16.

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Trovão ⛈️

Essa mina é maluca, pô! Tem medo da morte mermo não. Cresceu pra cima de bandido.

Ela pensa que eu não vi ela me provocando, fui logo atrás pra saber qual era a dela. Se tava me provocando, tava procurando alguma coisa de mim. Ela peita o cara mermo, sem medo algum.

Mas comigo é diferente, já tava quase levando ela pro desenrolo, aí a mina me beija. Neguei não, até porque já tava na vontade, fora que ela é gostosa pra caralho, pô. Nego ninguém não!

O mal dela é esse deboche e a marra. Mas isso é o que faz eu me interessar mais ainda nela, por ela me peitar, ser diferente das outras.

Lore: Ih, bofe. — debocha — Te dei a amostra grátis e tu já quer o produto? - ergue a sobrancelha— Calma aí, o produto é caro! — joga o cabelo pro lado e arruma a postura — Quem sabe numa próxima? — se via pra sair. Eu digo, pô. Essa maluca e maluca de verdade, papo reto. Eu chego perto dela e seguro o seu braço.

Trovão: Segura tua onda. — ela se vira para mim e nega com a cabeça. Mina tá achando que é assim — Tá pensando que eu não sei que tu só me beijou pra não apanhar? — ela fica calada — Se liga, porra. Tu é esperta, mas eu sou mais ainda! Tá achando que vai ficar assim? Tu chama bandido de palhaço e vai ser suave? — falo puto.

Lore: Nunca falei isso? Falei? — paga de doida — Porque não lembro! — bufou — Deixa eu ir, agora. — tenta se soltar, mas eu não deixo, continuando a segurar seu braço.

Trovão: Tu tá proibida de pisar nessa favela, é o papo! — ela abre um olhão e rir. Quero só ver essa marra dela agora.

Lore: Brabão que eu não piso! — confia no deboche e eu puxo ela mais pra perto de mim, chegando bem perto do seu ouvido.

Trovão: Bora ver, então! — sussurro, sentindo ela se arrepiar e solto seu braço com tudo.

Lore: Veremos! — se vira dali e começa a andar, jogando o cabelo para trás. Meu olho para em sua bunda e solto um sorriso pra mim mermo. Mandada! Só quero ver ela pisar, vai levar madeirada pra aprender a respeitar bandido! Tô dando muito mole com ela.

Saio dali e mando um menor chamar alguma mina pra eu relaxar. É o que tinha pra fazer, tava puto que ela me deixou daquele jeito.

Quando voltei pro lugar que eu tava, Lorena ainda tava lá, dançando com a amiga pra caralho. E bebendo mais ainda. Mas meu olhar bateu com Ayarla dançando com a amiga dela e pagando calcinha. Fiquei puro! Bagulho feião isso! Coisa de piranha. Onde que eu vou deixar ela fazer esse bagulho? Altos vagabundo olhando pra ela. Ela só tá fazendo isso porque o coroa partiu pra casa com Michele e eu não tava no camarote. Filha da puta é esperta. Chego nela já puxando pelo cabelo.

Trovão: Tá de sacanagem, Ayarla? — grito e ela me olhou assustada. — Vai pra casa agora, porra! — seguro ela mais forte. Hoje tá sendo só estresse na minha vida!

Ayarla: Me solta, Victor! — tenta se soltar, mas é em vão.

Trovão: Bagulho de piranha isso, caralho! — vejo a amiga dela sair de perto. — Vai tomar porrada pra aprender! — saio puxando ela dali.

Ayarla: Me solta, porra! — grita.

Trovão: Tu tá doidinha pra morrer. — puxo ela com mais força — Quero ver quando o meu pai ficar sabendo, tu vai tá mais fudida do que tá agora. — mando um menor buscar meu carro.

Ayarla: Eu só tava dançando, cara! O que demais tem isso? Tu nem meu pai é!

Trovão: Tu só tem dezessete anos, tem que ter postura, pagando calcinha pra vagabundo ver. Posso não ser teu pai, mas sou teu irmão mais velho, se liga, rapá!

Ayarla: Porque tu não vai se preocupar com tua mulher que tava dançando perto do palco?

Trovão: Que papo é esse? — pergunto. Caterine tava em casa a mais de duas semanas, botei de castigo. Tô nem entendendo esse papo.

Ayarla: Pois é! Ainda soltou indireta pra mim, falando que ia almoçar hoje lá em casa. — nego com a cabeça e passei a mão pelo meu cavanhaque. Mulher é só estresse, porra! Pego meu rapidinho e aciono um mano.

Trovão: Se liga, se tu ver Caterine por aí, leva ela pra casa! — falei e logo guardei o radinho. Com essa filha da puta eu me resolvo depois. O carro chegou e eu já fui jogando Ayarla lá dentro. Ela foi o caminho todo calada, queria nem papo comigo. Cheguei em casa e entrei com ela, o coroa tava deitado no sofá. Já fui mandando o proceder pra ele. Ele já foi ficando puto!
Michele chegou lá e começou a brigar com nós. Mas eu tava nem aí!

Gritei e deixei pro meu pai dar umas pauladas pra aprender a ter postura. Ela foi chorando pro quarto e Michele começou a gritar com nós. Dei nem atenção, fui partindo pro meu quarto. Nem vontade de voltar pro baile eu tava. Muito estresse.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora