"E ela se foi novamente"

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Eu estava tão excitado com a proximidade, tão faminto por ela! Meus dedos delineavam a coluna acariciando seu corpo com o intuito de satisfazer a ambos, a ela e a mim. - Estou aproveitando que a terei como minha espos por uma noite. - disse parando de dançar. Dançar era perda de tempo. Havia outras coisas que eu queria fazer.

Há algum tempo eu não tinha uma mulher. Eu poderia ter qualquer uma, claro, mas nenhuma
me atraía. Eu só queria a ela! Beijei seu pescoço enquanto a acariciava nas costas. Fiquei perdido no frenesi do momento e em um dado momento me afastei.

Eu queria beijá la, sentir aqueles lábios, tentadores. Inclinei me em sua direção novamente hipnotizado por ela toda. Júlia afastou - se e seu ato fez com que eu despertasse da letargia do desejo.

- Não posso beijá la? - perguntei confuso.

- Não faz parte do acordo! - falou raivosa. Sorri.

- Disse que seria minha mulher por uma noite e esposas beijam seus maridos. justifiquei me e novamente me aproximei para beijá la.

- Não vou beijar você. - disse firme.

A mesma se afastou de mim e caminhou para o banheiro feminino. Eu sabia, enquanto a via se afastar, que estava criando distância porquê estava perturbada com minhas investidas.

"Um pouco mais de pressão e ela será totalmente minha!" pensei seguindo-a.

Pensei no que havia feito para que ela me aceitasse esta noite, eu ofereci dinheiro e ela aceitou. Por que ela se recusaria agora?

- Tudo bem, quanto você quer para que me beije? - assim que terminei de falar, Franco parou.

- Como é que é? - perguntou atarantada. Reprimi uma risada. Ela estava tão cômica!

- Quanto você quer pelo beijo. Posso dar um cheque em branco se quiser. - peguei meu cheque do bolso e uma caneta, assinei em branco.

Ela poderia me falir, mas se eu a tivesse uma vez que fosse seria a burrice mais prazerosa que já cometi.

Enquanto Júlia estava atônica, ainda digerindo meus atos, dobrei o cheque e coloquei em seu decote.

- Está pago. - disse e não perdi tempo.

Eu não poderia perder tempo quando se tratava dela. Eu a queria de uma forma que beirava o irracional. Eu a teria naquela noite.

Enlacei seu corpo com meus braços e a encostei
na parede. Ela não iria fugir. Eu sabia que não estávamos à vista de ninguém, mas se estivéssemos eu não ligava.

Não perdi tempo, eu a queria tanto! Eu a beijei com fúria mostrando a ela todo o desejo que escondi em mim desde que passei a desejá la.

Era tão diferente! Nunca experimentei até então beijar alguém que eu amava. E amava os lábios que eu estava beijando. Os beijos que dei em Kate, em prostitutas, em minhas namoradas, nenhuma se comparava aos lábios de Júlia Franco. Eu queria mais, beijá - la não iria aplacar o fogo em mim. Eu queria deitá - la, despi - la, beijá la, lambê - la, entrar nela... Eu queria...

Algo estava errado. Após um tempo eu percebi que não estava sendo correspondido. Afastei - me a vi com uma expressão assustada, olhos tomados por água. Júlia chorava.

Júlia! O que houve? O que foi que eu...

- Como... Como se atreve? Como se atreve a me comparar com uma de suas prostitutas? Como se não bastasse tudo o que você... - murmurou numa voz sôfrega.

Sua atitude foi um choque elétrico no meu corpo. Eu me afastei percebendo a merda que havia feito.

- Eu pensei que você... Que você queria. - menti. Talvez ela engolisse a justificativa, talvez não.

"The contract" Adaptação MojuOnde histórias criam vida. Descubra agora