Capítulo Um

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Eu ia gozar.

Quando era de quatro, era foda segurar.

E a safada sabia disso.

Ela havia começado tomando a tarefa pra si, rebolando no meu pau, enquanto eu apenas a assistia trabalhar. Acho que isso não durou nem trinta segundos e o ritmo devagar me quebrou. Agarrei a cintura dela com as duas mãos e deixei claro que só ia parar quando gozasse.

— Abre o cuzinho pra mim com as duas mãos, caralho — pedi, ofegante. Eu tinha de admitir que eu estava um pouco fora de forma... — abre pra mim gozar lá dentro...

E ela abriu. Mesmo eu metendo freneticamente, ela conseguiu levar as duas mãos à bunda com delicadeza; aquilo me deixou louco e praticamente me explodi pra dentro dela.

Acho até que fiquei surdo. Porque eu senti que gritei, mas por um segundo, não ouvi nada.

Retomando o ar, fiquei mais uns dez segundos, até dar descanso pra ela.

Eu não tinha por mim que ela iria liberar anal logo hoje — não, aquela não havia sido a primeira vez, mas sempre rola todo um ritual pra acontecer aquilo e foi tudo tão de repente que fui pego de surpresa.

Dei um último tapa de leve na bunda dela, um beijo e me arrastei pro banheiro tomar uma ducha antes de sair pra transportadora.

Às vezes me dava vontade de dizer pra ela que o que eu queria mesmo, era só anal, mas eu já tinha descolado que ela não era muito fã daquilo e não quis bancar o filho-da-puta. Eu curtia a Rafaela... justamente porque com ela não tinha dor de cabeça. Ela não perguntava muito da minha vida, nem fazia tanta questão que eu soubesse da dela. Inclusive, já tinha até me visto daquela vez com a Vanessa e simplesmente agiu como se nunca houvesse acontecido e, de certa forma, eu acho que com ela, eu não tinha vontade de tacar o foda-se — pelo menos, não por completo.

Me vesti rápido e dei espaço pra ela tomar banho de boa.

Já na sala, ambos vestidos, eu perguntei:

— Te machuquei?

Ela abriu mais os olhos... aquela expressão que eu conhecia bem.

— Seu pau... vai, você sabe que o seu pau é grande. Mas você sabe fazer direito.

— Desculpa aí... — sem jeito, peguei meu celular em cima da mesa e fui seguindo pra fora. — Quiser tomar café, fica à vontade.

— Vai trabalhar?

— Preciso.

— Precisa mesmo? — ela debochou, indo até a geladeira. — Você não é o dono de lá?

Um dos donos — salientei. — Pra botar o gado na linha, tem que ficar sempre de olho.

Era aquilo que meu pai sempre dizia...

... mesmo estando a uns quinze anos sem trabalhar de fato.

— E você não tem medo de me deixar aqui sozinha na sua casa? — olhando por cima do copo, ela tentou me provocar. Eu ri.

— Cada um sabe onde o calo aperta — alertei, abrindo a porta. — Quer tentar a sorte? Vai na fé. Só deixa tudo limpo quando você sair.

Fechando a porta atrás de mim, a deixei lá dentro sem a mínima preocupação em achar que ela poderia me zoar, levando algo embora ou coisa do tipo. Sim, não éramos do tipo que trocava intimidades, mas ela sabia que eu não era nenhum homem-de-bem e que não tinha chegado até onde cheguei fazendo caridade.

Aquele era um começo de semana leve e tranquilo, decidi comigo ao ligar o rádio pra tentar me distrair do trânsito. Espero que siga assim...

DeclínioOnde histórias criam vida. Descubra agora