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Trovão ⛈️

Olho para a cena que eu vai em minha frente. Eu procurei ele por todo lugar, até achar ele aqui.

O próprio irmão, matou ele.

Corro até o seu corpo, sentindo as lembranças surgirem em minha cabeça.

Victor: Mãe? — chego em casa, jogando a mochila no sofá. Tava morrendo de fome, pô. Afim de comer o rango da coroa — Mãe! — grito por ela e não sou respondido — Saiu? — me pergunto e vou procurá-la em seu quarto.

Ando pelo corredor, enquanto tiro a farda da escola do meu corpo e ponho a camisa em meu ombro. Chego em frente ao seu quarto e abro a porta.

Meu olhar para em seu corpo deitado no chão e eu ergo a sobrancelha.

Victor: Coroa? — não sou respondido e corro até o seu corpo — Mãe. — me abaixo e balanço ela, que estava gelada — Mãe! Acorda, mãe, acorda! — começo a ficar nervoso — Mãe! — grito — Faz isso comigo não, mãe. — começo a chorar, ainda balançando o seu corpo — MÃE!

Meu pai.

Meu pai estava morto em minha frente.

Me abaixo ao seu lado e olho para os tiros, que iam da testa, para o peito. Começo a chorar, não acreditando naquilo.

Trovão: Faz isso comigo não, pai. — sinto as lágrimas descerem pelo o meu rosto — Não, não. — mecho nele e escuto o radinho caído ao seu lado apitar.

— Meus pêsames, sobrinho. — escuto a voz dele — Agora o teu papai vai morar no inferno. — pego o radinho.

Trovão: Tu vai se fuder na minha mão, arrombado! Eu vou atrás de tu aí de tu tiver, eu vou te matar com as minhas mão, vou fazer tu implorar pedindo pra morrer! — grito.

Câmbio: Porra, tô morrendo de medo. — escuto sua gargalhada — Agora tu é o dono do morrão. Bom aproveito pra tu. — jogo o radinho no chão, fazendo ele ele se quebrar no chão.

Eu olho para o corro do meu pai e me deito em cima dele, chorando.

[...]

Lore 🍇

Abro meu olho, sentindo meu corpo doer e a luz forte vir em minha direção, fazendo eu fechar os olhos e abrir novamente. Olho para a pessoa ao meu lado e ela me olha.

Mirele: Graças a Deus. — levanta do sofazinho e vem em minha direção — Já faz cinco horas que você tá dormindo. — olho para o bercinho ao lado da cama — Você tá sentindo alguma coisa?

Lore: Só uma dor de cabeça forte e eu sinto meu corpo todo doer, minha virilha, eu sinto ela doer também. — me levanto um pouco, sentando na cama.

Mirele: Você perdeu muito sangue. — olho para ela — Sua pressão caiu e você desmaiou, eu não sei muito bem o que aconteceu, até porque eu tava muito nervosa, o que eu sei é que eu acho que botaram um medicamento que fez você dormir. — concordo.

Lore: Eu não consegui ver ele direito. Eu quero pegar ele — ela sorrir e eu sinto meu coração acelerar — Traz ele pra mim, Mi. — sinto meus olhos lacrimejarem e ela anda até o bercinho, pegando ele com cuidado nos braços. Olho para o bebê em seus braços e Mirele anda em minha direção — Eu não sei como se pega ele. — sorrio de emoção e ela faz o mesmo, me ajudando a segurar ele.

Mirele: A enfermeira me ajudou a saber como pegar ele. — olho para o meu filho em meus braços.

Seu rostinho bochechudo, o nariz pequeno, os olhos e a boquinha, o rosto todo limpinho. Ele era cabeludinho, os detalhes do rosto, não pareciam com os meus, parecia com os traços do pai. Sua roupinha de ursinho azul, cobrindo o seu corpo todo, luvas e meias combinando com sua roupinha.

Ele era perfeito.

Toco em suas mãozinha pequena, sentindo as lágrimas descerem pelo o meu rosto.

Eu sou mãe.

Lore: Meu Breno. — aproximo meu rosto dele, vendo ele mexer a boquinha, ainda dormindo.

Mirele: Já, já ele acorda com fome. — olho para ela — Ele teve que mamar enquanto você dormia, a enfermeira ajudou. — fico calada — Daqui a pouco ela deve vir.

Lore: Cadê o pai dele, Mirele? — ela muda a expressão — Trovão sabe que o filho nasceu?

Mirele: Eu não sei, Lore. — fala verdadeiramente.

Lore: E o que você sabe?

Mirele: Ele já foi achado. — respiro aliviada, sentindo o peso que eu sentia, ficar leve — Ele e o Pedra... — respira fundo — O pai dele, morreu. — arregalo os olhos.

Lore: Sério isso? — pergunto sem reação.

Mirele: Rato me falou que foi o Câmbio, o irmão dele. — nego com a cabeça.

Lore: Meu Deus. — coloco a mão na boca — Eu nunca confiei nesses homem. — nego com a cabeça — O pedra... eu quero saber sobre Trovão.

Mirele: Eu não consegui mais falar com Rato, eu não sei se ele sabe se Breno nasceu, só sei disso.

Eu quero saber dele, ele deve tá sem chão...

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora