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Lorena 🍇

Um mês depois...

Em um mês eu melhorei bastante.

No terceiro dia na casa do Victor eu voltei pro Chapadão com Mirele. No começo foi bem complicado ficar por aqui... chorava todos os dias lembrando das coisas que eu passei com ela. Só vim melhorar de uns dias pra cá. Claro que quando eu lembro da minha mãe me dá uma tristeza, mas eu entendi que chegou o dia dela.

Uma pessoa que me ajudou bastante esses dias foi o Victor. Vivia pegando no meu pé pra eu comer e vinha aqui altas vezes.

Que inclusive ele estava aqui.

Minha barriga deu uma crescida, não tá grande, mas já dá pra perceber que tô grávida. Meus enjôos praticamente pararam, mal sinto. E graças a Deus! Só agradecer, finalmente essa fase está passando. Tô com três meses e três semanas, quase beirando os quatro meses.

E não vejo a hora de ir saber o sexo do meu neném, mas só posso ir no dia que o pai puder ir comigo. Sério mesmo, muito chato! Vive no meu pé, fica me agarrando, me beijando e os caralho. Ainda fica me cobrando altos bagulho.

Desse aí eu nem ligo mais, faz coisa pior e ainda vem com papo de ciúmes.

Lore: Quié, Victor? — falo com ele, que tava enchendo meu saco.

Trovão: Fala direito com o pai dos teus filhos. — ergo a sobrancelha.

Lore: Filhos? Que eu saiba só tem um bebê na minha barriga.

Trovão: Vem mais, pô. Vai achando que nós só vai ter esse.

Lore: Claro que vamos só ter esse, tá achando que é o MC Catra? Se enxerga! — ele puxa meu cabelo — Filho da puta do caralho.

Trovão: O respeito enfiou no cu, né?

Lore: Enfiei e no seu.

Trovão: Piranha do caralho.

Lore: Piranha não tá, mãe do seu filho.

Trovão: Nem dou mais ligança. — senta na minha cama — Vai achando que tu vai sair de saia e ainda mais na moto. — viro meu rosto e olho para ele.

Lore: Já disse que eu vou usar o que eu quiser, porque o corpo é meu e a roupa também. Então eu uso o que eu quiser, anjinho. — mando beijinho.

Trovão: Lorena, Lorena... — falo em um tom nada bom.

Lore: Pode falar, bofe. — viro meu rosto me olhando no espelho. Linda demais.

Trovão: Minha mão voa na tua cara, hein porra.

Lore: Só na hora do sexo, pode ser? — ele rir.

Trovão: Sorte tua que tem meu filho na barriga. — reviro os olhos — Bora que eu não tenho todo tempo do mundo não.

Lore: Espere, por acaso você nasceu de sete meses? — ele manda dedo do meio pra mim. — Me deixa na Mirele, ok? — Falo na Mirele, porque ela tá morando mais lá do que aqui. Só falta levar o resto das roupas, porque a maioria já foram.

Trovão: Tua buceta que eu te deixo lá. — levanto e pego minha bolsa — Vai dormir lá em casa, qual foi? Não vou deixar meu pivete em qualquer canto não. — respiro fundo.

Lore: Você tá me deixando lá, não seu "pivete". — dou ênfase.

Trovão: E o meu "pivete" tá dentro de quem? — deu ênfase.

Lore: Dá tua rola. — ele chegou por trás de mim.

Trovão: Eu ainda te pego, Lorena. — reviro os olhos.

Lore: Jura? — saio de perto dele e começo a andar até a saída. Abro a porta e deixo a chave na porta, indo até a moto dele e ficando encostada.

Ele sai um tempo depois e tranca tudo, me entregando a chave. Desencosto da moto e ele sobe, ligando ela. Chego perto para subir, vendo ele olhar de um lado para o outro. Bufei em ver aquilo e subi. O ogrinho me entregou o capacete e quando eu terminei de colocar, ele já foi catando pineu.

Um tempinho depois a gente chegou no jacaré, e a maioria das pessoas ficavam olhando para a gente e gente e comentando. Nem ligo mais, é o pai do meu filho, posso fazer o que? Claro que tenho que andar com ele. Ele parou a moto na casa dele e eu desci.

Fui até os seguranças, com Victor me seguindo.

Lore: Oi, Nando. — sorri pra ele. Nando era o único que eu gostava, os outros eram chatos demais. Principalmente o Guilherme, muito abusado.

Nando: Fala tu, buchinho. — sorri.

Trovão: Óia as intimidades. — olho para ele.

Nando: Ciúmes, patrão?

Trovão: Tu quer morrer, tu fala porra. — nego com a cabeça e passo por eles.

Guilherme: A educação ainda existe.

Lore: E o senso também. — mando beijinho pra ele e Nando rir. Abro a porta e dou minha bolsa pra Victor.

Trovão: Por causa de que tu tá me dando?

Lore: Pra você levar, ué. Esqueceu que eu tô carregando seu filho? — ele ergue a sobrancelha.

Trovão: Abusada demais, você. — ignoro, indo deitar no sofá.

Lore: Já foi? — sinto uma almofada ser jogada na minha cara — Vai se fuder, filho da puta!

Ayarla: Brigas tão cedo? — chega na sala — Posso ser madrinha do casamento?

Trovão: Porra de casamento. Dessa maluca eu quero é distância.

Ayarla: Inclusive trouxe ela aqui, né? É um novo tipo de distância que eu nunca ouvi falar? — ri.

Trovão: Vai arrumar uma pica pra chupar, Ayarla. — ela riu.

Ayarla: Quando eu for você não reclame. — ele cruza os braços.

Trovão: Que papo é esse, Ayarla? Quer ficar careca? Tá comendo merda? Se liga, porra. Te prendo num convento!

Ayarla: Tá bom, vai lá. — deita do meu lado — Cunha, quando é que vou saber o sexo do meu sobrinho?

Lore: Cunha nada, você quer me matar. — ela rir — Provavelmente semana que vem.

Ayarla: Ansiosa. — sorriu — Quero uma menininha.

Lore: Acho que também quero. Mas se vim um menino tá ótimo. — ela assentiu.

Ficamos conversando, até eu subir pro quarto.

Outra Dimensão [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora