"Eu era Dele para todo o sempre."

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- Eu sei o quanto deve ter custado a você dizer tudo isso, por isso eu agradeço. Obrigado por dizer que me ama. Eu precisava disso. Muito.

- Não faça com que eu me arrependa disso, por favor. Se você me magoar novamente, eu... - fechei fortemente os olhos e numa explosão de consciência continuei... - Eu não irei perdoá-lo se fizer algo para me machucar. - disse com a voz firme. Mota assentiu com expressão facial grave.

Eu senti um estranho relaxamento. Meu corpo antes tenso pareceu repousar agora na espreguiçadeira.

Eu vi a intenção nos olhos dele. Eu poderia impedí-lo, mas não quis. Para que resistir? Eu já havia feito o pior, dizer que o amava, então me entregar de vez a esse sentimento não era nada.

João Pedro inclinou-se beijando minha testa, logo mais depositou cálidos beijos em minhas pálpebras, nas minhas têmporas, nas minhas bochechas, na ponta do meu nariz, No meu queixo e, por fim, nos meus lábios. Encostou sua testa na minha, os olhos cor de topázio semicerrados.

- Acabou finalmente. - sussurrou. Eu dei um meio sorriso enquanto o encarava, seu rosto colado ao meu.

- É. Acabou.

No instante em que parei de falar, o mesmo me ergueu da espreguiçadeira. Aninhou me em seus braços guiando-nos para o seu quarto.

Como se eu fosse frágil, uma boneca de porcelana ou coisa assim, ele me deitou em sua cama com delicadeza. Suas mãos tateavam meu corpo em carícias provocantes. Meu corpo antes frio agora se esquentava. Arfei sentindo seus lábios em meu pescoço em beijos curtos e molhados.

- João... - sussurrei seu nome enquanto sentia no corpo a impaciência dele por mais. Eu estava igualmente impaciente querendo me perder nele como ele queria se perder em mim.

João Pedro após explorar longamente meu corpo com seus dedos, começou a retirar minhas roupas. Seus lábios estavam sempre me beijando seja minha boca ou o meu corpo. Enquanto suas mãos hábeis tentavam me despir eu o ajudei enquanto pude, ao contrário das outras vezes.

Agora eu não via problemas em mostrar o quanto eu queria me unir fisicamente a ele. Quando eu estava despida, minhas mãos foram para suas roupas retirando-as tão apressadamente que certamente dele ficaria com alguma marca pelo corpo.

Era evidente que minha impaciência em despí-lo
e o fato de eu estar me incumbindo dessa tarefa
o deixava feliz. Notei que Mota foi ficando quieto, diferentemente de antes. Em pouco tempo ele estave deitado apenas me olhando enquanto eu fazia todo o resto. Quando dei por mim o mesmo estava nu e eu estava segurando o que restava de suas roupas. Como se só agora eu me desse conta do que estava fazendo, meu rosto ficou vermelho e eu voltei a me deitar na cama, ao lado dele, escondendo meu rosto no travesseiro.

- O que foi amor? - perguntou deitando-se sobre mim. Sentir o seu corpo fez com que o fogo em meu corpo aumentasse. - Por que parou? Eu estava adorando vê-la arrancar minhas roupas. - falou divertido.

- Não sei o que deu em mim. Eu só reagi a você, mas passei dos limites. - falei contra o travesseiro. Senti o passeio dos dedos de João Pedro em minha coluna.

- Reagiu a mim? Então me diga: o que eu posso fazer para você reagir desse jeito novamente? - beijou minha nuca enquanto sua mão direita enroscou se nos meus cabelos. Eu arfei enquanto me tornava consciente do seu corpo másculo e nu colado ao meu, quase por cima do meu.

- Não sei se voltarei a perder o controle novamente... Não sou assim. - sussurrei com meus olhos fechados.

- Eu deveria ficar parado deixando somente você agir. No entanto se eu fizer isso... - deitou se sobre mim, seu membro encostando-se as minhas nádegas. Perdi o ar. - Nós não faremos nada e eu confesso que estou faminto por você. - mordiscou minha orelha.

Eu me virei (minha respiração aos arquejos) e o beijei com paixão. Minhas mãos o puxavam mais para mim enquanto o senti entrar em mim. Fui devorada por ele, minha boca foi devorada pela dele e minha feminilidade pelo seu membro viril.

Numa doce tortura, Mota prolongou o prazer sempre parando de investir contra mim quando sentia que eu estava chegando ao ápice do prazer. Sem pedir permissão, ele manipulou meu corpo, nas mais diversas posiçoes; novidades estas que aumentavam a nossa entrega.

Eu não encontrei a timidez em mim. Eu estava envolvida demais com ele para pará-lo. Eu me deixei conduzir naquela loucura, participando um pouco mais do ato, movendo meu corpo contra o dele quando ele pedia, mudando de posição quando ele queria me mostrar algo novo.

Perdida no frenesi da entrega, eu esqueci o tempo
e o cansaço, concentrada apenas na avalanche de prazer que tomava meu corpo a cada carícia dele, a cada beijo, a cada pressão de seu corpo contra
o meu. Sempre querendo mais, como a pessoa gananciosa que nunca imaginei que havia em mim, exigindo de Mota e recebendo muito mais do prazer que eu queria.

Eu sabia que tudo era um erro, entregar-me a ele sem pudor era um erro, confessar meu amor era um erro. Provavelmente ele iria me machucar novamente. Ainda assim, eu não iria me arrepender do que fiz. Eu nunca me senti mais feliz e completa. Eu pertencia a ele e a ninguém mais. Se algum dia nós nos separássemos, tenho certeza de que morreria só.

Eu era Dele para todo o sempre.

{...}

Um sono sem sonhos. Não era ruim. Meu corpo estava dolorido, mas eu me sentia relaxada, em paz. Minha mão deslizou por uma superfície macia e ao abrir os olhos percebi que acariciava o peito do meu marido.

Ele estava acordado, uma face sonolenta, e me encarava. Sorriu ao notar que eu o olhava. Apertou me mais contra o seu corpo nu e quente apesar das horas em que esteve dormindo.

- Pensei que não a encontraria quando acordasse.
- murmurou após algum tempo em silêncio. - Você parecia sempre querer fugir de mim após fazermos amor. - eu me aproximei lentamente e o beijei na curvatura do pescoço me aconchegando melhor nele que gemeu baixinho.

- É tão bom tê-la assim receptiva a mim. Espero que isso não seja algo momentâneo. - disse.

Fiz uma trilha de beijos de seu pescoço até os seus lábios. Parei e fiquei olhando para o mesmo.

- Eu também espero que continue assim. - falei baixinho, uma mão pousada em seu rosto.

- O que você quer que continue assim? - perguntou fechando os olhos e aproximando minha mão, antes pousada no seu rosto, em direção aos seus lábios beijando-a. Ele não percebeu o quanto eu estava séria naquele momento.

- Você.

"The contract" Adaptação MojuOnde histórias criam vida. Descubra agora