. Caminho até lá e olho para a minha mãe. Foi impossível não chorar em ver ela ali naquela situação.

Já não existia mais um brilho no seu corpo, sua cor estava pálida, uma aparência de cansaço. Acho que ela cansou... talvez realmente seja a hora dela descansar.

Lore: Mãe... — seguro na mão dela, que abre o olhinho pequeno e me olha — Eu não queria te perder agora...

Camila: Chegou minha hora... — fala com dificuldade.

Lore: Eu não sei se vou conseguir viver sem você. — limpo minhas lágrimas, chorando mais ainda.

Camila: Você vai conseguir sim. Você precisa ser forte por você e pelo bebê. — tossiu, parecendo ter forçado muito.

Lore: Não força...

Camila: Cuida do meu netinho bem, tá bom? — levanta a mão com dificuldade e coloca ela em cima da minha barriga — Pode começar com B como o nome do seu pai?

Lore: Pode começar com tudo que você quiser. — ela da um leve sorriso e da uma respirada funda. — Eu te amo, mãe.

Camila: Eu também te amo muito, minha filha. — chego perto dela, dando um beijo na testa da mesma — Você é a melhor coisa que eu tenho na minha vida. — olho para ela e limpo a lágrima que escorre pelo seu rosto.

Lore: A senhora não sabe como dói tudo isso. — respiro fundo.

Camila: Eu sei... — fecha o olho e abre — Agora eu tô cansada, tá bom? Vou dormir um pouco... te amo, meu amor.

Lore: Descansa... eu também te amo muito! Até o fim da minha vida vou continuar te amando. — ela sorrir e fecha os olhos.Fico olhando ela por um tempo e depois me viro para a minha tia. Ela chorava e eu vou até ela, abraçando a mesma, começando com os choros.

Cassandra: Ela tava sendo muito forte. — olho para ela. Sentamos no sofá e ficamos as duas caladas. Só escutava uma das duas fungando ou barulho de choro. Não sei quanto tempo ao certo, mas ficamos um bom tempo naquela.

Olho para a máquina e percebo que os batimentos estavam parando. Levanto daquele sofá, o que fez minha tia levantar também e aquele barulho foi ecoado pelo quarto O famoso "pi". Corro até minha mãe e balanço ela, chorando pra caralho.

Lore: Não! Não! — grito — Mãe, por favor, acorda! — nenhuma reação — Chama o médico! — minha tia abre a porta correndo.— Não faz isso comigo, por favor... Não faz isso... — o médico aparece na sala com duas enfermeiras.

Me afasto da cama e vou abraçar minha tia.

[...]

Saio do hospital procurando o carro do Trovão. Eu tentava ser forte por causa do meu filho. Mas sério... eu não estava conseguindo! Minha mãe tinha acabado de morrer. Minha mãe!

Não tava conseguindo pagar uma de durona naquele momento. Então a única coisa que eu fiz foi chorar.

[...]

Depois de ficar ali abraçada com ele por um bom tempo, me solto dele e tento passar para o outro banco, mas ele me segura.

Trovão: Deve tá sendo foda esse bagulho pra tu... nem sei nem o que te dizer, papo reto! Mas eu te digo que eu sei como é essa sensação, parece que nossa vida acabou, mas na verdade não, pô. Isso vai acontecer com todo mundo, e nós tem que ser forte. Mas se tu quiser ser fraca, tem problema não! Pode chorar, se sentir mal e os caralho. — dou um leve sorriso pra ele — Pode demorar, mas esse bagulho vai passar.

Lore: Eu sei que vai... — ele limpa minhas lágrimas.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora