-Tudo bem. - falei com uma voz relativamente
composta. Ôtimo.- Então... - ele olhou para a fila e estreitou os olhos. - Acho que devemos procurar outro lugar para comer, ou você já comeu?
- Ah, não. Eu não comi ainda.
-Então eu vou levá-la em um restaurante que fica próximo. Costumo comer lá. Um excelente lugar. Vamos?- João Pedro que ainda estava de pé, estendeu a mão para mim, um meio sorriso encantador nos lábios. Quando ele sorria para mim eu ficava
paralisada, incapaz de agir como um ser humano normal.
"VAMOS JÚLIA! NÃO É HORA DE FICAR
DESLUMBRADA COM O SORRISO DELE, SUA
IDIOTAI".- João Pedro, eu tenho que trabalhar logo. Se eu for com você posso me atrasar então.. - murmurei super triste por não ter meu momento com ele. Cara por que logo hoje ele tinha que ter uma reunião urgente?
- Não se preocupe. Eu sou seu chefe afinal. Não irei penalizá-la em nada. Por favor, me dê o prazer de sua companhia? - ele pediu, os olhos tão calorosos que por Deus, foi muito para mim!
Levantei-me cambaleante e segurei sua mão.Todas as mulheres e até funcionários do sexo masculino olhavam para a cena, atônicos. Bem, naquele momento eu não liguei de ser o centro das atenções.
Infelizmente assim que começamos a caminhar
para a saída do refeitório, João Pedro soltou minha mão.
Uma pena. Eu estava adorando segurar a sua mão macia e um pouco fria, mas ainda sim um contato agradável. Fomos para o seu carro, ou sua nave, era um carro realmente soberbo! Mota gentilmente abriu a porta para mim e assim seguimos silenciosos para o restaurante o que eu agradeci.Se eu iria passar alguns minutos em sua companhia, eu tinha que me preparar e ficar falando com ele não iria ajudar no processo.
Eu me permiti ficar perdida em pensamentos, mas infelizmente meus pensamentos eram com Joao então não deu para me tranquilizar como eu queria..- Chegamos. - Mota disse.
Eu nem havia me tocado que ele já havia
estacionado seu carro. Apressei-me em abrir meu cinto de segurança e sai sem esperar que Mota abrisse a porta para mim. Segui junto a ele calada e estaquei quando a porta do estabelecimento abriu automaticamente. Só então percebi o quanto era chique o restaurante em que estávamos. Oh merda!
Era só o que faltava agora!- Bem vindos! Ah, senhor Mota, que alegria
em vê-lo e.. - o funcionário olhou para mim, deve ter notado pelas minhas vestes que eu era pobre. Lançou um olhar de desdém. - É a sua convidada.- Olá Sebastian. Veja-nos a mesa de sempre, sim? - senti a mäo de mota em minhas costas e meu coração bateu erraticamente.
- Ah, como quiser. Sigam-me. - O funcionário disse e passou a caminhar.
Não ousei olhar para os lados e verificar a opulência daquele local. Mantive meus olhos no chão.Algumas vezes tropecei, mas João Pedro parecia estar pronto para me erguer caso eu caísse estatelada no chão. Isso não podia estar acontecendo, não é? Como eu passei de mulher invisível na vida de Mota para a garota especial que ele levava para almoçar em um restaurante chique? Eu nunca saberia repassar a história pra alguém.
- Sentem-se. - o funcionário disse e João puxou
a cadeira para que eu sentasse. Sempre tão
cavalheiro!
O funcionário nos cedeu para cada um cardápio.
Eu o peguei e quando o abri quase tive um treco.
Nem mesmo todo o meu salário poderia ser o
suficiente para uma refeição nesse restaurante.
Comecei a suar frio.- Vamos fazer os nossos pedidos Júlia. Você me
acompanharia em um vinho? - Mota perguntou.
Eu o olhei, devia estar pálida. Como diabos eu ia pagar a minha parte?- Bem eu.. João.. Senhor Mota esse... Eu não
vou poder pagar a minha parte. - sibilei querendo o enterrar minha cabeça no chão como uma ema.Mota sorriu.
- Você é minha convidada. Claro que serei eu a
pagar seu consumo aqui.- Não posso aceitar! Tudo aqui é muito caro senhor.
- Me chame de João Pedro, por favor. ele virou-se para o funcionário e disse - Uma garrafa de seu melhor vinho tinto. Eu não desejo comer nada, mas a senhorita certamente deseja. Diga-me Júlia, o que deseja comer? - cruzou as mãos e as colocou abaixo do queixo. Foi difícil desviar meus olhos de toda a
sua perfeição e olhar o cardápio, mas eu o fiz.- Bem eu.. Eu quero algo bem leve e que não seja uma comida esquisita. - disse enquanto olhava para o cardápio. Que bosta! O que eu fui falar?
- Então recomendo um salmāo grelhado com
molho de menta para a senhorita. Um prato leve
e saboroso, - o funcionário disse e notei que tinha um sorrisinho de escárnio. Eu assenti sem graça.Os cardápios foram retirados da mesa e o funcionário
afastou-se.- Parece sem jeito com este ambiente. Perdão. Eu
deveria ter escolhido um restaurante em que você pudesse se sentir bem.- Não se preocupe João Pedro. Não me importo. Então.
Não vai comer nada? Deveria comer se não comeu até agora.
- Estou sem fome. Beberei apenas vinho.
Acompanhará-me? -perguntoue vi o mesmo
funcionário trazer o vinho.- Eu não bebo. - disse enquanto uma taça de cristal era colocada diante de mim.
- Abra uma exceção agora. Eu não gosto de beber
sozinho. Não se preocupe, você não ficará bêbada.- Tudo bem. - concordei e o funcionário serviu a
mim e a Mota.
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"The contract" Adaptação Moju
FanfictionUm plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Júlia Mara Franco é envolvida em um esquema criado por João Pedro Mota acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Mota precisava casar para poder...