- Mas eu não paguei nem um centavo por tudo, quem pagou foi meu irmão. Agora é hora de presenteá la Após seu expediente você vai às compras comigo e não se atreva a negar meu pedido! - sua expressão era demormiaca. Concluí que o melhor para mim seria aceitar.
- Tudo bem. - disse e suspirei.
Mas também era uma boa fazer algo a fim de evitar Mota. Eu estava aceitando qualquer coisa ultimamente.
...
- Júlia até que enfim você chegou! - Izabela disse assim que voltei do meu horário de almoço.
- Você fala como se eu tivesse me atrasado. Eu cheguei até mais cedo. - falei colocando minha bolsa em cima da minha mesa.
- Você perdeu a cena! Mota saiu com a tal Kate de mãos dadas, foram embora de carro.
As palavras de Bela me açoitaram. Tentei manter indiferença diante de suas palavras.
- Não me importo. - falei numa voz fraca enquanto ligava meu computador.
- Que bom, isso significa que você está se curando do amor que sente por aquele traste! E aí qual a programação para depois do trabalho?
- Eu vou sair com a Ana Júlia. Agora que aderi ao hábito de compras ela quer comprar coisas pra mim. E um "não" não iria detê-la.
- Que sorte você tem! A senhora Mota tem um ótimo gosto para roupas, ela vai te deixar ainda mais deslumbrante! Eu vou querer ver o que ela vai comprar para você, viu?
- Tudo bem Bela.
Eu tentei me concentrar em meu trabalho, mas
uma parte de minha mente amaldiçoava jp pelo desrespeito. Até agora eu não o tinha envergonhado. Parece que eu era a única a manter dignidade."Você vai me pagar caro João Pedro Mota!”.
Compras com An Júlia. Tentei dissuadir - la a não gastar uma fortuna comigo, mas ela não me deu ouvidos. Tenho que admitir que seu gosto por roupas é esplêndido. Jamais imaginei que ganharia roupas tão sofisticadas como as que ela comprou. Jantamos juntas e conversamos sobre bobagens. Ela era fantástica, pensei em perguntar se João Pedro era filho bastardo de Ron.
Após passar o restante do dia com Ana, voltei sem nenhuma vontade para casa. Eram nove e trinte e três, cedo para meus atuais padrões. A casa estava silenciosa, Magdalena e sua filha já deveriam ter ido embora. Liguei as luzes da sala, mas Mota não estava lá. Talvez nem estivesse em casa. Não pensei em procurar pela casa a fim de encontrá - lo, ele que se explodisse com aquela vadia em algum motel!
Abri a porta do meu quarto e fiquei paralisada lá. Eu poderia imaginar encontrar qualquer coisa no meu quarto, até um ladrão, menos João Pedro. Ele estava deitado em minha cama com roupa e tudo. Eu me aproximei cautelosa. Ele cheirava a bebida.
- Que ótimo! - disse.
Peguei uma cadeira e coloquei bem próxima
da cama. Sentei me e fiquei encarando um João inconsciente. Como eu ia remover aquele ser da minha cama? Ao olhar seu rosto comprimido em meu travesseiro tive uma enorme vontade de acariciar os cabelos acobreados, sentir o calor do seu corpo... Minha mão estendeu involuntariamente mas eu a detive.Eu temia fraquezas como esta, eu temia desistir de tudo. Como eu era patética! Mas também mentir para mim mesma não era correto. Enquanto meu coração só tivesse ele como ocupante, eu continuaria sendo patética. Eu queria amar outro alguém, mas até agora...
Levantei me e ajeitei João Pedro melhor na cama. Retirei seus sapatos, afrouxei sua calça e sua camisa, retire a gravata deixando seus pertences à vista. Fiquei indecisa sem saber o que faria, se deveria expulsá do meu quarto ou procurar outro lugar para dormir Decidi tomar um bom banho primeiro e foi o que ex fiz. Após isso vesti uma camisola, algo que Ana Júlia comprou para mim por algum motivo insondável. Na hora de dormir eu não precisava ficar produzida Após tudo estar pronto, eu estar pronta para cair na cama, fiquei em um dilema. Acordar João Pedro e expulsá lo ou dormir no seu quarto?
"Melhor acordá lo." pensei aproximando-me dele.
Foi naquele momento que notei as marcas de batom em seu pescoço. A raiva me possuiu de tal modo que foi difícil me segurar. Como ele se atrevia a sujar-se com outra e dormir em minha cama.
- Então é guerra Mota? Vai ter guerra! - disse rumando para o meu closet.
Eu me arrumei, peguei uma bolsa com pertences
e sai de casa. Mesmo cansada eu não iria simplesmente dormir. Eu ia fazê-lo pagar de algum modo! Peguei um táxi em frente ao condomínio.O motorista olhou para mim muito mais do que a cortesia permitia.
Perguntei me se o tomara que caia preto justíssimo ou os saltos vermelhos estavam muito sensuais.
- Para onde senhorita? - perguntou.
- Leve-me a um lugar badalado. - disse. Ele sorriu encarando-me pelo espelho retrovisor.
- É pra já! - disse acelerando com o seu carro. Eu relaxei no banco enquanto tramava o próximo passo.
Pov's Mota
Eu estava muito irritado, ou talvez "irritação" não fosse à palavra ideal. Júlia passou o dia INTEIRO, no domingo, fora de casa. Sem mencionar o fato de que ela não dormiu aqui. O pior de tudo era que este acontecimento me incomodava profundamente.
“Ela vai fazer alguma bobagem e a imprensa vai me crucificar!" pensei.
Eu não me preocupei até então com o que ela poderia fazer caso ela se revoltasse com o modo como eu a estava tratando. Pensei que aceitaria calada. Perguntei me qual foi o estopim para a mudança abrupta que estava ocorrendo nela. Pense em Ana Júlia, teria ela contado do contrato? Não, se Júlia soubesse eu já não estaria respirando.
Que se dane! Eu não vou deixar aquela pirada mexer comigo. disse em voz alta procurando O meu celular. Em breve eu teria diversão.
Estar com lindas mulheres costumava ser ótimo, mas agora... A prostituta acariciava meu peito após a transa enlouquecida que tivemos naquela tarde. Estávamos deitados em uma cama, no seu quarto. Eu bebia vodca. Olhava o teto tentando relaxar com o toque, apreciar o momento. Em vão.
- Inferno. - murmurei.
- O que disse querido? - aprostituta perguntou. Levantei me desvencilhando suas mãos de meu corpo. Sorvi o restante de vodca e me apressei em pegar minhas roupas.
- Já vai? Pensei que ficaria o dia inteiro aqui - a mulher cujo nome eu desconhecia disse amuada. Ignorei. Do jeito que eu estava uma pilha não ia perder meu tempo.
- O programa já está pago. - anunciei assim que estava completamente vestido. Saí rapidamente.
Uma transa casual ajudou me como forma de distraçao por algumas horas. Júlia deveria estar em casa e eu descansaria pelo resto do dia. Pensei em perguntar onde esteve, mas isso poderia estabelece um precedente ruim. Antes de ir para casa, porém, tratei de almoçar em um restaurante qualquer.
Eu não imaginei que naquele momento eu me sentiria só. Enquanto comia, sorvia o vinho e olhava para o ambiente requintado, eu sentia algo estranh muito incômodo.

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"The contract" Adaptação Moju
FanfictionUm plano mirabolante envolvendo uma jovem pura e um ambicioso empresário. Júlia Mara Franco é envolvida em um esquema criado por João Pedro Mota acreditando que o mesmo a ama, mas a realidade é muito diferente disso. Mota precisava casar para poder...