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Trovão ⛈️

Respiro fundo, olhando para aquele filho da puta, que me olhava pedindo perdão.

Eu via arrependimento em seu olhar, ele implorava, se humilhava, até chorar, pedindo pra eu parar.

E a única coisa que eu fazia, era não parar. Eu tirei todos os seus dedos dá mão, do pé. Quebrei o nariz dele, e eu não sei como esse filho da puta ainda tá acordado, papo reto.

Ele implorava pra eu parar e quando eu disse que ia arrancar os dois olhos dele, foi aí que ele se desesperou, pedindo perdão.

Olho para a mulher morta ao seu lado, eu diz ele matar ela. Essa também é uma filha da puta do caralho, arrombada!

Caterine.

Ela tava esse tempo todo com Cambio, e eu não desconfiei de caralho nenhum. Até porque eu achei que essa peste tinha achado o caminho dela, longe da minha vida. Mas na realidade, uma X9 do caralho, porra.

É isso tudo faz sentindo pra caralho, ela viver espalhando que era mulher de um envolvido. Olha aí o envolvido.

Trovão: Pega aí a gasolina. — pego a minha pistola na cintura e dou um tiro e capa pé seu, que grita mais ainda de dor. Eu olhava aquela cena sem saber qual era o meu sentimento, se era de prazer ou de ódio. Nando me dá a gasolina e eu ando até ele.

Cambio: Eu... eu sou teu ti-tio. — fala gemendo de dor e falhadamente.

Trovão: Tu é o tio do capeta, dá o cu do caralho. Arrombado. — abro a garrafa jogando por cima do seu corpo inteiro, vendo ele gritar alto. Empurro ele no chão e afasto a cadeira pra longe dele. Me afasto dele e ascendo o fósforo jogando em cima do filho da puta.

Eu podia ver o fogo se espalhar pelo seu corpo e ele gritar, mas logo parar por ter perdido as consciência. Pego a minha pistola e dou vários tiros nele, pra ter a certeza que o arrombado morreu.

Sinto um peso sair do meu corpo e respiro fundo, me virando para sair.

Trovão: Bora. — falo seco, saindo da casa dele. Descobri tudo, a casa onde morava, tudo mermo. Cheguei aqui e ele estava dormindo ao lado de Caterine.

A vingança é um prato que se come frio.

Entro no carro, vendo Rato entrar e sentar no banco do passageiro. Gw e Nando estavam no outro carro, junto com outros manos em outros carros.

Rato: Tá de boa, irmão? — toca no meu ombro e eu ligo o carro, ficando calado. Rato entende que eu não queria papo e apenas afasta a mão, ficando calado, enquanto eu dou partida, sendo seguidos pelos carros.

O bagulho ainda mexe com o meu psicológico.

Nada disso teria acontecido se ele não tivesse matado o meu pai. Uma saudade fora do comum, papo reto. É foda tu perder alguém que ama, é foda de verdade.

Cinco meses que ele morreu e parece que foi ontem, parece que nunca passa. E nunca vai passar, essa dor no peito, essa saudade, papo reto, sem nexo!

Vou o caminho todo calado, eu não tava me sentindo bem.

Paro em frente a boca e desço do carro, não esperando nada e nem querendo saber de nada. Já se passavam das quatro horas da madrugada. Nós passou o dia todo lá, rodiando a casa dele, até ver ele entrar com a mulher. E foi quando aconteceu tudo.

Entro na minha sala e sento naquela cadeira. Jogo minha cabeça para trás, sentindo uma lágrima escorrer pelo o meu rosto.

Abro a minha gaveta e pego o saquinho transparente com o pozinho branco. Despejo em cima da mesa e fico parado olhando. Pego o bolo de dinheiro e tiro uma nota de cem qualquer, aproximo meu rosto da mesa e inspiro aquele pó.

Coço o nariz, repetindo a mesma coisa.

Minha mente ia explodir...

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora