15.

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Lorena 🍇

Já se passavam das duas da manhã e eu tinha bebido todas!

Já tava bem altinha e dançando pra caralho. Amo um funkinho, amo rebolar  a bunda.

Lore: Mais uma vez, tesão foi mais forte que eu! — cantor com Mirele. Mirele rir de mim e toma a bebida da minha mão, dando um gole.

Lore: Pega um pra tu, vagabunda. — tomo da mão dela e dou o último gole — Agora vai ter que pegar pra mim. — ela nega — Puta! Ela me puxa pra dançar e eu vou indo na onda.

Mirele: Ih, olha quem tá te olhando. — ela olhar para um lugar e eu olho para onde ela tava olhando, vendo o Trovão, encostado na parede, me olhando. Ele estava de preto, dos pés a cabeça.

Lore: Deixa ele olhar. — tiro meu olhar dele e olho pra ela, que sorriu. Jogo meu cabelo pro lado e começo a rebolar minha bunda no ritmo da música, junto a Mirele. Dou uma olhadinha pra ele e o mesmo continuava me olhando, mas agora com um baseado na boca. Sempre de cara fechada e posturado. Ele levava o baseado até a boca entre os dedos e tragava, logo dotava a fumaça e continuava a me encarar.

Lore: Pega bebida pra mim, Mirele. — ela me olha revirando os olhos.

Mirele: Tu pede muito! — me ignora total, voltando a dançar. — Vem, vamo descer até o chão! — me puxa pra dançar. Descemos no ritmo da música, e eu joguei meu cabelo pro lado, olhando na direção dele, que ainda assim, me olhava.

Lore: Vou ver se ele me segue. — bebo um gole de whisky. Estava bebada, e veio uma enorme vontade de ficar com ele.

Mirele: Vai mona, pega o bofe mesmo! — fala alto e eu dou uma gargalhada. Entrego meu copo pra ela e pego minha bolsa. Vou andando à procura de um banheiro e aproveito para passar por ele. Passo olhando para o mesmo e dando um sorriso de lado. Trovão não demonstra nenhuma expressão, continua de cara fechada, apenas me encarando também.

Andei pelo lugar e finalmente encontrei um banheiro, a fila estava enorme! É só tinha apenas um banheiro, para várias pessoas. Fiquei um tempo naquela fila, pra finalmente conseguir entrar. Fiz o que tinha que fazer, lavei as mãos e sai dali. Tava muito sujo, nem sentei no vaso com nojo de pegar alguma infecção.

Fui andando tranquila, enquanto arrumava meu cabelo, até que sentir alguém me puxar pelo braço, pra um lugar mais afastado.

Lore: Que porra... — falo assustada, sentindo ele tampar minha boca.

Trovão: Tu tava me olhando por causa de que? — olho pra ele de cima a baixo, e ele aos poucos tirou a mão na minha boca.

Lore: Eu que te pergunto, você que tava me olhando! — começo a falar — Gostou muito do que tava vendo? — ele fica parado me olhando. O local era escuro, mas eu conseguia enxergar ele perfeitamente. — Responde, bofe! — falo.

Trovão: Bofe, bofe, quero ver o bofe quando tu levar umas madeirada nas perna pra aprender a respeitar bandido! — falou todo grosso e cruzou os braços, na postura dele de ser.

Lore: Grosso! — reviro os olhos.

Trovão: E grande também, quer tocar? — olho pra ele semiserrando os olhos e rindo logo em seguida. — Tem algum palhaço aqui, pra tu tá rindo?

Lore: Tem. — arruma a minha bolsa — Você! — me arrependo na mesma hora do que tinha falado, quando sinto ele agarrar o meu braço com força. A única coisa que eu pedia era proteção a Deus.

Trovão: Tá achando que tu é quem, porra? — grita comigo — Repete o que tu falou, filha da puta! Repete! — aperta com mais força. Eu via raiva em seu olhos. Estava com muito medo dele, medo de morrer ali mesmo. Ele não estava com pena nenhuma de mim, apertava com muita força. Eu tentava não demonstrar fraqueza, pois isso seria o pior momento para isso. Se ele acha que eu vou me rebaixar tá muito enganado!

Lore: Você é o palhaço! — falo,mas me arrependo novamente. Trovão me empurra com força na parede, fazendo minhas costas baterem com tudo. Ele coloca a mão no meu pescoço e começa a apertar com força.

Lore: Me solta! — falo com um pouco de dificuldade, sentindo um incomodo.

Trovão: Soltar? — fala próximo ao meu rosto — Cadê a marra que tu tava agorinha? Crescendo pra cima de mim? E agora? Faz essa marra agora, porra! — apertou mais forte e eu levei minha mão até a sua, tentando fazer ele soltar — Quero ver agora! — eu estava sentindo a falta de ar, minha pressão caindo. Eu tentava soltar, fazia de tudo, mas eu já tinha perdido as forças.

Tive uma única reação. Tirei forças de onde não tinha e aproximei meu rosto do dele. Ele parecia não entender, e eu apenas encostei nossos lábios um no outro. Ele não correspondeu, mas eu fui sentindo meu pescoço ser soltado aos poucos e ele começar a me beijar. Sua outra mão que não estava no meu pescoço, foi indo em direção a minha bunda e senti minha carne sendo apertada com uma força.

Coloco minhas duas mãos em sua nunca e passo as unhas de leve. A língua dele percorria por toda minha boca, tendo um gosto de maconha misturado com menta. Ele foi descendo os beijos para o meu pescoço, fazendo eu jogar a cabeça para trás, deixando escapar um pequeno gemido. Trovão voltou a beijar minha boca e sua mão foi descendo para a minha intimidade, mas eu logo parei o beijo e me desincostei dele. Ele me olhou sem entender e eu me afastei, tirando suas mãos de perto de mim.

Trovão: Coé? — pergunta confuso — Vai me deixar assim, você? — olho pra ele no deboche e jogo meu cabelo para atrás.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora