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Lore 🍇

Trovão: Esse cachorro tá me estranhando, Lorena. — vejo ele latir para Victor — Me estressar eu jogo ele lá fora.

Lore: Para com isso, é o nosso filho. — faço carinho nele, que bota a língua para fora.

Trovão: Tô com cara de cachorro agora? — olho para ele, querendo confirmar. Se fosse nas épocas antigas, quando ainda não estava aí juntos, eu teria falado que sim e ele iria ficar putinho — Meu filho é esse aí que tá na tua barriga.

Lore: Você ainda vai aceitar que ele é o seu filho, sem pai que ele não vai crescer. — volto a olhar para o filhote — Só se você quiser que eu arrume outro pra ser o pai dele. — volto a olhar para ele, que levanta da cadeira de cara fechada e vai até o irmão, os pais — Fica aqui, tá... — levanto — Você ainda tá sem nome. Depois tenho que decidir o seu nome. — ele deita e eu mando beijo para ele, indo em direção as meninas, que estavam dançando a música que passava.

Hoje é o dia de me divertir, hoje pode. Hoje pode é tudo. E espero que Breno colabore com a mãe dele.

Puxo minha tia para dançar o samba que tocava e ela rir, acompanhando meus passos. Tô tão feliz, de verdade. Ficaria mais ainda se a minha mãe estivesse aqui do lado da minha tia, bem e cheia de saúde. Mas Deus sabe o que faz. Tenho certeza que ela está muito feliz lá do céu por mim.

Cassandra: Resolveu o que vai fazer com a casa? — concordo — O que?

Lore: Vai ser sua e você vai decidir o que vai fazer. — ela nega.

Cassandra: A casa é sua.

Lore: E por isso eu estou dando para você. — jogo meu cabelo para atrás — Agora a minha vida é aqui, ficar relembrando coisas sobre aquela casa, me faz muito mal. Eu cresci lá, vivi praticamente a minha vida toda, se minha mãe não está mais lá, não tem pra que eu quer aquela casa. Se você quiser, pode vender, tia. É pra isso que a vida serve, não tem pra que se importar com bens materiais, porque a gente morre e não leva nada. — respiro fundo — Um exemplo foi a minha mãe, ela se foi e não levou nada.

Cassandra: É bom você pensar em seguir em frente sem se preocupar com o resto. — sorriu.

Lore: Vamo comer? Ta cheio de salgados. — ela concorda e eu pego doces e salgados para ela, logo indo em direção a Michele — Cadê o meu cunhadinho?

Michele: Deixei com a minha mãe, mas jaja eu vou embora com esse ogro aí. — acabo rindo.

Lore: Tal pai e tal filho. — ela concorda e eu olho para Victor, que bebia seu copo de bebida ao lado do pai e dos meninos.

Olho para o corredor, vendo Ayarla sair dali e logo me seguida o Nando. Esse dois... venho percebendo que os dois andam muito juntos e sei que ficam escondidos. Mas ela fazer isso aqui, onde está o pai e o irmão, não vai dar muito certo se eles souberem.

Nando: Papo reto, tu é muito feia aqui. — me viro para ele, que chega com a minha identidade na mão — Ainda bem que trovão te encontrou agora, porque se fosse antes, nem te conhecer, eu teria conhecido. — olho pra ele de cara feia.

Lore: De onde tu tirou a minha identidade? — pego da mão dele.

Nando: Dali da tua bolsa. — ergo a sobrancelha — Tu tinha quantos anos hein?

Lore: Acho que tinha quinze. — olho para a minha foto, realmente, muito feia — Tu quer falar o que? Duvido que tu era bonito, me mostra tua identidade aí. — ele pega o celular do bolso e tira a capinha.

Nando: Paizão era lindo, fala tu. — pego a identidade da sua mão, vendo uma coisa horrível, uma criança, parecia ter uns dez anos.

Lore: Uma criança e mesmo assim, feio. — ele cruza os braços — Aqui tu nem imaginava ser do crime, aposto, isso daqui tá é vencido. — ele me olha com cara de deboche.

Nando: Pelo menos eu tenho, o teu marido nem deve ter.

Lore: Tem sim, inclusive é uma foto recente. Aceita que daqui, você daqui é o mais feio.

Nando: Nos vai ver nesse caralho ágora. — pega a identidade da minha mão — Aí, todo mundo que trouxe identidade, quero esse bagulho na minha mão! — olho para ele gritando.

Mirele: Pra que tu quer a identidade?

Nando: A aniversáriante que tá se achando a bonita, e ainda disse que na minha eu sou feio. Quero a comparação de todo mundo. — olho para a sena que ele tá fazendo e nego com a cabeça rindo — Tô brincando não, quero a de todo mundo. — e não é que todos deram? Na verdade, Victor nos trouxe e o pai também, e Gw não quis dar — Bando de gente feia, papo reto. — arruma as identidades na mesinha — Eu sou o único mais gostoso, Rato só não fica em último lugar porque Gw nos quer dar o dele.

Rato: Isso é porque deve parecer uma hiena. — Guilherme cruza os braços.

Gw: Quer falar o que? Rato. — fala na ironia.

Rato: Vem comparar comigo, pra ver quem é mais bonito, irmão. — Gw descruza os braços e anda até a mesinha, pega a identidade do bolso e joga na mesa.

Gw: Compara esse caralho ai. — Nando pega colocando junto a de todos.

Nando: Papo reto, nenhum ganha de Lorena. — olho pra ele.

Lore: Ninguém ganha é pra você que é horrível. Parece uma caveira. — todos riem — O vulgo deveria ser caveira.

Mirele: Tu nasceu em São Paulo, Nathalia. — olho pra ela.

Nathalia: Sim, mas ainda pequena vim morar aqui.

Nando: Por isso tem o sotaque errejota. — pega a identidade de Gw — Qual foi? Que maluquice. — pega a minha identidade — O pai de vocês dois tem o mesmo nome. — ergo a sobrancelha, chegando perto dele e vejo o nome do meu pai, igual ao nome do pai de Guilherme — Nunca vi um bagulho desse.

Gw: Me dá esse bagulho aí. — pega a identidade dele da mão do Nando e eu olho para ele calada — Debe ter sido coincidência, alguém coisa assim, pô. — vejo Victor olhar para ele.

Rato: Mermo nome da primeira letra até a última eu nunca tinha visto não.

Nando: Se o pai é o mermo então vocês só podem ser... — interrompo ele.

Lore: Irmãos. — completo.

5/5

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora