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Trovão ⛈️

Mina me estressa pra caralho, mas também transa pra uma porra. Sabe fazer do jeito certo!

Me dei como vencido e até dormi coladinho com ela, papo que faz uma cota que eu não faço isso, nem com a minha mulher! Mas eu olhei pra ela e meu deu uma vontade, que puta que pariu... A noite foi boa, mas depois a mina acordou putassa, nem entendi, só que eu nem ligo. Não obriguei ela a nada, ela merma que mandou eu beijar ela. Ainda veio com o papo "o que aconteceu ontem, morre ontem". Transa da mina ficou guardada, já tá na lista, ela que se ligue!

Ela tava do meu lado dormindo, e eu com uma fome da porra. Mas nem queria descer. É uns mano tudo puto, não tem nem papo de conversa! E ainda ficam fazendo mil pergunta pro cara, zero paciência pra responder. Fiquei lá só resolvendo algumas pendências, até Caterine me ligar.

ligação on

Trovão: Fala logo, tô em missão.

Caterine: Amor? Finalmente! Tô a dois dias tentando falar contigo, cara, tava preocupada, Trovão! — reviro os olhos.

Trovão: Como eu te falei quando eu vim e acabei de falar agora, tô em missão.

Caterine: Eu sei, mas cê tá bem? Aconteceu alguma coisa?

Trovão: Tô suave. — Lorena se mexe na cama e me olha, depois só fala um "que horas são?" — Vou desligar aqui, depois nós se fala.

Caterine: Eu escutei uma voz de uma mulher aí, quem é? Que é que tá aí? — começa a falar alto.

Trovão: Não começa. — resmungo, sem paciência.

Caterine: Quem é que tá aí contigo, Trovão!? — desligo na cara dela. Vacilei em não ter ido na varanda, agora aquela porra vai ficar enchendo meu saco.

Levanto da cama e Lorena não comenta mais nada sobre o assunto, só fica olhando para um ponto fixo, como se tivesse raciocinando ainda. Pego um baseado e vou até a varanda, pego o isqueiro e ascendo, começando fumar. Aproveito e mando o proceder do que estava acontecendo pro meu pai.

Depois desci com Lorena e ela voltou a se juntar pro grupo das mulheres, enquanto eu fiquei conversando com algum cara qualquer.

Graças a Deus é o último dia nesse inferno.

[...]

Lorena 🍇

Aproveito que vejo Helena mexendo no celular sozinha e chego de fininho.

Lore: Oi. — sento um pouco afastada dela, que me olha.

Helena: Oi.

Lore: Você é meia reservada, né?

Helena: Sou um pouco. — fala tímida.

Lore: Percebi, mal sei seu nome...

Helena: Olha, vamos ser sincera, alguém te mandou aqui pra falar comigo? — gelei na hora. Aja naturalmente, Lorena.

Lore: Por que dá pergunta?

Helena: Ninguém chega em alguém querendo ser gentil, alguém te mandou aqui né?

Lore: Agora eu não posso querer bater um papo com você? — ergo a sobrancelha — Pois eu também quero saber, quem me mandaria aqui?

Helena: Ué, aquelas monas ali. Nenhuma foi com a minha cara, percebi que ficaram falando mal de mim! Querem que você fale algo da minha vida pra elas? — solto o ar, que eu nem sabia que estava preso.

Lore: Não. Elas não me mandaram aqui não, tô vindo por conta própria. Só te achei meia distante, e quis te conhecer um pouco.

Helena: Hm...

Lore: Se você quiser eu posso ir embora. — me levantei.

Helena: Não, fica, pode ficar. — sorri e sentei novamente. Tá entrando no meu joguinho.

Lore: Então, vou me apresentar de novo. Oi, meu nome é Lorena. — ela sorriu.

Helena: Meu nome é Helena. — e aí fomos conversando um pouco, apesar de tudo, achei ela super legal, e se for ela realmente, acho uma pena estar se aproveitando dela.

Helena: Seu marido tá olhando pra cá. — olho pra trás, vendo o mesmo me olhando. Tinha que ser esse palito de fósforo!

Lore: Nem liga, ele tá puto por eu não ter dado um beijo nele assim que acordou. — inventei qualquer coisa que veio na mente e ela riu, fazendo eu acompanhar.

Helena: Já Baiano fica puto quando eu dou beijo nele assim que ele acorda, diz que a gente fica com bafo. — sorri. Baiano.

Lore: Esses homens são uma graça, né? — ela assentiu — Gostei tanto de tu, queria até que tu fosse em um baile lá no jacaré, são os melhores!

Helena: Os melhores? Quero ver então, porque os que eu tô acostumada a ir no morro em que eu moro, pra mim são os melhores também. — ri. Agora é o meu momento.

Lore: De que morro tu é? — ela me olhou e ficou calada — Falei alguma coisa de errado?

Helena: Não, é que não costumo falar ondo eu moro pra todo mundo... — falou sem graça.

Lore: Desculpa, não queria falar por mal.

Helena: Fica tranquila. — respirou fundo. — Mas eu gostei tanto de tu, vi que não tem maldade nenhuma. A gente deveria se encontrar mais vezes, eu sou da Nova Holanda, conhece?

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora